FAQ

Aqui você encontrará as perguntas mais respondidas pelos nossos consultores, suporte e atendimento ao cliente. Se você não encontrou a sua pergunta? Clique aqui e envie-nos a sua dúvida para que possamos atendê-lo.

Amarração

  1. Como calcular a fixação da carga?
    A norma ABNT NBR 15883 - Cintas têxteis para amarração de cargas - Cálculo de tensões - especifica os requisitos mínimos para o conjunto de amarração, visando o dimensionamento correto da amarração para o transporte seguro de cargas, rodoviário, fluvial ou marítimo, ou em combinações correspondentes. Em paralelo, existem normas e resoluções CONTRAN, que também abordam as condições mínimas para o transporte de cargas específicas (bobinas, chapas, granito, toras de madeira etc). A TECNOTEXTIL LEVTEC possui em seu quadro de pessoal, profissionais capacitados a auxiliar na especificação correta da quantidade e tipo de amarração a ser usada na amarração segura de sua carga.
  2. Como destravar a cinta de amarração?
    A catraca requer um movimento relativo para soltar a tensão da cinta. A catraca deve ser tensionada até 2 1/4 giros da fita em torno do tambor. Importante: antes do afrouxamento da amarração, o usuário deve certificar-se que a carga esteja estabilizada e de que não haja perigo de cair durante o descarregamento em condição normal.
  3. Como destravar a cinta de amarração?
    A catraca requer um movimento relativo para soltar a tensão da cinta. A catraca deve ser tensionada até 2 1/4 giros da fita em torno do tambor. Importante: antes do afrouxamento da amarração, o usuário deve certificar-se que a carga esteja estabilizada e de que não haja perigo de cair durante o descarregamento em condição normal.
  4. Como fazer a correta amarração da carga?
    A norma ABNT NBR 15883 - Cintas têxteis para amarração de cargas - estabelece os conceitos, cálculos e planejamento, necessários a uma fixação segura da carga a ser movimentada. Em paralelo, existem normas e resoluções CONTRAN, que também abordam as condições mínimas para o transporte de cargas específicas (bobinas, chapas, granito, toras de madeira etc). A TECNOTEXTIL LEVTEC possui em seu quadro de pessoal, profissionais capacitados a auxiliar na especificação correta da quantidade e tipo de amarração a ser usada na amarração segura de sua carga. São considerados por exemplo, os ângulos de amarração, atrito existente entre carga e carroceria, dispositivos de bloqueio adicionais, altura da carga, centro de gravidade, transporte de carga viva, forças incidentes durante o percurso, situações extremas, materiais e acessórios aprovados, ensaios de comprovação de capacidade etc. O objetivo básico é minimizar as situações de perigo, passíveis de ocorrer durante o transporte de cargas (desprendimento ou deslocamento da carga com possibilidade de tombamento do veículo).
  5. Como identificar a capacidade da cinta?
    As normas nacionais que tratam da fabricação de cintas têxteis para amarração de cargas (NBR 15883) ou elevação de cargas (NBR 15637, parte 1 para cintas planas e parte 2 para cintas tubulares) estabelecem a obrigatoriedade da identificação da capacidade de carga através da etiqueta de identificação (clique e repare nos itens 1 e 5). Este deverá ser sempre o principal critério: a etiqueta de identificação, imprescindível! Verifique também este outro FAQ: A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer? No caso das cintas de elevação, além da identificação da capacidade na etiqueta temos também o código de cores, como uma exigência da normas. Cintas com CMT a partir de 10t são identificadas todas na cor laranja. Adicionalmente temos também outro tipo de identificação: os frisos da fita, onde cada friso representa 1t. Ou seja: uma cinta com 2 frisos deve ser verde (2.000 kg), uma com 3 frisos deve ser amarela (3.000 kg) etc. A linha de produtos Tecnotextil/Levtec atende à identificação de capacidade por frisos em:
    • Cintas tubulares com CMT de até 20t;
    • Cintas planas com CMT de até 10t, exceto:
      • Cintas tipo ANEL (sem fim) de corpo duplo, triplo ou quádruplo: aplica-se somente a cintas anel corpo simples;
      • Cintas tipo SLING/FLAT (cintas com olhais) em corpo simples ou quádruplo: aplica-se somente às cintas de corpo duplo.
  6. Como saber quantas cintas são necessárias para amarrar a carga?
    A norma ABNT NBR 15883 - Cintas têxteis para amarração de cargas - estabelece a quantidade mínima a ser usada, considerando fatores críticos para a fixação. Em paralelo, existem normas e resoluções CONTRAN, que também abordam as condições mínimas para o transporte de cargas específicas (bobinas, chapas, granito, toras de madeira etc). A TECNOTEXTIL LEVTEC possui em seu quadro de pessoal, profissionais capacitados a auxiliar na especificação correta da quantidade e tipo de amarração a ser usada na amarração segura de sua carga.
  7. Quais os comprimentos disponíveis para cintas de amarração?
    A TECNOTEXTIL LEVTEC fabrica cintas sob encomenda, nos comprimentos solicitados pelos usuários (conforme necessidade de cada cliente).
  8. Quais os comprimentos disponíveis para cintas de amarração?
    A TECNOTEXTIL LEVTEC fabrica cintas sob encomenda, nos comprimentos solicitados pelos usuários (conforme necessidade de cada cliente).

Aplicação

  1. A cinta estica após o uso?
    O alongamento máximo (ou "elasticidade variável") das cintas varia de acordo com a matéria-prima e este dado deve ser informado no certificado de qualidade que acompanha o produto. As matérias-primas das cintas da Tecnotextil e seus respectivos valores de elasticidade são:
    • Poliéster (PES): 7%;
    • Dyneema (HMPE): 3%;
    • Aramida: 3%.
    Isto significa que assim que a cinta entra em uso, as fibras – sejam os cordões internos em uma cinta tubular ou os filamentos da fita em cintas planas – vão se acomodar e sofrer uma elasticidade, nas taxas informadas acima. Porém isto ocorre apenas durante o uso do produto! Isto considerando o correto uso (não sobrecarregar): por exemplo uma cinta 22060Z (SLING 60D CMT 2t) com 6,0m de comprimento, terá comprimento efetivo de até 6,42m – 6 x (1+7%) – durante a operação de içamento e movimentação de carga. Ela vai "crescer" no máximo 42cm com a força da elevação e, sob repouso, irá voltar ao comprimento original: trata-se de uma deformação elástica. Um acréscimo de comprimento após a cinta estar em repouso é um indicativo de que houve sobrecarga: a cinta foi utilizada além da sua capacidade efetiva e por isso sofreu uma deformação plástica.
  2. A cinta pode ser considerada um EPC?
    Não. A Portaria 3214 do MTE, não considera a cinta têxtil um Equipamento de Proteção Coletiva ou, um EPI (equipamento de Proteção Individual, com respectivo CA - Certificado de Aprovação).
  3. As cintas de amarração de cargas podem ser utilizados também na elevação de cargas?
    Não, pois são legislações diferentes. As cintas para elevação "ou" fixação, possuem características de construção completamente diferentes, com acessórios específicos para cada uso e fator de segurança próprios.
  4. As cintas são de fácil manuseio?
    Sim. Em comparação com outros produtos de movimentação, é muito simples e seguro o manuseio das cintas principalmente se comparado a outros produtos de movimentação (considerando o risco de possíveis lesões provocadas quando se manuseia cabos de aço ou correntes). Além disso, há um ganho enorme em termos de ergonomia, considerando o peso reduzido da cinta, comparado ao peso do cabo de aço ou corrente, correspondentes à mesma capacidade de carga. Os trabalhadores ficam "menos cansados" ao longo e ao final de uma jornada de trabalho.
  5. Cinta de elevação com Fator de Segurança 5:1?
    Recebemos uma pergunta muito interessante de um cliente através do formulário de contato de nosso site:

    "Consultando o catalogo Tecnotextil (Levtec) algumas cintas tem fator de segurança 5:1. Porém este fator não consta nas normas ABNT NBR 15637. Esse fator é relativo a alguma norma? Qual seria esta norma? Qual o tipo de cinta utiliza este fator?"

    Achamos interessante compartilhar com todos a resposta, abaixo: Nos primórdios da implementação das cintas têxteis para movimentação de cargas no Brasil, foi adotado o Fator de Segurança 5:1, pois não havia norma de referência; foi implementado um FS similar ao utilizado em lingas/eslingas de cabo de aço. Atualmente, este FS é referenciado pela norma ASME B30.9 (padrão americano). Porém você tem razão: o FS de 5:1 não está previsto nas normas brasileiras! Desde que a NBR 15.637 foi implementada (com base na EN 1492), o FS para cintas é de 7:1; e 4:1 para cintas com acessórios (devido ao FS menor, da parte metálica). Veja este artigo em nosso Blog para saber mais: https://www.tecnotextil.com.br/fator-de-seguranca-e-para-serve/ Particularmente, a Tecnotextil passou a ofertar produtos com FS 7:1 desde 1999 (com base na européia EN 1492); a norma brasileira foi de fato implementada apenas em 2008. E pouco tempo depois, nós retiramos da nossa linha de oferta as cintas 5:1 (além deste fator, também não seguem o padrão de cores). Você provavelmente está consultando algum catálogo antigo nosso! Nós temos os catálogos sempre atualizados em nosso site, na seção de Catálogos: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/ Porém, vale lembrar que há casos onde podemos sim fazer um desenvolvimento específico, com este FS. Por vezes é exigência do cliente (já houve inúmeros casos) as cintas conforme a ASME B 30.9: fazemos, porém não divulgamos como "produtos de linha".
  6. Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?
    Esta é a grande dúvida, a pergunta chave na movimentação de cargas! Sempre deve ser escolhida a cinta pelo CMTE (carga efetiva) e esta informação vai depender fundamentalmente do valor do peso (massa) da carga a ser movimentada e principalmente pela forma de uso. Este último ponto é o mais importante: quantas cintas serão utilizadas (conjunto de cintas), a forma de uso (Cesto, Direta ou Enforcado), a incidência de ângulos etc... Depois de descobrir a forma de uso, teremos noção de qual é CMTE necessário para a cinta. Mas a especificação da cinta se dá pelo seu CMT (carga nominal). Para descobrir qual o CMT (qual o modelo da cinta), temos uma excelente ferramenta em nosso site: telaAppBusca Se por exemplo você chegou à conclusão que vai precisar de uma cinta de CMTE de 6.400 kg na forma Enforcada, você deve escolher a cinta de CMT 8.000 kg. Utilizando a ferramenta você vai verificar que existem diversos modelos de cintas de 8t; escolha o que melhor te atende: telaAppBusca-Resultados Com todas opções à vista, você agora pode decidir melhor a sua opção:
    • Maior necessidade de largura, escolher a 23240Z (Anel de 240mm);
    • O ponto de içamento (gancho/dispositivo onde irá colocar a cinta) é muito antigo ou mesmo está danificado (contém rebarbas, mossas ou outras irregularidades), prefira a cinta cinta FLAT 25150K (com alça metálica) para aumentar o tempo de vida útil da cinta;
    • Operações convencionais sugerimos sempre escolher as cintas tubulares TECNO (20008T) que por ser uma cinta circular, normalmente tem maior durabilidade e maior flexibilidade no uso.
    Estando escolhida a cinta, vem a última etapa que pode ser vital para o correto manuseio da carga: a escolha de proteções, fundamental quando a carga contém cantos vivos ou superfície abrasiva. Mesmo em operações normais, o uso de proteções aumenta muito o tempo de vida útil da cinta e acaba sendo a opção mais econômica: o custo pode aumentar até 20%, mas a cinta dura 200% mais. Consulte em nossos catálogos as proteções aplicáveis para cada tipo de produto e veja também este outro FAQ, relacionado ao tema: qual o tempo de vida útil das cintas?
  7. Como eu identifico se a cinta foi fabricada pela Tecnotextil/Levtec?
    A legislação brasileira estabelece que a etiqueta de identificação da cinta deve conter nome do fabricante, símbolo, marca registrada ou outra identificação sem ambiguidade, além do código de fabricação (rastreabilidade da cinta). As cintas TECNOTEXTIL LEVEC atendem à legislação quanto a etiqueta de rotulagem e vão além, pois adicionalmente possuem uma etiqueta bordada costurada no corpo da cinta, de forma a facilitar a identificação à distância, da carga máxima de trabalho (CMT) da cinta.
  8. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão é ratificada no Anexo C (orientações para uso) das normas NBR 15637: na norma está recomendado evitar este tipo de uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  9. Há orientação para o uso das cintas?
    Sim. A TECNOTEXTIL LEVTEC desenvolveu uma Cartilha de Inspeção e Manuseio, em língua portuguesa e espanhola, com uma linguagem simples e direta, abordando os principais pontos no uso de cintas têxteis.
  10. Posso usar cintas com "nó" em seu corpo?
    Não. É proibido o uso de cintas com qualquer tipo de "nó", pois este passa a ser o ponto de maior fragilidade do conjunto. Há uma redução significativa da capacidade original da cinta, gerando um alto risco de ruptura da cinta muito abaixo da carga original projetada. Jamais utilize cinta com "nó", pois implica em risco iminente de segurança.
  11. Posso usar cintas como slack line?
    Sim. Normalmente usado com conjunto de amarração TRIK de 25 a 50 mm de largura, esticada entre dois pontos fixos a baixa altura (aproximadamente 50 a 60 cm do solo).
  12. Posso usar cintas para movimentação de Animais?
    Sim. Neste caso a NBR considera a movimentação de "carga viva".
  13. Posso usar cintas para movimentação de pessoas?
    Não. Deve-se respeitar a legislação pertinente que, basicamente, estabelece um Fator de Segurança específico para o uso no transporte de pessoas e que considera o tipo de movimentação (Ex.: elevadores de alta velocidade ou transporte de passageiros, implica em um FS = 10 a 12:1).
  14. Posso usar cintas para rebocar meu carro?
    A legislação de código de trânsito (Resolução 197 do CONTRAN) proíbe essa forma de reboque em vias dentro da cidade ou estrada, pois em caso de frenagem do veículo à frente (que está rebocando), o motorista do veículo que está sendo rebocado precisaria ter a perícia e o reflexo muito apurados, somado à condição de frenagem do veículo rebocado estar operando normalmente (atualmente, grande parte da frota opera com freio hidráulico, com acionamento a partir do funcionamento do motor do veículo). Como não se pode garantir estas premissas básicas, a legislação proibiu esse reboque sem uma barra firmemente fixada entre os dois veículos (chamada da "cambão"), tornando-os praticamente um único veículo (desde que o veículo a ser rebocado tenha condições mínimas de ser arrastado). A cinta pode ser usada em situações de atoleiro ou emergência, via de regra no "off road".
  15. Posso utilizar dois tipos diferentes de cintas na mesma operação?
    Sim, desde que seja atendida a capacidade de carga e o fator de segurança da cinta com menor CMT (carga máxima de trabalho).
  16. Posso utilizar dois tipos diferentes de cintas na mesma operação?
    Sim, desde que seja atendida a capacidade de carga e o fator de segurança da cinta com menor CMT (carga máxima de trabalho).
  17. Qual a capacidade máxima das cintas?
    A "capacidade máxima das cintas" é o chamado CMT (Carga máxima de trabalho), e vem descriminado na etiqueta de rotulagem ("azul") da cinta. Cada modelo de cinta tem seu próprio CMT e a forma de uso adequada ao tipo de movimentação que será realizada.
  18. Qual o uso correto de GRAB de uma perna?
    As cintas tipo GRAB (ou linga) foram projetadas para trabalhar na forma de elevação Vertical. Isto significa que as cintas planas ou tubulares do tipo GRAB não devem ser utilizadas na forma Cesto (envolver a carga) ou Enforcada (enlaçar a carga). O conceito de uma linga (ou cinta tipo "GRAB") são cintas e componentes conectados para formar uma só peça/acessório de elevação – não confundir com o conceito de conjunto ou combinação de cintas. No exemplo da ilustração abaixo, temos lingas de 1 perna trabalhando em conjunto/combinação. Estas lingas podem ser de material têxtil, cabos de aço ou de correntes, conforme fotografia abaixo com lingas de 2 pernas (elevação vertical): Esta diferença de uma GRAB para outros modelos de cinta como ANEL ou SLING pode também ser facilmente identificada com o conteúdo das etiquetas de identificação. Nas imagens abaixo, temos etiqueta de cintas tipo GRAB de 1 e 2 pernas (duas de acima) e etiqueta de cinta com olhais padrão, tipo SLING (abaixo): Fotografias de etiquetas de rotulagem Porém visualmente pode surgir a dúvida em cintas tipo GRAB de uma perna. É uma cinta que aparentemente pode dar a entender que pode ser utilizada na forma cesto ou enforcada. É aí que mora o perigo! Como esta cinta foi projetada para trabalho em elevação vertical, alguns problemas podem ocorrer tanto referente ao equilíbrio da carga quanto até diretamente na capacidade efetiva de elevação. Veja abaixo na ilustração a correta vs incorreta forma de uso da cinta GRAB de 1 perna em Cesto: Imagens de cintas GRAB de uma perna em cesto Por isso, caso haja uma necessidade específica de uso de cinta GRAB em Cesto, consulte o nosso Departamento Técnico para uma avaliação e revisão da linha, para que seja provida uma solução devidamente adequada à sua operação. Veja um Boletim Técnico sobre este FAQ em https://www.tecnotextil.com.br/downloads/boletim-tecnico-maio-2021/

Durabilidade

  1. Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?
    Esta é a grande dúvida, a pergunta chave na movimentação de cargas! Sempre deve ser escolhida a cinta pelo CMTE (carga efetiva) e esta informação vai depender fundamentalmente do valor do peso (massa) da carga a ser movimentada e principalmente pela forma de uso. Este último ponto é o mais importante: quantas cintas serão utilizadas (conjunto de cintas), a forma de uso (Cesto, Direta ou Enforcado), a incidência de ângulos etc... Depois de descobrir a forma de uso, teremos noção de qual é CMTE necessário para a cinta. Mas a especificação da cinta se dá pelo seu CMT (carga nominal). Para descobrir qual o CMT (qual o modelo da cinta), temos uma excelente ferramenta em nosso site: telaAppBusca Se por exemplo você chegou à conclusão que vai precisar de uma cinta de CMTE de 6.400 kg na forma Enforcada, você deve escolher a cinta de CMT 8.000 kg. Utilizando a ferramenta você vai verificar que existem diversos modelos de cintas de 8t; escolha o que melhor te atende: telaAppBusca-Resultados Com todas opções à vista, você agora pode decidir melhor a sua opção:
    • Maior necessidade de largura, escolher a 23240Z (Anel de 240mm);
    • O ponto de içamento (gancho/dispositivo onde irá colocar a cinta) é muito antigo ou mesmo está danificado (contém rebarbas, mossas ou outras irregularidades), prefira a cinta cinta FLAT 25150K (com alça metálica) para aumentar o tempo de vida útil da cinta;
    • Operações convencionais sugerimos sempre escolher as cintas tubulares TECNO (20008T) que por ser uma cinta circular, normalmente tem maior durabilidade e maior flexibilidade no uso.
    Estando escolhida a cinta, vem a última etapa que pode ser vital para o correto manuseio da carga: a escolha de proteções, fundamental quando a carga contém cantos vivos ou superfície abrasiva. Mesmo em operações normais, o uso de proteções aumenta muito o tempo de vida útil da cinta e acaba sendo a opção mais econômica: o custo pode aumentar até 20%, mas a cinta dura 200% mais. Consulte em nossos catálogos as proteções aplicáveis para cada tipo de produto e veja também este outro FAQ, relacionado ao tema: qual o tempo de vida útil das cintas?
  2. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão é ratificada no Anexo C (orientações para uso) das normas NBR 15637: na norma está recomendado evitar este tipo de uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  3. É possível consertar cintas danificadas?
    Como sabemos, não é possível estimar o tempo de vida útil de cada cinta, pois vai depender do manuseio, periodicidade, forma e adequação do uso etc. Mas depois que fazemos a inspeção do material e retiramos a cinta de uso, é possível consertá-la? Sim! Dependendo do caso é possível recuperar a cinta têxtil! Por exemplo é muito comum perder a etiqueta de identificação; neste caso o reparo (trocar etiqueta) é viável. Em cintas tubulares a viabilidade de conserto costuma ser mais provável, principalmente se estas forem confeccionadas com proteções adicionais. Por outro lado, cintas planas depois de danificadas costumam não ter conserto. Porém temos 4 pontos importantes que você deve observar sobre este tema. Vamos lá!

    1 - Reparos devem ser realizados apenas pelo fabricante

    Jamais altere as características originais do produto por conta própria! Apenas o fabricante do produto poderá fazer modificações e reparos nas suas cintas têxteis. Isto também significa que a TECNOTEXTIL só pode reparar as cintas de nossa fabricação. Citando as normas técnicas: "Quando viável, as cintas devem ser reparadas apenas pelo próprio fabricante" (ref. item B.3.1 da NBR 15637, grifo nosso). Portanto, não nos envie cintas de outras marcas/fabricantes!

    2 - Aviso prévio

    A TECNOTEXTIL se reserva ao direito de recusar o recebimento de materiais enviados sem aviso prévio, conforme inclusive declaramos em nossas Notas Fiscais. Portanto, antes de enviar os materiais para nossa análise, entre em contato com nossa área comercial por e-mail, telefone ou mesmo através do formulário de Contato. Você também pode contatar diretamente o Representante para fazer uma análise preliminar dos seus materiais!

    3 - Como funciona na prática

    3.1 - Seleção dos materiais

    O Responsável Qualificado da sua empresa deverá separar as cintas têxteis que sejam viáveis de conserto para envio (para nossa fábrica). Um profissional devidamente capacitado sabe distinguir os materiais de descarte (sem conserto) daqueles cujo conserto é viável. Porém, na dúvida: nos envie para análise! Nota: consulte-nos para treinamentos de capacitação.

    3.2 - Comunicação e Envio (NF)

    Posteriormente você deverá nos comunicar (conforme item 2) do envio, preferencialmente já mencionando qual a sua demanda: colocação de proteções, troca de etiqueta, reposição de acessórios etc. Atenção aos detalhes para a emissão da sua Nota Fiscal:
    • NCM para cintas têxteis deve ser 6307.90.90
    • CFOP varia de acordo com a demanda:
      • Remessa para industrialização (o objetivo é consertar/reparar a cinta), utilize o CFOP 5.901 (dentro do estado de SP) ou 6.901 (fora de SP);
      • Se o objetivo é apenas fazer um laudo, utilize CFOP 5.949 (em SP) ou 6.949 (fora de SP);
    • Informe sempre nas observações da Nota Fiscal o motivo do envio, bem como a rastreabilidade: a NF de origem ou mesmo nº da OF.

    3.3 - Reparo e Certificação

    Ao receber as suas cintas, vamos inicialmente separar aquelas que podem ser consertadas, daquelas sem condições de reparo. Cintas tubulares cujo reparo é aparentemente viável precisarão passar por uma segunda análise mais profunda: é preciso ter a certeza que o núcleo de cordões permanece intacto. Por isso vamos precisar abrir a capa da sua cinta, para analisá-la "por dentro". Estando a estrutura devidamente intacta, poderemos então proceder com o reparo: colocação de proteções adicionais, troca de etiqueta etc. Lembrando que cintas têxteis não são recertificadas através de ensaio de dobro de carga. Se viável, são reparadas sem fazer nenhum tipo de teste de carga adicional.

    3.4 - Comercialização

    Durante todo processo, você estará sendo envolvido: se for viável o reparo, nossa área comercial entrará em contato para fazer a devida oferta/cotação. Assim que você aprovar, seu material será reparado, a etiqueta de rotulagem padrão será  trocada (mantendo as informações originais) e uma nova etiqueta adicional será inserida com a data deste novo reparo.

    4 - Vale a pena?

    Pela nossa experiência, o processo de conserto de cintas traz um enorme ganho financeiro (redução de custo) aos clientes, principalmente quando se adota o uso de cintas com proteção total. Ao utilizar proteções você estará preservando a cinta têxtil. Consequentemente, o Responsável Qualificado (referente item 3.1) poderá enviar a cinta apenas para troca da proteção, tendo assim uma relevante redução de custos. Claro, pode haver uma ou outra exceção! Por isso conte sempre com nosso apoio: na dúvida, entre em contato com nossa equipe de Vendas.
  4. Por que as cintas Levtec duram mais?
    As cintas Levtec são compostas 100% de poliéster, ou seja, não possuem misturas de outros materiais, além da compactação ser ideal e suficiente para realizar o movimento e se adaptar a cada material e modelo de cinta, não podendo ser muito rígida ou muito flexível. Outro fator é a quantidade de filamentos. A Tecnotextil utiliza uma maior quantidade de fios do que normalmente é encontrado no mercado para fazer as fitas. Nossas cintas têm em média 20% de filamentos a mais do que o normal, o que faz com que a cinta seja mais robusta e resistente. Isso sem falar no projeto e método de construção especial, exclusivo e único da Tecnotextil. Deve-se tomar muito cuidado com cintas que possuem misturas de materiais, o que é proibido pelas normas nacionais, pois quando se utilizam dois materiais diferentes, a propriedade mecânica de um pode cortar o outro. É possível encontrar no mercado fitas compostas de poliéster na parte "interna" (corpo da fita), porém tecidas (trama) com polipropileno que, apesar de ser um material mais leve, tem sua vida útil bastante reduzida, levando ao rompimento da cinta, ainda nas primeiras movimentações. Lembre-se: o barato muitas vezes acaba saindo mais caro, portanto, não se deixe enganar.
  5. Por que cinta tubular não pode ter costura lateral?
    Como diz a Norma ABNT NBR 15637-2, a capa das cintas tubulares não pode conter emendas laterais. Mas antes de esclarecer o porquê, temos que lembrar da função da capa. Ela tem o objetivo primordial de coibir a entrada de pós, cristais, areia, enfim: evitar que partículas sólidas entrem na cinta, consequentemente danificando o núcleo. capa Durante o uso, as cintas tubulares recebem um enorme esforço de carga e, ao mesmo tempo, o núcleo fica em constante contato/atrito com a capa de proteção. É por isso, inclusive, que a área interna da capa tem que ser mais lisa e homogênea que a parte externa, para facilitar o deslocamento (minimizar o atrito) com o núcleo. Podemos, assim, resumir a função da capa como sendo a de: revestir, proteger e minimizar o atrito com o núcleo de cordões, que se apresenta de maneira fechada para impedir a penetração de sujeira e partículas sólidas. É por isso então, que não pode ser feita uma cinta tubular utilizando-se de uma fita "larga", para depois a dobrar ao meio a costurando longitudinalmente, ao invés de utilizar a devida capa de proteção. Esta costura longitudinal facilitaria muito a entrada de partículas sólidas, diminuindo drasticamente o tempo de vida útil da cinta, devido ao atrito entre estas partículas, núcleo e capa; além de ser uma prática que vai contra os requisitos da norma!
  6. Qual o prazo de validade da cinta?
    Cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas não tem um prazo de validade definido! Veja mais sobre este assunto neste outro FAQ do site: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)? – onde citamos um trecho abaixo: ​"​A vida útil das cintas não pode ser determinada em norma pois dependerá fundamentalmente de características diferenciadas de cada aplicação, tais como a forma de utilização, manuseio, periodicidade e adequação do uso​..." Portanto uma cinta adquirida há por exemplo 5 anos e que nunca foi utilizada, está nova!
  7. Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)?
    A vida útil das cintas não pode ser determinada em norma pois dependerá fundamentalmente de características diferenciadas de cada aplicação, tais como a forma de utilização, manuseio, periodicidade e adequação do uso etc, ou seja: Forma de utilização: respeitando principalmente a característica especificada no "fator de uso" (FU); Manuseio: o cuidado que o usuário tem ao manusear o produto, não o arrastando pelo chão (abrasão), evitando choques (jogar o produto ao chão), minimizando agressão química (evitando contato com produtos químicos, principalmente os corrosivos nas partes metálicas) e armazenagem adequada (não expostas a intempéries). Periodicidade: a frequência do uso dos produtos é um ponto importante na vida útil das cintas, principalmente considerando os componentes metálicos do conjunto, mas não pode ser considerada isoladamente e dependerá de cada usuário; Adequação: o respeito às capacidades especificadas em cada tipo de cinta é um fator importantíssimo, pois muitas são especificadas no "uso declarado", no momento da compra mas, no dia a dia, os usuários acabam utilizando o produto sem o devido respeito ao declarado. Ainda no assunto do "tempo de vida útil da cinta", destacamos que dois principais fatores de sucesso:
  8. Verificar, na aplicação da cinta a necessidade de proteções adicionais para o corpo ou olhais da cinta: isto pode aumentar muito o tempo de vida útil da cinta!
    1. "Não utilizar as cintas nos casos onde houver arestas e superfícies cortantes e abrasivas, seja da carga ou do equipamento de elevação, sem as devidas proteções" (item B.2.2.4 da NBR 15637)
  9. O outro fator de sucesso é a inspeção dos materiais antes do uso (visual) e periodicamente (inspeção formal), conforme determina a norma.
  10. A orientação inclusive é reter a ficha de inspeção em conjunto com o certificado (grampear). Uma boa dica é procurar pelo termo "inspeção" em nosso site (ou mesmo clique aqui); temos bastante material a respeito.

Elevação

  1. A cinta estica após o uso?
    O alongamento máximo (ou "elasticidade variável") das cintas varia de acordo com a matéria-prima e este dado deve ser informado no certificado de qualidade que acompanha o produto. As matérias-primas das cintas da Tecnotextil e seus respectivos valores de elasticidade são:
    • Poliéster (PES): 7%;
    • Dyneema (HMPE): 3%;
    • Aramida: 3%.
    Isto significa que assim que a cinta entra em uso, as fibras – sejam os cordões internos em uma cinta tubular ou os filamentos da fita em cintas planas – vão se acomodar e sofrer uma elasticidade, nas taxas informadas acima. Porém isto ocorre apenas durante o uso do produto! Isto considerando o correto uso (não sobrecarregar): por exemplo uma cinta 22060Z (SLING 60D CMT 2t) com 6,0m de comprimento, terá comprimento efetivo de até 6,42m – 6 x (1+7%) – durante a operação de içamento e movimentação de carga. Ela vai "crescer" no máximo 42cm com a força da elevação e, sob repouso, irá voltar ao comprimento original: trata-se de uma deformação elástica. Um acréscimo de comprimento após a cinta estar em repouso é um indicativo de que houve sobrecarga: a cinta foi utilizada além da sua capacidade efetiva e por isso sofreu uma deformação plástica.
  2. Ao trabalhar com ângulos, a carga pode escorregar?
    Sim. É necessário considerar o ângulo de trabalho da cinta em relação à carga e avaliar a probabilidade de deslizamento. Adotar a "forca dupla" ilustrado acima, associado ao uso de cintas em pares, é o método mais seguro para movimentação de cargas escorregadias (formato ou material que possa contribuir a um possível deslizamento). Porém outro perigo muito comum ao trabalhar com ângulos é não calcular efetivamente o CMTE: considerar apenas a carga nominal da cinta, ignorando a redução na capacidade efetiva devido à incidência de ângulos. O Fator de Uso é reduzido devido à perda de resistência, conforme ilustra a tabela abaixo. Como medida de segurança as normas NBR 15637 padronizam uma tolerância de 6º e definem a perda de resistência por faixas:
    • Até 45º temos uma perda de 30% de resistência: isto é o FU será de 0,7 ou mesmo 1,4 com duas cintas;
    • De 45º a 60º temos 50% de perda: FU de 0,5 ou mesmo 1,0 com duas cintas.
    Repare na tabela que a partir de 60º a perda de resistência torna-se exponencial, por isso todas as normas de segurança em movimentação de cargas proíbem incidência de ângulos superiores aos 60º!
  3. Cinta de elevação com Fator de Segurança 5:1?
    Recebemos uma pergunta muito interessante de um cliente através do formulário de contato de nosso site:

    "Consultando o catalogo Tecnotextil (Levtec) algumas cintas tem fator de segurança 5:1. Porém este fator não consta nas normas ABNT NBR 15637. Esse fator é relativo a alguma norma? Qual seria esta norma? Qual o tipo de cinta utiliza este fator?"

    Achamos interessante compartilhar com todos a resposta, abaixo: Nos primórdios da implementação das cintas têxteis para movimentação de cargas no Brasil, foi adotado o Fator de Segurança 5:1, pois não havia norma de referência; foi implementado um FS similar ao utilizado em lingas/eslingas de cabo de aço. Atualmente, este FS é referenciado pela norma ASME B30.9 (padrão americano). Porém você tem razão: o FS de 5:1 não está previsto nas normas brasileiras! Desde que a NBR 15.637 foi implementada (com base na EN 1492), o FS para cintas é de 7:1; e 4:1 para cintas com acessórios (devido ao FS menor, da parte metálica). Veja este artigo em nosso Blog para saber mais: https://www.tecnotextil.com.br/fator-de-seguranca-e-para-serve/ Particularmente, a Tecnotextil passou a ofertar produtos com FS 7:1 desde 1999 (com base na européia EN 1492); a norma brasileira foi de fato implementada apenas em 2008. E pouco tempo depois, nós retiramos da nossa linha de oferta as cintas 5:1 (além deste fator, também não seguem o padrão de cores). Você provavelmente está consultando algum catálogo antigo nosso! Nós temos os catálogos sempre atualizados em nosso site, na seção de Catálogos: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/ Porém, vale lembrar que há casos onde podemos sim fazer um desenvolvimento específico, com este FS. Por vezes é exigência do cliente (já houve inúmeros casos) as cintas conforme a ASME B 30.9: fazemos, porém não divulgamos como "produtos de linha".
  4. Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?
    Esta é a grande dúvida, a pergunta chave na movimentação de cargas! Sempre deve ser escolhida a cinta pelo CMTE (carga efetiva) e esta informação vai depender fundamentalmente do valor do peso (massa) da carga a ser movimentada e principalmente pela forma de uso. Este último ponto é o mais importante: quantas cintas serão utilizadas (conjunto de cintas), a forma de uso (Cesto, Direta ou Enforcado), a incidência de ângulos etc... Depois de descobrir a forma de uso, teremos noção de qual é CMTE necessário para a cinta. Mas a especificação da cinta se dá pelo seu CMT (carga nominal). Para descobrir qual o CMT (qual o modelo da cinta), temos uma excelente ferramenta em nosso site: telaAppBusca Se por exemplo você chegou à conclusão que vai precisar de uma cinta de CMTE de 6.400 kg na forma Enforcada, você deve escolher a cinta de CMT 8.000 kg. Utilizando a ferramenta você vai verificar que existem diversos modelos de cintas de 8t; escolha o que melhor te atende: telaAppBusca-Resultados Com todas opções à vista, você agora pode decidir melhor a sua opção:
    • Maior necessidade de largura, escolher a 23240Z (Anel de 240mm);
    • O ponto de içamento (gancho/dispositivo onde irá colocar a cinta) é muito antigo ou mesmo está danificado (contém rebarbas, mossas ou outras irregularidades), prefira a cinta cinta FLAT 25150K (com alça metálica) para aumentar o tempo de vida útil da cinta;
    • Operações convencionais sugerimos sempre escolher as cintas tubulares TECNO (20008T) que por ser uma cinta circular, normalmente tem maior durabilidade e maior flexibilidade no uso.
    Estando escolhida a cinta, vem a última etapa que pode ser vital para o correto manuseio da carga: a escolha de proteções, fundamental quando a carga contém cantos vivos ou superfície abrasiva. Mesmo em operações normais, o uso de proteções aumenta muito o tempo de vida útil da cinta e acaba sendo a opção mais econômica: o custo pode aumentar até 20%, mas a cinta dura 200% mais. Consulte em nossos catálogos as proteções aplicáveis para cada tipo de produto e veja também este outro FAQ, relacionado ao tema: qual o tempo de vida útil das cintas?
  5. Como identificar a capacidade da cinta?
    As normas nacionais que tratam da fabricação de cintas têxteis para amarração de cargas (NBR 15883) ou elevação de cargas (NBR 15637, parte 1 para cintas planas e parte 2 para cintas tubulares) estabelecem a obrigatoriedade da identificação da capacidade de carga através da etiqueta de identificação (clique e repare nos itens 1 e 5). Este deverá ser sempre o principal critério: a etiqueta de identificação, imprescindível! Verifique também este outro FAQ: A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer? No caso das cintas de elevação, além da identificação da capacidade na etiqueta temos também o código de cores, como uma exigência da normas. Cintas com CMT a partir de 10t são identificadas todas na cor laranja. Adicionalmente temos também outro tipo de identificação: os frisos da fita, onde cada friso representa 1t. Ou seja: uma cinta com 2 frisos deve ser verde (2.000 kg), uma com 3 frisos deve ser amarela (3.000 kg) etc. A linha de produtos Tecnotextil/Levtec atende à identificação de capacidade por frisos em:
    • Cintas tubulares com CMT de até 20t;
    • Cintas planas com CMT de até 10t, exceto:
      • Cintas tipo ANEL (sem fim) de corpo duplo, triplo ou quádruplo: aplica-se somente a cintas anel corpo simples;
      • Cintas tipo SLING/FLAT (cintas com olhais) em corpo simples ou quádruplo: aplica-se somente às cintas de corpo duplo.
  6. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão é ratificada no Anexo C (orientações para uso) das normas NBR 15637: na norma está recomendado evitar este tipo de uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  7. O tamanho da cinta influencia a capacidade de carga?
    Apenas na capacidade efetiva (ver CMT x CMTE), no uso de cintas com comprimentos distintos, haverá uma distribuição de forças desiguais. Veja mais em Centro de Gravidade Deslocado. Porém, no processo de fabricação de cintas o "comprimento" é uma característica não relacionada à capacidade da cinta, na sua construção ou projeto. O que importa para a capacidade da cinta é o tipo de matéria-prima utilizada, associada ao processo de fabricação. A carga alcançada pode não necessariamente ser maior, com um número maior de fios no corpo da cinta, se estes fios não forem de qualidade excelente. A única limitação é o comprimento mínimo da cinta, especialmente em cintas planas. Mas a composição é linear e independente da cinta ter dois ou vinte metros, a mesma CMR é alcançada.
  8. Por que as cintas de movimentação de cargas possuem cores diferentes?
    Se você possui algum conhecimento sobre segurança do trabalho ou é da área de logística já deve ter reparado que as cintas de movimentação de carga possuem cores diferentes. E por qual motivo existe essa classificação entre as cintas de movimentação de carga? As cores existem para identificar a capacidade de carga que cada uma pode transportar ou içar, ou seja sua carga de trabalho. A maioria dos acidentes com movimentação e cargas ocorrem nas menores capacidades, por isso o fato das alterações nas cores, para maior atenção até 10ton. Nas maiores capacidades normalmente as atenções são muito maiores quanto à segurança da operação, com plano de Rigger, profissionais gabaritados e por isso, os riscos de acidentes são previstos e as ocorrências são muito menores. Já nos casos do dia a dia, se concentram o maior número de ocorrências.
  9. Por que cinta tubular não pode ter costura lateral?
    Como diz a Norma ABNT NBR 15637-2, a capa das cintas tubulares não pode conter emendas laterais. Mas antes de esclarecer o porquê, temos que lembrar da função da capa. Ela tem o objetivo primordial de coibir a entrada de pós, cristais, areia, enfim: evitar que partículas sólidas entrem na cinta, consequentemente danificando o núcleo. capa Durante o uso, as cintas tubulares recebem um enorme esforço de carga e, ao mesmo tempo, o núcleo fica em constante contato/atrito com a capa de proteção. É por isso, inclusive, que a área interna da capa tem que ser mais lisa e homogênea que a parte externa, para facilitar o deslocamento (minimizar o atrito) com o núcleo. Podemos, assim, resumir a função da capa como sendo a de: revestir, proteger e minimizar o atrito com o núcleo de cordões, que se apresenta de maneira fechada para impedir a penetração de sujeira e partículas sólidas. É por isso então, que não pode ser feita uma cinta tubular utilizando-se de uma fita "larga", para depois a dobrar ao meio a costurando longitudinalmente, ao invés de utilizar a devida capa de proteção. Esta costura longitudinal facilitaria muito a entrada de partículas sólidas, diminuindo drasticamente o tempo de vida útil da cinta, devido ao atrito entre estas partículas, núcleo e capa; além de ser uma prática que vai contra os requisitos da norma!
  10. Quais as marcações exigidas para acessórios?
    Todas as normas internacionais de acessórios – todas as partes da EN 1677 (Components for slings - Safety) – bem como as nacionais – por exemplo a ABNT NBR 16789 (anéis de carga) e ABNT NBR ISO 8539 (acessórios de aço forjado) – convergem nos requisitos de marcação (rastreabilidade) nas peças. São requisitos de marcação:
    • Código do produto que permite identificar o modelo e consequentemente a CMT (termo em português equivalente ao WLL);
    • Identificação do Grau (por exemplo, 8);
    • Fabricante (nome, símbolo ou marca);
    • Código de rastreabilidade (que permite identificar o lote de fabricação).
    Nota: consulte a nossa oferta de acessórios em nosso catálogo de elevação, a partir da página 39 (ref. ed. 2020)

    Exceções

    Nas lingas de corrente, substitui-se o "código do produto" pela CMT, bem como o "Fabricante" por "Montador" (nome, símbolo ou marca).

    Outra exceção são as correntes, também pela pouca área para marcação, a exigência das normas técnicas é apenas da identificação do grau, a cada 20 elos ou mesmo a cada metro (a distância que for menor).

    Já nas manilhas, tanto na norma nacional quanto na internacional, troca-se o "código do produto" pela CMT. Temos também exigência diferenciada para o pino da manilha (falta espaço para todas as marcações): até 13mm de diâmetro, os pinos devem ter ao menos a identificação do grau e os maiores, além do grau, deve estar marcado também o símbolo ou marca do fabricante.

    Nota: veja este outro FAQ relacionado ao tema Posso fazer marcações adicionais em manilhas? 
  11. Quais os comprimentos disponíveis para cintas de elevação?
    A TECNOTEXTIL LEVTEC fabrica cintas sob encomenda, nos comprimentos solicitados pelos usuários (conforme necessidade de cada cliente).
  12. Qual o uso correto de GRAB de uma perna?
    As cintas tipo GRAB (ou linga) foram projetadas para trabalhar na forma de elevação Vertical. Isto significa que as cintas planas ou tubulares do tipo GRAB não devem ser utilizadas na forma Cesto (envolver a carga) ou Enforcada (enlaçar a carga). O conceito de uma linga (ou cinta tipo "GRAB") são cintas e componentes conectados para formar uma só peça/acessório de elevação – não confundir com o conceito de conjunto ou combinação de cintas. No exemplo da ilustração abaixo, temos lingas de 1 perna trabalhando em conjunto/combinação. Estas lingas podem ser de material têxtil, cabos de aço ou de correntes, conforme fotografia abaixo com lingas de 2 pernas (elevação vertical): Esta diferença de uma GRAB para outros modelos de cinta como ANEL ou SLING pode também ser facilmente identificada com o conteúdo das etiquetas de identificação. Nas imagens abaixo, temos etiqueta de cintas tipo GRAB de 1 e 2 pernas (duas de acima) e etiqueta de cinta com olhais padrão, tipo SLING (abaixo): Fotografias de etiquetas de rotulagem Porém visualmente pode surgir a dúvida em cintas tipo GRAB de uma perna. É uma cinta que aparentemente pode dar a entender que pode ser utilizada na forma cesto ou enforcada. É aí que mora o perigo! Como esta cinta foi projetada para trabalho em elevação vertical, alguns problemas podem ocorrer tanto referente ao equilíbrio da carga quanto até diretamente na capacidade efetiva de elevação. Veja abaixo na ilustração a correta vs incorreta forma de uso da cinta GRAB de 1 perna em Cesto: Imagens de cintas GRAB de uma perna em cesto Por isso, caso haja uma necessidade específica de uso de cinta GRAB em Cesto, consulte o nosso Departamento Técnico para uma avaliação e revisão da linha, para que seja provida uma solução devidamente adequada à sua operação. Veja um Boletim Técnico sobre este FAQ em https://www.tecnotextil.com.br/downloads/boletim-tecnico-maio-2021/
  13. Um acessório errado pode cortar a cinta?
    Com a última revisão da NBR 15637, passamos a ter uma importante informação (no item 4 do Anexo B), demandada por todo mercado: o cálculo para o diâmetro mínimo admissível do ponto de pega/ancoragem para que não se corra o risco de "cortar" a cinta tubular. A fórmula é simples, porém é muito importante atentar ao tipo de contato da cinta tubular, que pode ser classificado como:
    • D1: contato simples;
    • D2: contato duplo;
    • D3: contato duplo com estrangulamento.
      Conhecendo como está sendo utilizada a cinta, podemos então considerar o diâmetro mínimo do ponto de pega, onde DM representa o diâmetro do ponto de pega, ilustrado a seguir com uma manilha:
    • Contato Simples (D1): DM > DC
    • Contato Duplo (D2): DM > 1,5 x DC
    • Contato Duplo com estrangulamento (D3): DM > 3 x DC
    Lembrando que:
    • O diâmetro da cinta deve estar informado na etiqueta de rotulagem do produto;
    • Este cálculo se aplica em qualquer ponto de pega (não apenas manilhas).
  14. Ventos podem atrapalhar o içamento de cargas?
    Sim, dependendo de características do equipamento de guindar, formato da carga, altura de içamento etc. É necessário verificar a velocidade do vento (por exemplo, consultando uma Base Aérea via telefone) no momento da movimentação. Quando a percepção indicar uma condição anormal para maior, da velocidade do vento, deve-se comparar a condição climática com as recomendações de segurança específicas (SESMT). Cada caso é um caso, não sendo possível estipular um critério único (ex.: é proibido o trabalho de içamento com GRUA, quando os ventos atingirem 72 km/h).

Inspeção

  1. Como fazer o descarte da cinta?
    Seja qual for o método, devemos ter em mente que depois que o material é rejeitado na inspeção, este jamais deve voltar a ser utilizado! A recomendação é inutilizar o produto: se a cinta possui olhais, o jeito mais prático é cortá-los (desta maneira fica impossível utilizar o produto); se for uma cinta circular, deve-se cortar uma seção inteira e assim também já vai ser impossível de a utilizar. Ficam também outras duas recomendações quanto ao uso de ferramentas: lembre-se sempre de utilizar luvas de proteção anti-corte! A outra ferramenta que recomendamos é a "Máquina de Cortar Tecido" que agiliza e facilita muito o trabalho (veja o vídeo abaixo), principalmente em cintas têxteis de maior dimensão ou mesmo se houver a necessidade de cortar uma grande quantidade de peças.

  2. Como se procede a recertificação de cintas têxteis?
    No mercado de cabos de aço ficou muito comum esta questão de fazer um ensaio com o dobro de carga (2 x CMT) para posteriormente emitir um documento que "re-certifica" o material. Para cintas têxteis, esta prática não é correta! O que temos de regulamentação para as cintas são as normas técnicas: O que os regulamentos falam a respeito do assunto é justamente sobre o processo de inspeção e descarte das cintas. Temos muito material a respeito aqui em nosso site; segue um link para a busca do termo "inspeção": https://www.tecnotextil.com.br/?s=inspeção Veja mais sobre este assunto em postagem do nosso Blog: Ensaio de dobro de carga em cintas têxteis. Este assunto remete a outras duas dúvidas que já nos foram colocadas e respondidas no FAQ: Portanto, este processo de "recertificação com teste de dobro de carga" não existe em cintas! Não podemos fazer um ensaio de dobro de carga, pois as normas exigem que jamais se exceda o limite de carga das cintas O que pode ser feito no entanto (bem comum) é enviar as cintas para análise pelo Fabricante. Nós emitimos laudos atestando que a cinta está conforme ou não conforme (algo como uma inspeção mais detalhada), mas o certificado da cinta continua sendo o mesmo.
  3. É possível consertar cintas danificadas?
    Como sabemos, não é possível estimar o tempo de vida útil de cada cinta, pois vai depender do manuseio, periodicidade, forma e adequação do uso etc. Mas depois que fazemos a inspeção do material e retiramos a cinta de uso, é possível consertá-la? Sim! Dependendo do caso é possível recuperar a cinta têxtil! Por exemplo é muito comum perder a etiqueta de identificação; neste caso o reparo (trocar etiqueta) é viável. Em cintas tubulares a viabilidade de conserto costuma ser mais provável, principalmente se estas forem confeccionadas com proteções adicionais. Por outro lado, cintas planas depois de danificadas costumam não ter conserto. Porém temos 4 pontos importantes que você deve observar sobre este tema. Vamos lá!

    1 - Reparos devem ser realizados apenas pelo fabricante

    Jamais altere as características originais do produto por conta própria! Apenas o fabricante do produto poderá fazer modificações e reparos nas suas cintas têxteis. Isto também significa que a TECNOTEXTIL só pode reparar as cintas de nossa fabricação. Citando as normas técnicas: "Quando viável, as cintas devem ser reparadas apenas pelo próprio fabricante" (ref. item B.3.1 da NBR 15637, grifo nosso). Portanto, não nos envie cintas de outras marcas/fabricantes!

    2 - Aviso prévio

    A TECNOTEXTIL se reserva ao direito de recusar o recebimento de materiais enviados sem aviso prévio, conforme inclusive declaramos em nossas Notas Fiscais. Portanto, antes de enviar os materiais para nossa análise, entre em contato com nossa área comercial por e-mail, telefone ou mesmo através do formulário de Contato. Você também pode contatar diretamente o Representante para fazer uma análise preliminar dos seus materiais!

    3 - Como funciona na prática

    3.1 - Seleção dos materiais

    O Responsável Qualificado da sua empresa deverá separar as cintas têxteis que sejam viáveis de conserto para envio (para nossa fábrica). Um profissional devidamente capacitado sabe distinguir os materiais de descarte (sem conserto) daqueles cujo conserto é viável. Porém, na dúvida: nos envie para análise! Nota: consulte-nos para treinamentos de capacitação.

    3.2 - Comunicação e Envio (NF)

    Posteriormente você deverá nos comunicar (conforme item 2) do envio, preferencialmente já mencionando qual a sua demanda: colocação de proteções, troca de etiqueta, reposição de acessórios etc. Atenção aos detalhes para a emissão da sua Nota Fiscal:
    • NCM para cintas têxteis deve ser 6307.90.90
    • CFOP varia de acordo com a demanda:
      • Remessa para industrialização (o objetivo é consertar/reparar a cinta), utilize o CFOP 5.901 (dentro do estado de SP) ou 6.901 (fora de SP);
      • Se o objetivo é apenas fazer um laudo, utilize CFOP 5.949 (em SP) ou 6.949 (fora de SP);
    • Informe sempre nas observações da Nota Fiscal o motivo do envio, bem como a rastreabilidade: a NF de origem ou mesmo nº da OF.

    3.3 - Reparo e Certificação

    Ao receber as suas cintas, vamos inicialmente separar aquelas que podem ser consertadas, daquelas sem condições de reparo. Cintas tubulares cujo reparo é aparentemente viável precisarão passar por uma segunda análise mais profunda: é preciso ter a certeza que o núcleo de cordões permanece intacto. Por isso vamos precisar abrir a capa da sua cinta, para analisá-la "por dentro". Estando a estrutura devidamente intacta, poderemos então proceder com o reparo: colocação de proteções adicionais, troca de etiqueta etc. Lembrando que cintas têxteis não são recertificadas através de ensaio de dobro de carga. Se viável, são reparadas sem fazer nenhum tipo de teste de carga adicional.

    3.4 - Comercialização

    Durante todo processo, você estará sendo envolvido: se for viável o reparo, nossa área comercial entrará em contato para fazer a devida oferta/cotação. Assim que você aprovar, seu material será reparado, a etiqueta de rotulagem padrão será  trocada (mantendo as informações originais) e uma nova etiqueta adicional será inserida com a data deste novo reparo.

    4 - Vale a pena?

    Pela nossa experiência, o processo de conserto de cintas traz um enorme ganho financeiro (redução de custo) aos clientes, principalmente quando se adota o uso de cintas com proteção total. Ao utilizar proteções você estará preservando a cinta têxtil. Consequentemente, o Responsável Qualificado (referente item 3.1) poderá enviar a cinta apenas para troca da proteção, tendo assim uma relevante redução de custos. Claro, pode haver uma ou outra exceção! Por isso conte sempre com nosso apoio: na dúvida, entre em contato com nossa equipe de Vendas.
  4. Posso fazer marcações adicionais em manilhas?
    Recebemos esta pergunta no Fale Conosco:
    Tenho uma dúvida quanto à inspeção de olhais e manilhas: posso marcar puncionando com marcador alfa-numérico no corpo da manilha e do olhal a cada nova inspeção que faço? Se sim, qual a norma que me dá respaldo para isso?
    A resposta: Os requisitos de inspeção ficam normalmente nas mesmas normas de fabricação. Por exemplo, no caso das cintas de elevação (NBR 15637) ficam no anexo A; no caso de lingas de cabo de aço (NBR 13541), a parte 2 da norma trata da inspeção. Agora sobre fazer marcações adicionais*, de fato não nos lembramos de ver este requisito, muito menos uma norma à parte. Nota (*): estas marcações não são exigências da norma; você pode evidenciar a inspeção formal/completa (aquela que é exigida ao menos uma vez por ano) em um formulário impresso, por exemplo: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/registro-de-inspecao/ Sobre as marcações, para as manilhas temos a ABNT NBR 13545:
    • Ela de fato determina as marcações, conforme item 14
    • Não há um requisito para o tipo de marcação, é apenas informado:
      • "Cada manilha deve ser marcada de forma legível e indelével de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas da manilha"
    Sendo assim, entendemos que o puncionamento pode sim ser aplicado, pois este não prejudica as propriedades mecânicas da peça. Quero apenas salientar que as marcações adicionais que você está fazendo, para melhorar o seu controle de inspeção (o que, aliás, é excelente), não substituem as marcações que o fabricante da manilha deve fazer (capacidade, fabricante, lote etc.); o mesmo se aplica para olhais. Se alguma das marcações originais da peça não estiverem legíveis, você deve descartar a mesma ou mesmo devolver ao fabricante para analisar a viabilidade de conserto.
  5. Quais as marcações exigidas para acessórios?
    Todas as normas internacionais de acessórios – todas as partes da EN 1677 (Components for slings - Safety) – bem como as nacionais – por exemplo a ABNT NBR 16789 (anéis de carga) e ABNT NBR ISO 8539 (acessórios de aço forjado) – convergem nos requisitos de marcação (rastreabilidade) nas peças. São requisitos de marcação:
    • Código do produto que permite identificar o modelo e consequentemente a CMT (termo em português equivalente ao WLL);
    • Identificação do Grau (por exemplo, 8);
    • Fabricante (nome, símbolo ou marca);
    • Código de rastreabilidade (que permite identificar o lote de fabricação).
    Nota: consulte a nossa oferta de acessórios em nosso catálogo de elevação, a partir da página 39 (ref. ed. 2020)

    Exceções

    Nas lingas de corrente, substitui-se o "código do produto" pela CMT, bem como o "Fabricante" por "Montador" (nome, símbolo ou marca).

    Outra exceção são as correntes, também pela pouca área para marcação, a exigência das normas técnicas é apenas da identificação do grau, a cada 20 elos ou mesmo a cada metro (a distância que for menor).

    Já nas manilhas, tanto na norma nacional quanto na internacional, troca-se o "código do produto" pela CMT. Temos também exigência diferenciada para o pino da manilha (falta espaço para todas as marcações): até 13mm de diâmetro, os pinos devem ter ao menos a identificação do grau e os maiores, além do grau, deve estar marcado também o símbolo ou marca do fabricante.

    Nota: veja este outro FAQ relacionado ao tema Posso fazer marcações adicionais em manilhas? 
  6. Quais os critérios de inspeção de cintas sintéticas?
    Verificar a existência de cortes, danos às bordas, desfiamentos na costura ou olhais, ataques químicos, fricção ou fusão das fibras, acessórios desgastados ou deformados etc.
  7. Qual a periodicidade de inspeções nas cintas?
    Existem 2 tipos de inspeção: a inspeção visual e a inspeção formal. A inspeção visual é também chamada de inspeção pré-uso, isto é: o próprio operador deve fazer uma verificação visual no estado de conservação da cinta antes de a utilizar. Esta inspeção (pré-uso) é um requisito das normas técnicas que é capaz de evitar muitos acidentes. Porém vamos além e recomendamos fazer adicionalmente esta inspeção também após o uso. Desta maneira se for identificado qualquer dano na cinta, será mais fácil identificar as causas dos danos às cintas, podendo assim serem tomadas as devidas medidas preventivas não somente para evitar acidentes como também aumentar a vida útil das cintas.
    Veja este outro FAQ sobre o tema: Qual é a hora certa de descartar o produto?
    Já sobre a inspeção formal é obrigatória ser feita com periodicidade de no mínimo um ano. Isto está estabelecido tanto nas normas técnicas quanto na própria NR 11 (norma regulamentadora que trata da movimentação de cargas).
    Faça download gratuitamente do nosso modelo: Registro de Inspeção
    Neste ponto, vale observar um importante detalhe: se você sabe que determinada cinta tem durabilidade de 6 meses, por exemplo, não faz sentido fazer inspeções formais anualmente! É por isso que o Responsável Qualificado deve determinar uma periodicidade de inspeção que seja coerente com o uso da cinta. Nós recomendamos fazer ao menos três inspeções ao longo do tempo de vida útil da cinta. Faça a primeira inspeção na data do primeiro uso da cinta: desta maneira você terá um parâmetro para estabelecer o tempo de vida útil da cinta. Ainda no mesmo exemplo (vida útil estimada em 6 meses), procure fazer inspeções a cada 2 meses. Mas se você não sabe o tempo de vida útil da cinta, recomendamos então adotar uma periodicidade proporcional ao grau de risco no uso da cinta. Devem ser adotadas as frequências de inspeção conforme tabelas abaixo, onde o Responsável Qualificado pode inclusive optar por outros valores, com periodicidades ainda menores se achar pertinente, por exemplo adotar inspeções mensais, trimestrais ou semestrais.
    Veja este outro FAQ sobre o tema: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)?
    Primeiramente some as pontuações, conforme frequência de uso, aplicação e tipo de operação:
    FREQUÊNCIA DE USO APLICAÇÃO OPERAÇÃO
    Alta (3 pt) Específica (1 pt) Agressiva (3 pt)
    Média (2 pt) Multi-uso (3 pt) Controlada (2 pt)
    Baixa (1 pt) - Normal (1 pt)
    Conforme o resultado, classifique o grau de risco:
    PONTUAÇÃO GRAU DE RISCO FREQUÊNCIA SUGERIDA
    pt < 5 Baixo ANUAL
    5 < pt < 7 Médio SEMESTRAL
    pt > 7 Alto TRIMESTRAL
     
  8. Qual a periodicidade de inspeções nas cintas?
    Existem 2 tipos de inspeção: a inspeção visual e a inspeção formal. A inspeção visual é também chamada de inspeção pré-uso, isto é: o próprio operador deve fazer uma verificação visual no estado de conservação da cinta antes de a utilizar. Esta inspeção (pré-uso) é um requisito das normas técnicas que é capaz de evitar muitos acidentes. Porém vamos além e recomendamos fazer adicionalmente esta inspeção também após o uso. Desta maneira se for identificado qualquer dano na cinta, será mais fácil identificar as causas dos danos às cintas, podendo assim serem tomadas as devidas medidas preventivas não somente para evitar acidentes como também aumentar a vida útil das cintas.
    Veja este outro FAQ sobre o tema: Qual é a hora certa de descartar o produto?
    Já sobre a inspeção formal é obrigatória ser feita com periodicidade de no mínimo um ano. Isto está estabelecido tanto nas normas técnicas quanto na própria NR 11 (norma regulamentadora que trata da movimentação de cargas).
    Faça download gratuitamente do nosso modelo: Registro de Inspeção
    Neste ponto, vale observar um importante detalhe: se você sabe que determinada cinta tem durabilidade de 6 meses, por exemplo, não faz sentido fazer inspeções formais anualmente! É por isso que o Responsável Qualificado deve determinar uma periodicidade de inspeção que seja coerente com o uso da cinta. Nós recomendamos fazer ao menos três inspeções ao longo do tempo de vida útil da cinta. Faça a primeira inspeção na data do primeiro uso da cinta: desta maneira você terá um parâmetro para estabelecer o tempo de vida útil da cinta. Ainda no mesmo exemplo (vida útil estimada em 6 meses), procure fazer inspeções a cada 2 meses. Mas se você não sabe o tempo de vida útil da cinta, recomendamos então adotar uma periodicidade proporcional ao grau de risco no uso da cinta. Devem ser adotadas as frequências de inspeção conforme tabelas abaixo, onde o Responsável Qualificado pode inclusive optar por outros valores, com periodicidades ainda menores se achar pertinente, por exemplo adotar inspeções mensais, trimestrais ou semestrais.
    Veja este outro FAQ sobre o tema: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)?
    Primeiramente some as pontuações, conforme frequência de uso, aplicação e tipo de operação:
    FREQUÊNCIA DE USO APLICAÇÃO OPERAÇÃO
    Alta (3 pt) Específica (1 pt) Agressiva (3 pt)
    Média (2 pt) Multi-uso (3 pt) Controlada (2 pt)
    Baixa (1 pt) - Normal (1 pt)
    Conforme o resultado, classifique o grau de risco:
    PONTUAÇÃO GRAU DE RISCO FREQUÊNCIA SUGERIDA
    pt < 5 Baixo ANUAL
    5 < pt < 7 Médio SEMESTRAL
    pt > 7 Alto TRIMESTRAL
     
  9. Qual é a hora certa de descartar o produto?
    Os critérios para descarte das cintas estão estabelecidos em normas técnicas:
    • ABNT NBR 15883-2:2015, Cintas têxteis para amarração de cargas - Segurança – Parte 2: Cintas planas;
    • ABNT NBR 15637-1:2017, Cintas têxteis para elevação de cargas – Parte 1: Cintas planas manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
    • ABNT NBR 15637-2:2017, Cintas têxteis para elevação de cargas – Parte 2: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
    • ABNT NBR 15637-3:2017, Cintas têxteis para elevação de carga – Parte 3: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de ultra-alta tenacidade formados por multifilamentos.
    Em todas estas normas de cintas têxteis para movimentação (elevação ou amarração) de cargas, os requisitos de inspeção estão estabelecidos no Anexo A (normativo). Neste assunto, vale a pena ver no FAQ sobre a periodicidade de inspeção: https://www.tecnotextil.com.br/faq/qual-a-periodicidade-de-inspecoes-nas-cintas/ O indicador principal, tanto para cintas tubulares como para cintas planas, é sobre a etiqueta de rastreabilidade: cintas com etiqueta ilegível, inexistente ou mesmo não conforme os requisitos normativos, devem ser retiradas de uso. Para cintas tubulares o critério de descarte é mais simples: cintas com desgastes ou cortes na capa que exponham o núcleo, devem ser retiradas de uso. Porém os filamentos internos podem estar ainda impecáveis! É muito comum o caso de conserto de cintas tubulares, veja mais sobre este tema neste outro FAQ sobre o conserto de cintas: https://www.tecnotextil.com.br/faq/e-possivel-consertar-cintas-danificadas/   Já em cintas planas, os critérios para descarte são descritos nos itens abaixo:
    • Danos por calor, respingos de solda ou produtos químicos;
    • Desgaste, desfiamentos ou abrasão acentuada;
    • Qualquer tipo de corte (longitudinal ou transversal) ou perfurações na cinta
    Nota: é muito comum ouvir que existe uma margem de cortes aceitáveis, porém de fato não existe uma tolerância para cortes! Veja neste vídeo abaixo que uma cinta plana com um corte minúsculo não alcançou a CMR que deveria ser de ao menos 14 t, porém rompeu com apenas 10 t

    Temos que ter em mente que a ideia de um processo de inspeção é retirar de uso produtos que possam colocar em risco a segurança das pessoas, e consequentemente evitar acidentes e todo prejuízo patrimonial (parada na operação/produtividade, perda da carga, danos estruturais em equipamentos de guindar etc.). Portanto após condenar os materiais, o primeiro passo é segregar ou inutilizar o material. Veja este outro FAQ a respeito: https://www.tecnotextil.com.br/faq/como-fazer-descarte-da-cinta/ Você também poderá aprofundar o estudo sobre o tema em nossa cartilha de inspeção gratuitamente disponível em:

Manuseio

  1. A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer?
    Enviar a cinta ao fabricante para avaliar a possibilidade de uma nova identificação, mantendo a rastreabilidade. A legislação brasileira proíbe o uso de cinta sem a etiqueta de rastreabilidade.
  2. Ao trabalhar com ângulos, a carga pode escorregar?
    Sim. É necessário considerar o ângulo de trabalho da cinta em relação à carga e avaliar a probabilidade de deslizamento. Adotar a "forca dupla" ilustrado acima, associado ao uso de cintas em pares, é o método mais seguro para movimentação de cargas escorregadias (formato ou material que possa contribuir a um possível deslizamento). Porém outro perigo muito comum ao trabalhar com ângulos é não calcular efetivamente o CMTE: considerar apenas a carga nominal da cinta, ignorando a redução na capacidade efetiva devido à incidência de ângulos. O Fator de Uso é reduzido devido à perda de resistência, conforme ilustra a tabela abaixo. Como medida de segurança as normas NBR 15637 padronizam uma tolerância de 6º e definem a perda de resistência por faixas:
    • Até 45º temos uma perda de 30% de resistência: isto é o FU será de 0,7 ou mesmo 1,4 com duas cintas;
    • De 45º a 60º temos 50% de perda: FU de 0,5 ou mesmo 1,0 com duas cintas.
    Repare na tabela que a partir de 60º a perda de resistência torna-se exponencial, por isso todas as normas de segurança em movimentação de cargas proíbem incidência de ângulos superiores aos 60º!
  3. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão é ratificada no Anexo C (orientações para uso) das normas NBR 15637: na norma está recomendado evitar este tipo de uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  4. Quais os EPIs obrigatórios no uso de cintas?
    Cada caso é um caso e deve ser previamente avaliado pelo SESMT ou profissional responsável pela segurança e integridade pessoal dos envolvidos na movimentação. De maneira geral as cintas não oferecem riscos no manuseio sem EPI. Adicionalmente deve-se seguir conceitos básicos de segurança pessoal, tais como manter as mãos e outras partes do corpo longe da cinta, para evitar lesão quando a carga for elevada.
  5. Quais os motivos mais comuns que originam acidentes na movimentação de cargas?
    A falta de informações e conhecimento dos usuários é o fator principal. Mas há uma infinidade de possíveis causas que originaram acidentes durante uma movimentação de cargas. As mais comuns podem ser:
    • especificação incorreta da cinta
    • dimensionamento do equipamento de guindar
    • ângulo impróprio de movimentação do equipamento de guindar
    • definição incorreta do centro de gravidade da carga
    • abrasão, cortes ou perfurações na cinta
    • instabilidade na movimentação decorrente de condições climáticas desfavoráveis ou inabilidade do operador do equipamento de guindar
    • especificação incorreta de manilhas auxiliares à movimentação
    • uso da cinta em angulação maior que 60°
    • deslizamento da carga durante a movimentação na forma "enforcado", a partir de um balanço e não previsão da adequada capacidade de "agarramento" entre cinta e carga
    • não utilização de cabo guia em longos percursos
    • rotação acidental da carga ou colisão com outros objetos
    • comando intermitente de içamento ou arriamento (provocando trancos que aumentam o esforço da cinta)
    • arraste da cinta no chão ou superfície áspera e sob a carga
  6. Qual o método mais adequado para se armazenar a cinta?
    As cintas têxteis devem ser armazenadas em local limpo e seco, em temperatura ambiente e sem exposição solar, isto é: abrigadas de sol e chuva. Evite também estocar em caixas fechadas, cintas que estejam molhadas! Preferencialmente, armazenar em carrinhos apropriados, cabideiros ou mesmo prateleiras, conforme exemplos:
  7. Qual o uso correto de GRAB de uma perna?
    As cintas tipo GRAB (ou linga) foram projetadas para trabalhar na forma de elevação Vertical. Isto significa que as cintas planas ou tubulares do tipo GRAB não devem ser utilizadas na forma Cesto (envolver a carga) ou Enforcada (enlaçar a carga). O conceito de uma linga (ou cinta tipo "GRAB") são cintas e componentes conectados para formar uma só peça/acessório de elevação – não confundir com o conceito de conjunto ou combinação de cintas. No exemplo da ilustração abaixo, temos lingas de 1 perna trabalhando em conjunto/combinação. Estas lingas podem ser de material têxtil, cabos de aço ou de correntes, conforme fotografia abaixo com lingas de 2 pernas (elevação vertical): Esta diferença de uma GRAB para outros modelos de cinta como ANEL ou SLING pode também ser facilmente identificada com o conteúdo das etiquetas de identificação. Nas imagens abaixo, temos etiqueta de cintas tipo GRAB de 1 e 2 pernas (duas de acima) e etiqueta de cinta com olhais padrão, tipo SLING (abaixo): Fotografias de etiquetas de rotulagem Porém visualmente pode surgir a dúvida em cintas tipo GRAB de uma perna. É uma cinta que aparentemente pode dar a entender que pode ser utilizada na forma cesto ou enforcada. É aí que mora o perigo! Como esta cinta foi projetada para trabalho em elevação vertical, alguns problemas podem ocorrer tanto referente ao equilíbrio da carga quanto até diretamente na capacidade efetiva de elevação. Veja abaixo na ilustração a correta vs incorreta forma de uso da cinta GRAB de 1 perna em Cesto: Imagens de cintas GRAB de uma perna em cesto Por isso, caso haja uma necessidade específica de uso de cinta GRAB em Cesto, consulte o nosso Departamento Técnico para uma avaliação e revisão da linha, para que seja provida uma solução devidamente adequada à sua operação. Veja um Boletim Técnico sobre este FAQ em https://www.tecnotextil.com.br/downloads/boletim-tecnico-maio-2021/

Manutenção

  1. Como limpar/lavar as cintas?
    A indicação de lavagem de uma cinta é feita com o objetivo de retirar principalmente óleo e graxa impregnados em "excesso", pois o acúmulo de sujeira traz uma série de complicações no uso das cintas, tais como:
    • Inspeção prejudicada: a sujeira pode esconder possíveis cortes ou desgastes por abrasão, não identificáveis;
    • Abrasão: pela retenção de partículas sólidas (cristais de poeira) que podem inclusive atuar como agente de corte interno;
    • Manuseio prejudicado: por implicar em contaminação da pele do usuário ou da peça a ser movimentada.
    Para o processo de lavagem das cintas, o mais indicado é a limpeza manual da cinta com uso de sabão neutro. Porém alguns cuidados devem ser tomados:
    • A lavagem não precisa buscar a retirada de manchas no corpo da cinta, pois estas não implicam em perda de eficiência do produto ou prejuízo na inspeção visual (que deve ser realizada antes de cada operação);
    • A lavagem não pode agredir ou inviabilizar a identificação das informações da etiqueta de identificação (azul), que devem ser preservadas durante o processo de limpeza. Pela mesma razão não se deve colocar as cintas em máquinas de lavar.
    As normas técnicas (NBR 15637 para elevação, NBR 15883 para amarração) proíbem a utilização de cintas sem etiqueta de identificação pois a falta de informações visíveis pode gerar riscos de segurança. protegendoetiqueta
  2. Como limpar/lavar as cintas?
    A indicação de lavagem de uma cinta é feita com o objetivo de retirar principalmente óleo e graxa impregnados em "excesso", pois o acúmulo de sujeira traz uma série de complicações no uso das cintas, tais como:
    • Inspeção prejudicada: a sujeira pode esconder possíveis cortes ou desgastes por abrasão, não identificáveis;
    • Abrasão: pela retenção de partículas sólidas (cristais de poeira) que podem inclusive atuar como agente de corte interno;
    • Manuseio prejudicado: por implicar em contaminação da pele do usuário ou da peça a ser movimentada.
    Para o processo de lavagem das cintas, o mais indicado é a limpeza manual da cinta com uso de sabão neutro. Porém alguns cuidados devem ser tomados:
    • A lavagem não precisa buscar a retirada de manchas no corpo da cinta, pois estas não implicam em perda de eficiência do produto ou prejuízo na inspeção visual (que deve ser realizada antes de cada operação);
    • A lavagem não pode agredir ou inviabilizar a identificação das informações da etiqueta de identificação (azul), que devem ser preservadas durante o processo de limpeza. Pela mesma razão não se deve colocar as cintas em máquinas de lavar.
    As normas técnicas (NBR 15637 para elevação, NBR 15883 para amarração) proíbem a utilização de cintas sem etiqueta de identificação pois a falta de informações visíveis pode gerar riscos de segurança. protegendoetiqueta
  3. É possível consertar cintas danificadas?
    Como sabemos, não é possível estimar o tempo de vida útil de cada cinta, pois vai depender do manuseio, periodicidade, forma e adequação do uso etc. Mas depois que fazemos a inspeção do material e retiramos a cinta de uso, é possível consertá-la? Sim! Dependendo do caso é possível recuperar a cinta têxtil! Por exemplo é muito comum perder a etiqueta de identificação; neste caso o reparo (trocar etiqueta) é viável. Em cintas tubulares a viabilidade de conserto costuma ser mais provável, principalmente se estas forem confeccionadas com proteções adicionais. Por outro lado, cintas planas depois de danificadas costumam não ter conserto. Porém temos 4 pontos importantes que você deve observar sobre este tema. Vamos lá!

    1 - Reparos devem ser realizados apenas pelo fabricante

    Jamais altere as características originais do produto por conta própria! Apenas o fabricante do produto poderá fazer modificações e reparos nas suas cintas têxteis. Isto também significa que a TECNOTEXTIL só pode reparar as cintas de nossa fabricação. Citando as normas técnicas: "Quando viável, as cintas devem ser reparadas apenas pelo próprio fabricante" (ref. item B.3.1 da NBR 15637, grifo nosso). Portanto, não nos envie cintas de outras marcas/fabricantes!

    2 - Aviso prévio

    A TECNOTEXTIL se reserva ao direito de recusar o recebimento de materiais enviados sem aviso prévio, conforme inclusive declaramos em nossas Notas Fiscais. Portanto, antes de enviar os materiais para nossa análise, entre em contato com nossa área comercial por e-mail, telefone ou mesmo através do formulário de Contato. Você também pode contatar diretamente o Representante para fazer uma análise preliminar dos seus materiais!

    3 - Como funciona na prática

    3.1 - Seleção dos materiais

    O Responsável Qualificado da sua empresa deverá separar as cintas têxteis que sejam viáveis de conserto para envio (para nossa fábrica). Um profissional devidamente capacitado sabe distinguir os materiais de descarte (sem conserto) daqueles cujo conserto é viável. Porém, na dúvida: nos envie para análise! Nota: consulte-nos para treinamentos de capacitação.

    3.2 - Comunicação e Envio (NF)

    Posteriormente você deverá nos comunicar (conforme item 2) do envio, preferencialmente já mencionando qual a sua demanda: colocação de proteções, troca de etiqueta, reposição de acessórios etc. Atenção aos detalhes para a emissão da sua Nota Fiscal:
    • NCM para cintas têxteis deve ser 6307.90.90
    • CFOP varia de acordo com a demanda:
      • Remessa para industrialização (o objetivo é consertar/reparar a cinta), utilize o CFOP 5.901 (dentro do estado de SP) ou 6.901 (fora de SP);
      • Se o objetivo é apenas fazer um laudo, utilize CFOP 5.949 (em SP) ou 6.949 (fora de SP);
    • Informe sempre nas observações da Nota Fiscal o motivo do envio, bem como a rastreabilidade: a NF de origem ou mesmo nº da OF.

    3.3 - Reparo e Certificação

    Ao receber as suas cintas, vamos inicialmente separar aquelas que podem ser consertadas, daquelas sem condições de reparo. Cintas tubulares cujo reparo é aparentemente viável precisarão passar por uma segunda análise mais profunda: é preciso ter a certeza que o núcleo de cordões permanece intacto. Por isso vamos precisar abrir a capa da sua cinta, para analisá-la "por dentro". Estando a estrutura devidamente intacta, poderemos então proceder com o reparo: colocação de proteções adicionais, troca de etiqueta etc. Lembrando que cintas têxteis não são recertificadas através de ensaio de dobro de carga. Se viável, são reparadas sem fazer nenhum tipo de teste de carga adicional.

    3.4 - Comercialização

    Durante todo processo, você estará sendo envolvido: se for viável o reparo, nossa área comercial entrará em contato para fazer a devida oferta/cotação. Assim que você aprovar, seu material será reparado, a etiqueta de rotulagem padrão será  trocada (mantendo as informações originais) e uma nova etiqueta adicional será inserida com a data deste novo reparo.

    4 - Vale a pena?

    Pela nossa experiência, o processo de conserto de cintas traz um enorme ganho financeiro (redução de custo) aos clientes, principalmente quando se adota o uso de cintas com proteção total. Ao utilizar proteções você estará preservando a cinta têxtil. Consequentemente, o Responsável Qualificado (referente item 3.1) poderá enviar a cinta apenas para troca da proteção, tendo assim uma relevante redução de custos. Claro, pode haver uma ou outra exceção! Por isso conte sempre com nosso apoio: na dúvida, entre em contato com nossa equipe de Vendas.
  4. Posso pintar as cintas, para identificação?
    Por vezes, são varias equipes que utilizam cintas muito parecidas, ou até mesmo idênticas. Uma das possibilidades para resolver o problema de identificação seria pintar um pedaço da cinta com a cor da "equipe" ou setor. Então, vamos às orientações; você pode pintar sim as cintas, desde que:
    • Aplicando em um pequeno pedaço apenas, para não prejudicar a identificação da CMT pela cor da cinta;
    • Utilizando tintas à base de água ou mesmo uma tinta serigráfica vinílica.
    Importante: jamais utilize tintas à base de solventes, pois estas sim podem prejudicar as características e resistência das fibras.

Rastreabilidade

  1. A Tecnotextil fornece certificado de conteúdo local?
    Em todos itens das NFs de produtos de nossa fabricação (cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas), atendemos à Resolução do Senado Federal nº 13/2012 que dispõe sobre a necessidade de informarmos o conteúdo de valor importado agregado nos itens da NF. Tecnicamente os produtos da Tecnotextil consideram-se como "nacionais" pois não atingem o limite de 40%. Porém todo mercado pode consultar e verificar (autenticar) no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo no link abaixo:

    https://www.fazenda.sp.gov.br/CCIWEB/Account/Login.aspx

    Pode ser feita uma consulta pública (sem necessidade de login), apenas informando os números FCI. No exemplo da cinta 22090Z acima, temos dois códigos: o primeiro refere-se ao custo de fabricação do "primeiro metro" (custo fixo) e o segundo se refere à fabricação do "metro adicional" (custo variável). Consultando o primeiro metro (54F9B512-19AE-4AC6-BFAA-165CC76C8332), onde inclusive deve ser digitado para consulta com os traços "-" e diferenciando maiúsculas, teremos:   ​Portanto, a Tecnotextil não emite um documento de "certificado de conteúdo local" em específico: TODOS seus produtos (de fabricação) são certificados conforme rastreabilidade informada no descritivo, como exemplificado acima com a cinta 22090Z.
  2. As manilhas ofertadas atendem a RR-C-271?
    A RR-C-271 cujo título é Chains and Attachments, Carbon and Alloy Steel não é propriamente uma norma internacional (como as européias EN ou as americanas ASME). Trata-se de uma Especificação Federal (Federal Specification) do Programa de Normalização da Defesa – tradução livre de Defense Standardization Program (DSP) do exército americano. Muitos clientes questionam se as manilhas que ofertamos atendem a esta Especificação. E a resposta é sim! Medidas, tolerâncias e capacidades das nossas manilhas estão conforme última revisão no momento da edição deste FAQ: a 6º edição referente Revision G acessível em https://quicksearch.dla.mil/qsDocDetails.aspx?ident_number=51283. Esta Especificação Federal não trata apenas de manilhas, como outros componentes. Consulte sobre as manilhas a partir da seção 3.4.3 na página 16 do documento (novamente, referente Revision G). Veja este outro FAQ relacionado ao assunto: Por que as manilhas que a Tecnotextil oferta são conforme ASME B30.26?
  3. Como é composto o Book de Inspeção da cinta de movimentação?
    Trata-se de um conjunto de registros, que demonstram ensaios de aprovação, controle de rastreabilidade, legislação aplicável ao processo, conformidade entre o produto solicitado e o produto ofertado e produzido, comunicações prévias de inconsistências identificadas na solicitação e posterior aceitação das correções propostas, com base em adequação às necessidades do cliente.
  4. Como identificar o lote da cinta?
    As cintas TECNOTEXTIL LEVTEC são rastreáveis a partir da identificação "OF Nº", existente na etiqueta azul. Mesmo se a etiqueta azul tiver sido arrancada da cinta, o cliente pode nos enviar a cinta que a partir de uma identificação interna não acessível ao usuário, a cinta pode ser rastreada e novamente identificada.
  5. É possível consertar cintas danificadas?
    Como sabemos, não é possível estimar o tempo de vida útil de cada cinta, pois vai depender do manuseio, periodicidade, forma e adequação do uso etc. Mas depois que fazemos a inspeção do material e retiramos a cinta de uso, é possível consertá-la? Sim! Dependendo do caso é possível recuperar a cinta têxtil! Por exemplo é muito comum perder a etiqueta de identificação; neste caso o reparo (trocar etiqueta) é viável. Em cintas tubulares a viabilidade de conserto costuma ser mais provável, principalmente se estas forem confeccionadas com proteções adicionais. Por outro lado, cintas planas depois de danificadas costumam não ter conserto. Porém temos 4 pontos importantes que você deve observar sobre este tema. Vamos lá!

    1 - Reparos devem ser realizados apenas pelo fabricante

    Jamais altere as características originais do produto por conta própria! Apenas o fabricante do produto poderá fazer modificações e reparos nas suas cintas têxteis. Isto também significa que a TECNOTEXTIL só pode reparar as cintas de nossa fabricação. Citando as normas técnicas: "Quando viável, as cintas devem ser reparadas apenas pelo próprio fabricante" (ref. item B.3.1 da NBR 15637, grifo nosso). Portanto, não nos envie cintas de outras marcas/fabricantes!

    2 - Aviso prévio

    A TECNOTEXTIL se reserva ao direito de recusar o recebimento de materiais enviados sem aviso prévio, conforme inclusive declaramos em nossas Notas Fiscais. Portanto, antes de enviar os materiais para nossa análise, entre em contato com nossa área comercial por e-mail, telefone ou mesmo através do formulário de Contato. Você também pode contatar diretamente o Representante para fazer uma análise preliminar dos seus materiais!

    3 - Como funciona na prática

    3.1 - Seleção dos materiais

    O Responsável Qualificado da sua empresa deverá separar as cintas têxteis que sejam viáveis de conserto para envio (para nossa fábrica). Um profissional devidamente capacitado sabe distinguir os materiais de descarte (sem conserto) daqueles cujo conserto é viável. Porém, na dúvida: nos envie para análise! Nota: consulte-nos para treinamentos de capacitação.

    3.2 - Comunicação e Envio (NF)

    Posteriormente você deverá nos comunicar (conforme item 2) do envio, preferencialmente já mencionando qual a sua demanda: colocação de proteções, troca de etiqueta, reposição de acessórios etc. Atenção aos detalhes para a emissão da sua Nota Fiscal:
    • NCM para cintas têxteis deve ser 6307.90.90
    • CFOP varia de acordo com a demanda:
      • Remessa para industrialização (o objetivo é consertar/reparar a cinta), utilize o CFOP 5.901 (dentro do estado de SP) ou 6.901 (fora de SP);
      • Se o objetivo é apenas fazer um laudo, utilize CFOP 5.949 (em SP) ou 6.949 (fora de SP);
    • Informe sempre nas observações da Nota Fiscal o motivo do envio, bem como a rastreabilidade: a NF de origem ou mesmo nº da OF.

    3.3 - Reparo e Certificação

    Ao receber as suas cintas, vamos inicialmente separar aquelas que podem ser consertadas, daquelas sem condições de reparo. Cintas tubulares cujo reparo é aparentemente viável precisarão passar por uma segunda análise mais profunda: é preciso ter a certeza que o núcleo de cordões permanece intacto. Por isso vamos precisar abrir a capa da sua cinta, para analisá-la "por dentro". Estando a estrutura devidamente intacta, poderemos então proceder com o reparo: colocação de proteções adicionais, troca de etiqueta etc. Lembrando que cintas têxteis não são recertificadas através de ensaio de dobro de carga. Se viável, são reparadas sem fazer nenhum tipo de teste de carga adicional.

    3.4 - Comercialização

    Durante todo processo, você estará sendo envolvido: se for viável o reparo, nossa área comercial entrará em contato para fazer a devida oferta/cotação. Assim que você aprovar, seu material será reparado, a etiqueta de rotulagem padrão será  trocada (mantendo as informações originais) e uma nova etiqueta adicional será inserida com a data deste novo reparo.

    4 - Vale a pena?

    Pela nossa experiência, o processo de conserto de cintas traz um enorme ganho financeiro (redução de custo) aos clientes, principalmente quando se adota o uso de cintas com proteção total. Ao utilizar proteções você estará preservando a cinta têxtil. Consequentemente, o Responsável Qualificado (referente item 3.1) poderá enviar a cinta apenas para troca da proteção, tendo assim uma relevante redução de custos. Claro, pode haver uma ou outra exceção! Por isso conte sempre com nosso apoio: na dúvida, entre em contato com nossa equipe de Vendas.
  6. Existe rastreabilidade do produto na Nota Fiscal?
    A NFe TECNOTEXTIL LEVTEC possui a identificação "Nº da OF", base de toda rastreabilidade dos nossos produtos.
  7. O Certificado de Qualidade dos produtos, atesta o quê?
    O Certificado da Qualidade é documento que deve ser emitido pelo fabricante, que normalmente acompanha a NF. Ele atesta as características técnicas de um determinado modelo de cinta – por exemplo, uma NF com três itens diferentes deve possuir três certificados. É uma documentação sobre o produto de movimentação de carga, referenciado nas normas técnicas como "Declaração do fabricante" – é requisito tanto para cintas têxteis, como para cabos de aço, lingas de correntes, manilhas e outros acessórios para movimentação de cargas. Além de trazer informações básicas de rastreabilidade (NF, pedido de compra do cliente, data de fabricação, quantidade), os certificados devem conter, conforme item 6.2 das normas ABNT NBR 15637:
  8. Por que a data no certificado é uma e na etiqueta é outra?
    A data constante no certificado de qualidade é a data do "Documento de Origem", ou seja: a data da emissão da Nota Fiscal. Desta maneira, a data de fabricação do produto (data que é informada na etiqueta) será, via de regra, diferente da data da emissão da NF (normalmente 5 dias úteis, nosso prazo de entrega mais comum). Lembrando que estas datas não implicam em tempo de validade, pois o uso das cintas é o que determina sua duração.
  9. Por que as manilhas que a Tecnotextil oferta são conforme ASME B30.26?
    A norma nacional ABNT NBR 13545:2012 estabelece uma série de requisitos excelentes como ensaios de tipo, propriedades mecânicas, requisitos de resistência à fadiga, ruptura etc., ou seja: requisitos de desempenho (excelente!). Ela também estabelece requisitos de informações que devem ser marcadas na peça (em acessórios, não temos uma etiqueta como nas cintas), bem como do certificado (Declaração do Fabricante), ou seja: requisitos de rastreabilidade (excelente!). As manilhas de fabricação Juli Sling Co. Ltd atendem plenamente a todas estas exigências: são estas manilhas que nós comercializamos. E toda nossa documentação acompanhante também fornece toda esta rastreabilidade. Porém a NBR 13545 nos seus itens 4.1 e 4.2, respectivamente nas Tabelas 1 e 2 determina medidas específicas para cada modelo de manilha. Estas medidas, na maioria dos modelos de manilhas disponíveis no mercado (não somente no Brasil), não são atendidas: cada fabricante desenvolveu o seu projeto. E esta NBR 13545 também restringe capacidades! Por exemplo: nossa manilha de capacidade de 1.500t jamais atenderá a esta norma, pois ela restringe manilhas curvas em no máximo 320t. Isto se trata de um grave desvio na elaboração desta norma nacional, que vai contra as diretrizes da ABNT NBR ISO/IEC 17007:2014 - Avaliação da conformidade - Orientações para redação de documentos normativos adequados ao uso na avaliação da conformidade. A ISO 17007 deixa claro no seu item 5.2.3: "convém que os documentos normativos para objetos de avaliação da conformidade se concentrem somente nos critérios ou características de desempenho do objeto". Por desempenho aqui pode se entender (como em diversas outras normas de acessórios, cintas e correntes para movimentação de cargas) a determinação do fator de segurança, por exemplo. Ainda no assunto das medidas, trata-se de uma restrição de tecnologia: se um fabricante consegue fazer "mais com menos", por exemplo (medidas menores que a norma determinou) ele será prejudicado pela norma. Neste ponto a ISO 17007 também esclarece, no seu item 5.2.6: "Convém que os requisitos especificados sejam escritos de tal forma que facilitem o desenvolvimento da tecnologia. Em geral isto é alcançado: - especificando os requisitos em termos de desempenho, em vez das características de projeto ou descritivas; - especificando os requisitos relativos ao objeto e não ao processo de produção para o objeto". É por isto, então, que ofertamos ao mercado as nossas manilhas conforme ASME B30.26.
  10. Por que na NF tem dois códigos iguais com preços diferentes?
    Os códigos dos produtos da Tecnotextil definem o modelo da cinta. Conforme normas técnicas, a definição de modelo de fabricação é: unidades produzidas sob um mesmo método de fabricação, dentro da mesma capacidade, independente do comprimento. Não somente o comprimento pode ser variável (o que vai impactar diretamente no custo) como também temos inúmeras outras variáveis. Por exemplo, temos o produto código 22060Z que se trata de uma cinta modelo SLING de corpo duplo, de 60 mm de largura e CMT de 2t:
    • Em relação ao comprimento, este produto tem um limite inferior de 0,76 m (comprimento mínimo);
    • Existe também um limite superior, mas mesmo que seja hipoteticamente de apenas 10 m: isto significa dizer que ele pode ser confeccionado com 0,8 m de comprimento, ou 1 metro; 1,1 m; 1,2 m; 1,3 m e assim por diante;
    • Temos também a possibilidade de mudança do tipo de olhal flexível: o olhal padrão desta cinta em exemplo é o tipo R2, porém a demanda do cliente pode ser de um olhal tipo N, tipo R4 etc e também com comprimentos variáveis;
    • Como se não bastasse, temos também a possibilidade de incluir proteções que podem ser de variadas matérias-primas: só do tipo de item “proteções” temos mais de 2 mil códigos (que também podem ter comprimentos e quantidades variáveis!);
    • E ainda há outros opcionais, como etiquetas adicionais de rotulagem, etiqueta metálica etc.
    Isso significa que em termos práticos, há infinitas possibilidades de fornecimento e, consequentemente custo, para cada código de produto. Por isso pode haver mais de um item na NF com o mesmo código, embora a cinta seja diferente. Veja outro FAQ relacionado ao tema: A Tecnotextil fornece certificado de conteúdo local?
  11. Posso fazer marcações adicionais em manilhas?
    Recebemos esta pergunta no Fale Conosco:
    Tenho uma dúvida quanto à inspeção de olhais e manilhas: posso marcar puncionando com marcador alfa-numérico no corpo da manilha e do olhal a cada nova inspeção que faço? Se sim, qual a norma que me dá respaldo para isso?
    A resposta: Os requisitos de inspeção ficam normalmente nas mesmas normas de fabricação. Por exemplo, no caso das cintas de elevação (NBR 15637) ficam no anexo A; no caso de lingas de cabo de aço (NBR 13541), a parte 2 da norma trata da inspeção. Agora sobre fazer marcações adicionais*, de fato não nos lembramos de ver este requisito, muito menos uma norma à parte. Nota (*): estas marcações não são exigências da norma; você pode evidenciar a inspeção formal/completa (aquela que é exigida ao menos uma vez por ano) em um formulário impresso, por exemplo: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/registro-de-inspecao/ Sobre as marcações, para as manilhas temos a ABNT NBR 13545:
    • Ela de fato determina as marcações, conforme item 14
    • Não há um requisito para o tipo de marcação, é apenas informado:
      • "Cada manilha deve ser marcada de forma legível e indelével de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas da manilha"
    Sendo assim, entendemos que o puncionamento pode sim ser aplicado, pois este não prejudica as propriedades mecânicas da peça. Quero apenas salientar que as marcações adicionais que você está fazendo, para melhorar o seu controle de inspeção (o que, aliás, é excelente), não substituem as marcações que o fabricante da manilha deve fazer (capacidade, fabricante, lote etc.); o mesmo se aplica para olhais. Se alguma das marcações originais da peça não estiverem legíveis, você deve descartar a mesma ou mesmo devolver ao fabricante para analisar a viabilidade de conserto.
  12. Quais as marcações exigidas para acessórios?
    Todas as normas internacionais de acessórios – todas as partes da EN 1677 (Components for slings - Safety) – bem como as nacionais – por exemplo a ABNT NBR 16789 (anéis de carga) e ABNT NBR ISO 8539 (acessórios de aço forjado) – convergem nos requisitos de marcação (rastreabilidade) nas peças. São requisitos de marcação:
    • Código do produto que permite identificar o modelo e consequentemente a CMT (termo em português equivalente ao WLL);
    • Identificação do Grau (por exemplo, 8);
    • Fabricante (nome, símbolo ou marca);
    • Código de rastreabilidade (que permite identificar o lote de fabricação).
    Nota: consulte a nossa oferta de acessórios em nosso catálogo de elevação, a partir da página 39 (ref. ed. 2020)

    Exceções

    Nas lingas de corrente, substitui-se o "código do produto" pela CMT, bem como o "Fabricante" por "Montador" (nome, símbolo ou marca).

    Outra exceção são as correntes, também pela pouca área para marcação, a exigência das normas técnicas é apenas da identificação do grau, a cada 20 elos ou mesmo a cada metro (a distância que for menor).

    Já nas manilhas, tanto na norma nacional quanto na internacional, troca-se o "código do produto" pela CMT. Temos também exigência diferenciada para o pino da manilha (falta espaço para todas as marcações): até 13mm de diâmetro, os pinos devem ter ao menos a identificação do grau e os maiores, além do grau, deve estar marcado também o símbolo ou marca do fabricante.

    Nota: veja este outro FAQ relacionado ao tema Posso fazer marcações adicionais em manilhas? 
  13. Qual o prazo de validade da cinta?
    Cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas não tem um prazo de validade definido! Veja mais sobre este assunto neste outro FAQ do site: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)? – onde citamos um trecho abaixo: ​"​A vida útil das cintas não pode ser determinada em norma pois dependerá fundamentalmente de características diferenciadas de cada aplicação, tais como a forma de utilização, manuseio, periodicidade e adequação do uso​..." Portanto uma cinta adquirida há por exemplo 5 anos e que nunca foi utilizada, está nova!
  14. Se eu adquiri a cinta um distribuidor, preciso guardar uma cópia da Nota Fiscal?
    Conforme a Portaria 3214 - MTE - NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais - todo material usado na movimentação de cargas, incluindo as cintas têxteis, deve ser adquirido com Nota Fiscal, que deverá permanecer disponível e facilmente resgatada em caso de solicitação de fiscalização e durante toda a vida útil da cinta.

Segurança

  1. A capacidade marcada na cinta é a carga de ruptura?
    Não. A "carga" marcada na etiqueta refere-se à Carga Máxima de Trabalho (CMT) da cinta, que deve ser associada à forma de utilização. Trata-se do que a norma chama de Fator de Uso (FU), pois poderá ter essa capacidade de carga reduzida, mantida ou ampliada, dependendo da forma de como a cinta for fixada à carga. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  2. A capacidade marcada na cinta é a carga de ruptura?
    Não. A "carga" marcada na etiqueta refere-se à Carga Máxima de Trabalho (CMT) da cinta, que deve ser associada à forma de utilização. Trata-se do que a norma chama de Fator de Uso (FU), pois poderá ter essa capacidade de carga reduzida, mantida ou ampliada, dependendo da forma de como a cinta for fixada à carga. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  3. Ao trabalhar com ângulos, a carga pode escorregar?
    Sim. É necessário considerar o ângulo de trabalho da cinta em relação à carga e avaliar a probabilidade de deslizamento. Adotar a "forca dupla" ilustrado acima, associado ao uso de cintas em pares, é o método mais seguro para movimentação de cargas escorregadias (formato ou material que possa contribuir a um possível deslizamento). Porém outro perigo muito comum ao trabalhar com ângulos é não calcular efetivamente o CMTE: considerar apenas a carga nominal da cinta, ignorando a redução na capacidade efetiva devido à incidência de ângulos. O Fator de Uso é reduzido devido à perda de resistência, conforme ilustra a tabela abaixo. Como medida de segurança as normas NBR 15637 padronizam uma tolerância de 6º e definem a perda de resistência por faixas:
    • Até 45º temos uma perda de 30% de resistência: isto é o FU será de 0,7 ou mesmo 1,4 com duas cintas;
    • De 45º a 60º temos 50% de perda: FU de 0,5 ou mesmo 1,0 com duas cintas.
    Repare na tabela que a partir de 60º a perda de resistência torna-se exponencial, por isso todas as normas de segurança em movimentação de cargas proíbem incidência de ângulos superiores aos 60º!
  4. Cinta de elevação com Fator de Segurança 5:1?
    Recebemos uma pergunta muito interessante de um cliente através do formulário de contato de nosso site:

    "Consultando o catalogo Tecnotextil (Levtec) algumas cintas tem fator de segurança 5:1. Porém este fator não consta nas normas ABNT NBR 15637. Esse fator é relativo a alguma norma? Qual seria esta norma? Qual o tipo de cinta utiliza este fator?"

    Achamos interessante compartilhar com todos a resposta, abaixo: Nos primórdios da implementação das cintas têxteis para movimentação de cargas no Brasil, foi adotado o Fator de Segurança 5:1, pois não havia norma de referência; foi implementado um FS similar ao utilizado em lingas/eslingas de cabo de aço. Atualmente, este FS é referenciado pela norma ASME B30.9 (padrão americano). Porém você tem razão: o FS de 5:1 não está previsto nas normas brasileiras! Desde que a NBR 15.637 foi implementada (com base na EN 1492), o FS para cintas é de 7:1; e 4:1 para cintas com acessórios (devido ao FS menor, da parte metálica). Veja este artigo em nosso Blog para saber mais: https://www.tecnotextil.com.br/fator-de-seguranca-e-para-serve/ Particularmente, a Tecnotextil passou a ofertar produtos com FS 7:1 desde 1999 (com base na européia EN 1492); a norma brasileira foi de fato implementada apenas em 2008. E pouco tempo depois, nós retiramos da nossa linha de oferta as cintas 5:1 (além deste fator, também não seguem o padrão de cores). Você provavelmente está consultando algum catálogo antigo nosso! Nós temos os catálogos sempre atualizados em nosso site, na seção de Catálogos: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/ Porém, vale lembrar que há casos onde podemos sim fazer um desenvolvimento específico, com este FS. Por vezes é exigência do cliente (já houve inúmeros casos) as cintas conforme a ASME B 30.9: fazemos, porém não divulgamos como "produtos de linha".
  5. Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?
    Esta é a grande dúvida, a pergunta chave na movimentação de cargas! Sempre deve ser escolhida a cinta pelo CMTE (carga efetiva) e esta informação vai depender fundamentalmente do valor do peso (massa) da carga a ser movimentada e principalmente pela forma de uso. Este último ponto é o mais importante: quantas cintas serão utilizadas (conjunto de cintas), a forma de uso (Cesto, Direta ou Enforcado), a incidência de ângulos etc... Depois de descobrir a forma de uso, teremos noção de qual é CMTE necessário para a cinta. Mas a especificação da cinta se dá pelo seu CMT (carga nominal). Para descobrir qual o CMT (qual o modelo da cinta), temos uma excelente ferramenta em nosso site: telaAppBusca Se por exemplo você chegou à conclusão que vai precisar de uma cinta de CMTE de 6.400 kg na forma Enforcada, você deve escolher a cinta de CMT 8.000 kg. Utilizando a ferramenta você vai verificar que existem diversos modelos de cintas de 8t; escolha o que melhor te atende: telaAppBusca-Resultados Com todas opções à vista, você agora pode decidir melhor a sua opção:
    • Maior necessidade de largura, escolher a 23240Z (Anel de 240mm);
    • O ponto de içamento (gancho/dispositivo onde irá colocar a cinta) é muito antigo ou mesmo está danificado (contém rebarbas, mossas ou outras irregularidades), prefira a cinta cinta FLAT 25150K (com alça metálica) para aumentar o tempo de vida útil da cinta;
    • Operações convencionais sugerimos sempre escolher as cintas tubulares TECNO (20008T) que por ser uma cinta circular, normalmente tem maior durabilidade e maior flexibilidade no uso.
    Estando escolhida a cinta, vem a última etapa que pode ser vital para o correto manuseio da carga: a escolha de proteções, fundamental quando a carga contém cantos vivos ou superfície abrasiva. Mesmo em operações normais, o uso de proteções aumenta muito o tempo de vida útil da cinta e acaba sendo a opção mais econômica: o custo pode aumentar até 20%, mas a cinta dura 200% mais. Consulte em nossos catálogos as proteções aplicáveis para cada tipo de produto e veja também este outro FAQ, relacionado ao tema: qual o tempo de vida útil das cintas?
  6. Como identificar a capacidade da cinta?
    As normas nacionais que tratam da fabricação de cintas têxteis para amarração de cargas (NBR 15883) ou elevação de cargas (NBR 15637, parte 1 para cintas planas e parte 2 para cintas tubulares) estabelecem a obrigatoriedade da identificação da capacidade de carga através da etiqueta de identificação (clique e repare nos itens 1 e 5). Este deverá ser sempre o principal critério: a etiqueta de identificação, imprescindível! Verifique também este outro FAQ: A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer? No caso das cintas de elevação, além da identificação da capacidade na etiqueta temos também o código de cores, como uma exigência da normas. Cintas com CMT a partir de 10t são identificadas todas na cor laranja. Adicionalmente temos também outro tipo de identificação: os frisos da fita, onde cada friso representa 1t. Ou seja: uma cinta com 2 frisos deve ser verde (2.000 kg), uma com 3 frisos deve ser amarela (3.000 kg) etc. A linha de produtos Tecnotextil/Levtec atende à identificação de capacidade por frisos em:
    • Cintas tubulares com CMT de até 20t;
    • Cintas planas com CMT de até 10t, exceto:
      • Cintas tipo ANEL (sem fim) de corpo duplo, triplo ou quádruplo: aplica-se somente a cintas anel corpo simples;
      • Cintas tipo SLING/FLAT (cintas com olhais) em corpo simples ou quádruplo: aplica-se somente às cintas de corpo duplo.
  7. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão é ratificada no Anexo C (orientações para uso) das normas NBR 15637: na norma está recomendado evitar este tipo de uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  8. Existem regulamentos para movimentação de cargas com cintas?
    Sim. Normas ABNT - Associação Brasileira de Norma Técnicas; Portaria 3214 - MTE - NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais; Resoluções do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
  9. O que é fator de segurança?
  10. O que fazer em caso de um acidente durante a movimentação?
    Uma vez que é impossível relacionar 100% das possíveis causas de acidentes, é fundamental realizar um planejamento adequado e criterioso, considerando os prováveis efeitos de um acidente, ao realizar determinada movimentação de carga. Neste caso as ações preventivas incorporadas ao plano de movimentação da carga devem bloquear todos os prováveis efeitos de um acidente, analisados no planejamento. As ações podem ser mitigadoras ou corretivas, no acidentado, no equipamento e/ou no meio ambiente. O SESMT da empresa (quando existir) deve ser envolvido no planejamento e execução da movimentação, bem como possíveis prestadores de serviços (particulares ou públicos) nas áreas de primeiros socorres, prevenção e combate a incêndios e agressões ao meio ambiente. A TECNOTEXTIL LEVTEC possui técnicos especializados em grandes movimentações de carga, que podem ser previamente agendados para acompanhamento, como parte de nossos serviços pós venda.
  11. Por que as cintas de movimentação de cargas possuem cores diferentes?
    Se você possui algum conhecimento sobre segurança do trabalho ou é da área de logística já deve ter reparado que as cintas de movimentação de carga possuem cores diferentes. E por qual motivo existe essa classificação entre as cintas de movimentação de carga? As cores existem para identificar a capacidade de carga que cada uma pode transportar ou içar, ou seja sua carga de trabalho. A maioria dos acidentes com movimentação e cargas ocorrem nas menores capacidades, por isso o fato das alterações nas cores, para maior atenção até 10ton. Nas maiores capacidades normalmente as atenções são muito maiores quanto à segurança da operação, com plano de Rigger, profissionais gabaritados e por isso, os riscos de acidentes são previstos e as ocorrências são muito menores. Já nos casos do dia a dia, se concentram o maior número de ocorrências.
  12. Por que cinta tubular não pode ter costura lateral?
    Como diz a Norma ABNT NBR 15637-2, a capa das cintas tubulares não pode conter emendas laterais. Mas antes de esclarecer o porquê, temos que lembrar da função da capa. Ela tem o objetivo primordial de coibir a entrada de pós, cristais, areia, enfim: evitar que partículas sólidas entrem na cinta, consequentemente danificando o núcleo. capa Durante o uso, as cintas tubulares recebem um enorme esforço de carga e, ao mesmo tempo, o núcleo fica em constante contato/atrito com a capa de proteção. É por isso, inclusive, que a área interna da capa tem que ser mais lisa e homogênea que a parte externa, para facilitar o deslocamento (minimizar o atrito) com o núcleo. Podemos, assim, resumir a função da capa como sendo a de: revestir, proteger e minimizar o atrito com o núcleo de cordões, que se apresenta de maneira fechada para impedir a penetração de sujeira e partículas sólidas. É por isso então, que não pode ser feita uma cinta tubular utilizando-se de uma fita "larga", para depois a dobrar ao meio a costurando longitudinalmente, ao invés de utilizar a devida capa de proteção. Esta costura longitudinal facilitaria muito a entrada de partículas sólidas, diminuindo drasticamente o tempo de vida útil da cinta, devido ao atrito entre estas partículas, núcleo e capa; além de ser uma prática que vai contra os requisitos da norma!
  13. Posso utilizar cintas não conforme NBR?
    A ABNT recebeu do CONMETRO a responsabilidade pela elaboração da legislação técnica nacional (Resolução 07/92). O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90), indica que sejam seguidas as Normas da ABNT. A ABNT é citada na Lei de Licitações (Lei 8666/93). Os legisladores usam as normas ABNT para alicerçar seus pareceres em processos Civil (CLT –Artigo 186), Criminal (diversas leis), Previdenciário (Lei 8213/91) e Ambiental (Lei 9605/98). A Portaria 3214, do MTE, define na Norma Regulamentadora 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Princípios Gerais: “Observar o disposto nas demais NR's, Normas Técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.” A Portaria 3214 não abre opção de uso de qualquer produto que não atenda uma norma. Ou seja, o juiz que vai julgar um processo, usará normas da ABNT ou, usará uma norma internacional se, e somente se, não houver norma nacional sobre o assunto (como no caso da matéria prima aramida). Todos os profissionais no exercício de suas funções (técnicas e/ou de gestão) correm o risco involuntário de se envolver em um sinistro ou passar por uma fiscalização. Todos nós, profissionais, não podemos ter dúvidas se devemos seguir ou não as legislações incidentes, sendo neste caso específico de cintas têxteis, as Normas da ABNT ou Norma internacional no caso da matéria prima aramida. Também destaco que não devemos correr o risco de sermos julgados (se houver um sinistro ou fiscalização) e estarmos usando uma cinta importada, produzida conforme normas do país de origem (ex.: Norma EN 12195, EN 14092). As cintas fabricadas em outros países não atendem integralmente as Normas da ABNT, pois são produzidas conforme normas de seu país de origem, e só poderão ser usadas no Brasil se forem confeccionadas com matérias primas diferentes de poliéster, poliamida ou polipropileno (matérias primas previstas nas NBR's).
  14. Quais as regras de segurança durante a movimentação?
    A movimentação de materiais implica em uma análise prévia rigorosa, com foco nos riscos associados e intrínsecos ao processo (atividades referentes à pré-operação, operação e manutenção relacionadas à inspeção, utilização, manuseio e condução de equipamentos móveis). Deve-se basicamente considerar itens como:
    • Conceitos gerais de movimentação de carga
    • Tipos de equipamento
    • Riscos por equipamento
    • Tipos de movimentação
    • Tipos de controle por risco
    • Conceitos e práticas sobre equipamentos de segurança
    • Tipos de equipamento de segurança
    • EPI - Equipamento de proteção individual
    • EPC - Equipamento de proteção coletiva
    • Conhecimento adequado do funcionamento de equipamentos de segurança
    • Inspeção dos equipamentos e itens de segurança
    • "Check list" de pré-operação
    • Tipos de acessório e suas inspeções
    • Regras de guindar, movimentar e transportar de acordo com o equipamento
    • Regras de condução, circulação e sinalização (vertical e/ou horizontal) do local
    • Medidas de controle
    • Tipos de veículos utilizados
    • Riscos associados e seus controles
    • Conhecimentos gerais sobre o Plano de Rigging (finalidade, informações geradas etc)
    • Responsabilidades para a liberação
    • Permissão para realização da atividade
    • Prevenção de Acidentes
    • Primeiros Socorros
  15. Qual o limite de uso do fator de segurança?
    O Fator de Segurança jamais deve ser levado em consideração na utilização de uma cinta. Ele existe para ensaios laboratoriais de comprovação ou de legislação. A cinta durante o uso normal dentro do CMTE já acaba "invadindo" o FS durante a movimentação, condição considerada normal. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  16. Qual o prazo de validade da cinta?
    Cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas não tem um prazo de validade definido! Veja mais sobre este assunto neste outro FAQ do site: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)? – onde citamos um trecho abaixo: ​"​A vida útil das cintas não pode ser determinada em norma pois dependerá fundamentalmente de características diferenciadas de cada aplicação, tais como a forma de utilização, manuseio, periodicidade e adequação do uso​..." Portanto uma cinta adquirida há por exemplo 5 anos e que nunca foi utilizada, está nova!
  17. Qual o uso correto de GRAB de uma perna?
    As cintas tipo GRAB (ou linga) foram projetadas para trabalhar na forma de elevação Vertical. Isto significa que as cintas planas ou tubulares do tipo GRAB não devem ser utilizadas na forma Cesto (envolver a carga) ou Enforcada (enlaçar a carga). O conceito de uma linga (ou cinta tipo "GRAB") são cintas e componentes conectados para formar uma só peça/acessório de elevação – não confundir com o conceito de conjunto ou combinação de cintas. No exemplo da ilustração abaixo, temos lingas de 1 perna trabalhando em conjunto/combinação. Estas lingas podem ser de material têxtil, cabos de aço ou de correntes, conforme fotografia abaixo com lingas de 2 pernas (elevação vertical): Esta diferença de uma GRAB para outros modelos de cinta como ANEL ou SLING pode também ser facilmente identificada com o conteúdo das etiquetas de identificação. Nas imagens abaixo, temos etiqueta de cintas tipo GRAB de 1 e 2 pernas (duas de acima) e etiqueta de cinta com olhais padrão, tipo SLING (abaixo): Fotografias de etiquetas de rotulagem Porém visualmente pode surgir a dúvida em cintas tipo GRAB de uma perna. É uma cinta que aparentemente pode dar a entender que pode ser utilizada na forma cesto ou enforcada. É aí que mora o perigo! Como esta cinta foi projetada para trabalho em elevação vertical, alguns problemas podem ocorrer tanto referente ao equilíbrio da carga quanto até diretamente na capacidade efetiva de elevação. Veja abaixo na ilustração a correta vs incorreta forma de uso da cinta GRAB de 1 perna em Cesto: Imagens de cintas GRAB de uma perna em cesto Por isso, caso haja uma necessidade específica de uso de cinta GRAB em Cesto, consulte o nosso Departamento Técnico para uma avaliação e revisão da linha, para que seja provida uma solução devidamente adequada à sua operação. Veja um Boletim Técnico sobre este FAQ em https://www.tecnotextil.com.br/downloads/boletim-tecnico-maio-2021/
  18. Quando eu sei que estou trabalhando no limite de capacidade da cinta?
    Na seleção e especificação de cintas, deve-se definir corretamente à carga máxima de trabalho exigida, levando-se em conta o modo de uso e a natureza da carga a ser içada. As dimensões, forma e peso (kgf) da carga, método de uso pretendido, a área de trabalho e a natureza da carga são todos fatores que afetam a seleção correta. A cinta selecionada deve suportar à carga, ser suficientemente forte e ter o comprimento correto para o modo de uso. Caso mais de uma cinta seja usada para elevar uma carga, todas devem ser do mesmo material e capacidade. O material do qual a cinta é manufaturada não deve ser afetado negativamente pelo ambiente de trabalho ou pela carga. Deve-se também considerar que os acessórios auxiliares (proteções, ferragens etc) e os dispositivos de elevação, devem ser compatíveis com a(s) cinta(s). Os terminais das cintas podem ser olhais flexíveis ou acessórios metálicos escolhidos em função da adequação ao acoplamento com a máquina de levantamento de carga. Ao se utilizarem cintas com olhais flexíveis, o comprimento mínimo do olhal para uma cinta a ser usada com gancho, deve ser no mínimo 3,5 vezes a espessura máxima do gancho em contato com a cinta e em qualquer circunstância o ângulo interno formado no olhal da cinta não pode ser superior a 20°.
  19. Um acessório errado pode cortar a cinta?
    Com a última revisão da NBR 15637, passamos a ter uma importante informação (no item 4 do Anexo B), demandada por todo mercado: o cálculo para o diâmetro mínimo admissível do ponto de pega/ancoragem para que não se corra o risco de "cortar" a cinta tubular. A fórmula é simples, porém é muito importante atentar ao tipo de contato da cinta tubular, que pode ser classificado como:
    • D1: contato simples;
    • D2: contato duplo;
    • D3: contato duplo com estrangulamento.
      Conhecendo como está sendo utilizada a cinta, podemos então considerar o diâmetro mínimo do ponto de pega, onde DM representa o diâmetro do ponto de pega, ilustrado a seguir com uma manilha:
    • Contato Simples (D1): DM > DC
    • Contato Duplo (D2): DM > 1,5 x DC
    • Contato Duplo com estrangulamento (D3): DM > 3 x DC
    Lembrando que:
    • O diâmetro da cinta deve estar informado na etiqueta de rotulagem do produto;
    • Este cálculo se aplica em qualquer ponto de pega (não apenas manilhas).

Técnica

  1. A capacidade marcada na cinta é a carga de ruptura?
    Não. A "carga" marcada na etiqueta refere-se à Carga Máxima de Trabalho (CMT) da cinta, que deve ser associada à forma de utilização. Trata-se do que a norma chama de Fator de Uso (FU), pois poderá ter essa capacidade de carga reduzida, mantida ou ampliada, dependendo da forma de como a cinta for fixada à carga. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  2. A capacidade marcada na cinta é a carga de ruptura?
    Não. A "carga" marcada na etiqueta refere-se à Carga Máxima de Trabalho (CMT) da cinta, que deve ser associada à forma de utilização. Trata-se do que a norma chama de Fator de Uso (FU), pois poderá ter essa capacidade de carga reduzida, mantida ou ampliada, dependendo da forma de como a cinta for fixada à carga. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  3. A cinta estica após o uso?
    O alongamento máximo (ou "elasticidade variável") das cintas varia de acordo com a matéria-prima e este dado deve ser informado no certificado de qualidade que acompanha o produto. As matérias-primas das cintas da Tecnotextil e seus respectivos valores de elasticidade são:
    • Poliéster (PES): 7%;
    • Dyneema (HMPE): 3%;
    • Aramida: 3%.
    Isto significa que assim que a cinta entra em uso, as fibras – sejam os cordões internos em uma cinta tubular ou os filamentos da fita em cintas planas – vão se acomodar e sofrer uma elasticidade, nas taxas informadas acima. Porém isto ocorre apenas durante o uso do produto! Isto considerando o correto uso (não sobrecarregar): por exemplo uma cinta 22060Z (SLING 60D CMT 2t) com 6,0m de comprimento, terá comprimento efetivo de até 6,42m – 6 x (1+7%) – durante a operação de içamento e movimentação de carga. Ela vai "crescer" no máximo 42cm com a força da elevação e, sob repouso, irá voltar ao comprimento original: trata-se de uma deformação elástica. Um acréscimo de comprimento após a cinta estar em repouso é um indicativo de que houve sobrecarga: a cinta foi utilizada além da sua capacidade efetiva e por isso sofreu uma deformação plástica.
  4. A Tecnotextil fornece certificado de conteúdo local?
    Em todos itens das NFs de produtos de nossa fabricação (cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas), atendemos à Resolução do Senado Federal nº 13/2012 que dispõe sobre a necessidade de informarmos o conteúdo de valor importado agregado nos itens da NF. Tecnicamente os produtos da Tecnotextil consideram-se como "nacionais" pois não atingem o limite de 40%. Porém todo mercado pode consultar e verificar (autenticar) no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo no link abaixo:

    https://www.fazenda.sp.gov.br/CCIWEB/Account/Login.aspx

    Pode ser feita uma consulta pública (sem necessidade de login), apenas informando os números FCI. No exemplo da cinta 22090Z acima, temos dois códigos: o primeiro refere-se ao custo de fabricação do "primeiro metro" (custo fixo) e o segundo se refere à fabricação do "metro adicional" (custo variável). Consultando o primeiro metro (54F9B512-19AE-4AC6-BFAA-165CC76C8332), onde inclusive deve ser digitado para consulta com os traços "-" e diferenciando maiúsculas, teremos:   ​Portanto, a Tecnotextil não emite um documento de "certificado de conteúdo local" em específico: TODOS seus produtos (de fabricação) são certificados conforme rastreabilidade informada no descritivo, como exemplificado acima com a cinta 22090Z.
  5. As cintas precisam de ART?
    As cintas para elevação ou amarração de cargas não precisam de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Todas exigências para o produto estão formalizadas nas normas técnicas e, claro, na NR 11 que determina requisitos básicos para qualquer tipo de equipamento para movimentação de carga (nome do fabricante, registro e armazenamento de NF, certificados etc.). Falando em movimentação de cargas, o ART deve ser exigido para o Plano de Rigging: planejamento de engenharia, que envolve uma série de cálculos em torno da movimentação que estaria sendo conduzida.
  6. As manilhas ofertadas atendem a RR-C-271?
    A RR-C-271 cujo título é Chains and Attachments, Carbon and Alloy Steel não é propriamente uma norma internacional (como as européias EN ou as americanas ASME). Trata-se de uma Especificação Federal (Federal Specification) do Programa de Normalização da Defesa – tradução livre de Defense Standardization Program (DSP) do exército americano. Muitos clientes questionam se as manilhas que ofertamos atendem a esta Especificação. E a resposta é sim! Medidas, tolerâncias e capacidades das nossas manilhas estão conforme última revisão no momento da edição deste FAQ: a 6º edição referente Revision G acessível em https://quicksearch.dla.mil/qsDocDetails.aspx?ident_number=51283. Esta Especificação Federal não trata apenas de manilhas, como outros componentes. Consulte sobre as manilhas a partir da seção 3.4.3 na página 16 do documento (novamente, referente Revision G). Veja este outro FAQ relacionado ao assunto: Por que as manilhas que a Tecnotextil oferta são conforme ASME B30.26?
  7. Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?
    Esta é a grande dúvida, a pergunta chave na movimentação de cargas! Sempre deve ser escolhida a cinta pelo CMTE (carga efetiva) e esta informação vai depender fundamentalmente do valor do peso (massa) da carga a ser movimentada e principalmente pela forma de uso. Este último ponto é o mais importante: quantas cintas serão utilizadas (conjunto de cintas), a forma de uso (Cesto, Direta ou Enforcado), a incidência de ângulos etc... Depois de descobrir a forma de uso, teremos noção de qual é CMTE necessário para a cinta. Mas a especificação da cinta se dá pelo seu CMT (carga nominal). Para descobrir qual o CMT (qual o modelo da cinta), temos uma excelente ferramenta em nosso site: telaAppBusca Se por exemplo você chegou à conclusão que vai precisar de uma cinta de CMTE de 6.400 kg na forma Enforcada, você deve escolher a cinta de CMT 8.000 kg. Utilizando a ferramenta você vai verificar que existem diversos modelos de cintas de 8t; escolha o que melhor te atende: telaAppBusca-Resultados Com todas opções à vista, você agora pode decidir melhor a sua opção:
    • Maior necessidade de largura, escolher a 23240Z (Anel de 240mm);
    • O ponto de içamento (gancho/dispositivo onde irá colocar a cinta) é muito antigo ou mesmo está danificado (contém rebarbas, mossas ou outras irregularidades), prefira a cinta cinta FLAT 25150K (com alça metálica) para aumentar o tempo de vida útil da cinta;
    • Operações convencionais sugerimos sempre escolher as cintas tubulares TECNO (20008T) que por ser uma cinta circular, normalmente tem maior durabilidade e maior flexibilidade no uso.
    Estando escolhida a cinta, vem a última etapa que pode ser vital para o correto manuseio da carga: a escolha de proteções, fundamental quando a carga contém cantos vivos ou superfície abrasiva. Mesmo em operações normais, o uso de proteções aumenta muito o tempo de vida útil da cinta e acaba sendo a opção mais econômica: o custo pode aumentar até 20%, mas a cinta dura 200% mais. Consulte em nossos catálogos as proteções aplicáveis para cada tipo de produto e veja também este outro FAQ, relacionado ao tema: qual o tempo de vida útil das cintas?
  8. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão é ratificada no Anexo C (orientações para uso) das normas NBR 15637: na norma está recomendado evitar este tipo de uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  9. Existem regulamentos para movimentação de cargas com cintas?
    Sim. Normas ABNT - Associação Brasileira de Norma Técnicas; Portaria 3214 - MTE - NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais; Resoluções do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
  10. O que é CMTE?
    Carga máxima de trabalho efetiva: obtida a partir da multiplicação do CMT (Carga Máxima de Trabalho) pelo FU (Fator de Uso).
  11. O que é fator de segurança?
  12. O que é fator de uso?
    Fator aplicado ao CMT (Carga Máxima de Trabalho) de uma cinta, para chegar ao CMTE (Carga Máxima de Trabalho Efetiva) para um dado modo de montagem ou uso.
  13. O que fazer em caso de um acidente durante a movimentação?
    Uma vez que é impossível relacionar 100% das possíveis causas de acidentes, é fundamental realizar um planejamento adequado e criterioso, considerando os prováveis efeitos de um acidente, ao realizar determinada movimentação de carga. Neste caso as ações preventivas incorporadas ao plano de movimentação da carga devem bloquear todos os prováveis efeitos de um acidente, analisados no planejamento. As ações podem ser mitigadoras ou corretivas, no acidentado, no equipamento e/ou no meio ambiente. O SESMT da empresa (quando existir) deve ser envolvido no planejamento e execução da movimentação, bem como possíveis prestadores de serviços (particulares ou públicos) nas áreas de primeiros socorres, prevenção e combate a incêndios e agressões ao meio ambiente. A TECNOTEXTIL LEVTEC possui técnicos especializados em grandes movimentações de carga, que podem ser previamente agendados para acompanhamento, como parte de nossos serviços pós venda.
  14. Por que as manilhas que a Tecnotextil oferta são conforme ASME B30.26?
    A norma nacional ABNT NBR 13545:2012 estabelece uma série de requisitos excelentes como ensaios de tipo, propriedades mecânicas, requisitos de resistência à fadiga, ruptura etc., ou seja: requisitos de desempenho (excelente!). Ela também estabelece requisitos de informações que devem ser marcadas na peça (em acessórios, não temos uma etiqueta como nas cintas), bem como do certificado (Declaração do Fabricante), ou seja: requisitos de rastreabilidade (excelente!). As manilhas de fabricação Juli Sling Co. Ltd atendem plenamente a todas estas exigências: são estas manilhas que nós comercializamos. E toda nossa documentação acompanhante também fornece toda esta rastreabilidade. Porém a NBR 13545 nos seus itens 4.1 e 4.2, respectivamente nas Tabelas 1 e 2 determina medidas específicas para cada modelo de manilha. Estas medidas, na maioria dos modelos de manilhas disponíveis no mercado (não somente no Brasil), não são atendidas: cada fabricante desenvolveu o seu projeto. E esta NBR 13545 também restringe capacidades! Por exemplo: nossa manilha de capacidade de 1.500t jamais atenderá a esta norma, pois ela restringe manilhas curvas em no máximo 320t. Isto se trata de um grave desvio na elaboração desta norma nacional, que vai contra as diretrizes da ABNT NBR ISO/IEC 17007:2014 - Avaliação da conformidade - Orientações para redação de documentos normativos adequados ao uso na avaliação da conformidade. A ISO 17007 deixa claro no seu item 5.2.3: "convém que os documentos normativos para objetos de avaliação da conformidade se concentrem somente nos critérios ou características de desempenho do objeto". Por desempenho aqui pode se entender (como em diversas outras normas de acessórios, cintas e correntes para movimentação de cargas) a determinação do fator de segurança, por exemplo. Ainda no assunto das medidas, trata-se de uma restrição de tecnologia: se um fabricante consegue fazer "mais com menos", por exemplo (medidas menores que a norma determinou) ele será prejudicado pela norma. Neste ponto a ISO 17007 também esclarece, no seu item 5.2.6: "Convém que os requisitos especificados sejam escritos de tal forma que facilitem o desenvolvimento da tecnologia. Em geral isto é alcançado: - especificando os requisitos em termos de desempenho, em vez das características de projeto ou descritivas; - especificando os requisitos relativos ao objeto e não ao processo de produção para o objeto". É por isto, então, que ofertamos ao mercado as nossas manilhas conforme ASME B30.26.
  15. Por que cinta tubular não pode ter costura lateral?
    Como diz a Norma ABNT NBR 15637-2, a capa das cintas tubulares não pode conter emendas laterais. Mas antes de esclarecer o porquê, temos que lembrar da função da capa. Ela tem o objetivo primordial de coibir a entrada de pós, cristais, areia, enfim: evitar que partículas sólidas entrem na cinta, consequentemente danificando o núcleo. capa Durante o uso, as cintas tubulares recebem um enorme esforço de carga e, ao mesmo tempo, o núcleo fica em constante contato/atrito com a capa de proteção. É por isso, inclusive, que a área interna da capa tem que ser mais lisa e homogênea que a parte externa, para facilitar o deslocamento (minimizar o atrito) com o núcleo. Podemos, assim, resumir a função da capa como sendo a de: revestir, proteger e minimizar o atrito com o núcleo de cordões, que se apresenta de maneira fechada para impedir a penetração de sujeira e partículas sólidas. É por isso então, que não pode ser feita uma cinta tubular utilizando-se de uma fita "larga", para depois a dobrar ao meio a costurando longitudinalmente, ao invés de utilizar a devida capa de proteção. Esta costura longitudinal facilitaria muito a entrada de partículas sólidas, diminuindo drasticamente o tempo de vida útil da cinta, devido ao atrito entre estas partículas, núcleo e capa; além de ser uma prática que vai contra os requisitos da norma!
  16. Por que na NF tem dois códigos iguais com preços diferentes?
    Os códigos dos produtos da Tecnotextil definem o modelo da cinta. Conforme normas técnicas, a definição de modelo de fabricação é: unidades produzidas sob um mesmo método de fabricação, dentro da mesma capacidade, independente do comprimento. Não somente o comprimento pode ser variável (o que vai impactar diretamente no custo) como também temos inúmeras outras variáveis. Por exemplo, temos o produto código 22060Z que se trata de uma cinta modelo SLING de corpo duplo, de 60 mm de largura e CMT de 2t:
    • Em relação ao comprimento, este produto tem um limite inferior de 0,76 m (comprimento mínimo);
    • Existe também um limite superior, mas mesmo que seja hipoteticamente de apenas 10 m: isto significa dizer que ele pode ser confeccionado com 0,8 m de comprimento, ou 1 metro; 1,1 m; 1,2 m; 1,3 m e assim por diante;
    • Temos também a possibilidade de mudança do tipo de olhal flexível: o olhal padrão desta cinta em exemplo é o tipo R2, porém a demanda do cliente pode ser de um olhal tipo N, tipo R4 etc e também com comprimentos variáveis;
    • Como se não bastasse, temos também a possibilidade de incluir proteções que podem ser de variadas matérias-primas: só do tipo de item “proteções” temos mais de 2 mil códigos (que também podem ter comprimentos e quantidades variáveis!);
    • E ainda há outros opcionais, como etiquetas adicionais de rotulagem, etiqueta metálica etc.
    Isso significa que em termos práticos, há infinitas possibilidades de fornecimento e, consequentemente custo, para cada código de produto. Por isso pode haver mais de um item na NF com o mesmo código, embora a cinta seja diferente. Veja outro FAQ relacionado ao tema: A Tecnotextil fornece certificado de conteúdo local?
  17. Posso utilizar cintas não conforme NBR?
    A ABNT recebeu do CONMETRO a responsabilidade pela elaboração da legislação técnica nacional (Resolução 07/92). O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90), indica que sejam seguidas as Normas da ABNT. A ABNT é citada na Lei de Licitações (Lei 8666/93). Os legisladores usam as normas ABNT para alicerçar seus pareceres em processos Civil (CLT –Artigo 186), Criminal (diversas leis), Previdenciário (Lei 8213/91) e Ambiental (Lei 9605/98). A Portaria 3214, do MTE, define na Norma Regulamentadora 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Princípios Gerais: “Observar o disposto nas demais NR's, Normas Técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.” A Portaria 3214 não abre opção de uso de qualquer produto que não atenda uma norma. Ou seja, o juiz que vai julgar um processo, usará normas da ABNT ou, usará uma norma internacional se, e somente se, não houver norma nacional sobre o assunto (como no caso da matéria prima aramida). Todos os profissionais no exercício de suas funções (técnicas e/ou de gestão) correm o risco involuntário de se envolver em um sinistro ou passar por uma fiscalização. Todos nós, profissionais, não podemos ter dúvidas se devemos seguir ou não as legislações incidentes, sendo neste caso específico de cintas têxteis, as Normas da ABNT ou Norma internacional no caso da matéria prima aramida. Também destaco que não devemos correr o risco de sermos julgados (se houver um sinistro ou fiscalização) e estarmos usando uma cinta importada, produzida conforme normas do país de origem (ex.: Norma EN 12195, EN 14092). As cintas fabricadas em outros países não atendem integralmente as Normas da ABNT, pois são produzidas conforme normas de seu país de origem, e só poderão ser usadas no Brasil se forem confeccionadas com matérias primas diferentes de poliéster, poliamida ou polipropileno (matérias primas previstas nas NBR's).
  18. Quais as regras de segurança durante a movimentação?
    A movimentação de materiais implica em uma análise prévia rigorosa, com foco nos riscos associados e intrínsecos ao processo (atividades referentes à pré-operação, operação e manutenção relacionadas à inspeção, utilização, manuseio e condução de equipamentos móveis). Deve-se basicamente considerar itens como:
    • Conceitos gerais de movimentação de carga
    • Tipos de equipamento
    • Riscos por equipamento
    • Tipos de movimentação
    • Tipos de controle por risco
    • Conceitos e práticas sobre equipamentos de segurança
    • Tipos de equipamento de segurança
    • EPI - Equipamento de proteção individual
    • EPC - Equipamento de proteção coletiva
    • Conhecimento adequado do funcionamento de equipamentos de segurança
    • Inspeção dos equipamentos e itens de segurança
    • "Check list" de pré-operação
    • Tipos de acessório e suas inspeções
    • Regras de guindar, movimentar e transportar de acordo com o equipamento
    • Regras de condução, circulação e sinalização (vertical e/ou horizontal) do local
    • Medidas de controle
    • Tipos de veículos utilizados
    • Riscos associados e seus controles
    • Conhecimentos gerais sobre o Plano de Rigging (finalidade, informações geradas etc)
    • Responsabilidades para a liberação
    • Permissão para realização da atividade
    • Prevenção de Acidentes
    • Primeiros Socorros
  19. Quais as tolerâncias dimensionais para as cintas têxteis?
    As tolerâncias tanto para a largura quanto para o comprimento das cintas planas são definidas nas normas técnicas, conforme segue:
    • Para cintas com largura até 100mm temos uma tolerância de 10%; para as demais (acima de 100mm) temos uma tolerância de 8% definida em norma;
    • Já para o comprimento, temos:
      • Comprimento ≤ 5,0m - tolerância de 3%;
      • 5,0m < Comprimento ≤ 10,0m - tolerância de 2%;
      • Comprimento > 10,0m - tolerância de 1%.
    No entanto cabem algumas observações quanto ao fornecimento da Tecnotextil. Primeiramente sobre a largura: nunca houve um caso onde se verificou uma divergência na largura das fitas. Trata-se de um processo de confecção (a tecelagem) onde a largura é extremamente precisa. Variações podem ocorrer apenas quando é necessário unir duas fitas paralelamente para montar a cinta, por conta da costura de união, como no caso das cintas tipo BAG. Em termos práticos podemos afirmar que para as larguras das nossas cintas até 300mm não há tolerância. O outro detalhe é sobre a homogeneidade do lote: estas tolerâncias informadas somente serão aceitáveis se estiverem observadas em todo lote (OF). Por exemplo: você adquire 10pc de uma cinta de 20m.
    • Temos uma tolerância de aceitação do comprimento de 19,8m a 20,2m:
      • Caso seja evidenciado que uma ou mais cintas estão com 20,1m estas serão rejeitadas: nossa inspeção final não irá liberar o lote;
      • Agora se todas as 10pc estão com 20,1m o lote será devidamente liberado para expedição.
  20. Quais são as Leis que regem a movimentação de cargas?
    Lei da Dinâmica (3 leis de Newton): Primeira Lei de Newton: todo corpo persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja compelido a modificar esse estado pela ação de forças impressas sobre ele. Segunda Lei de Newton: o princípio fundamental da dinâmica enuncia que a taxa de variação no tempo da quantidade de movimento de um ponto material é igual à soma das forças aplicadas neste ponto. Este princípio é chamado também de Segunda Lei de Newton. F = m x a onde F é a resultante das forças aplicadas no corpo, m a massa do corpo, e a representa a resultante das acelerações do corpo, além disso, F e a são grandezas vetoriais. Terceira Lei de Newton: o Princípio da Ação e Reação afirma que se um determinado ponto material “A” exerce uma força sobre um outro ponto material “B”, então “B” exercerá sobre “A” uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário, ou seja a toda ação tem uma reação. O par ação e reação sempre é composto por forças de mesma natureza (ambas de contato, ou elétricas etc.) e que agem em corpos distintos, portanto não tem sentido físico dizer que ação e reação se neutralizam. A este Princípio chamamos de Terceira Lei de Newton (Conhecida também como Lei da Ação e Reação)
  21. Quais são as normas do mercado de movimentação de cargas?
    As normas técnicas estão em constante elaboração, implementação e revisão, devendo ser consultado periodicamente ou a cada necessidade.
    Referência: https://www.abntcatalogo.com.br/
    Abaixo, relacionamos as existentes e em vigor relacionáveis a movimentação de cargas. Amarração de cargas:
    • ABNT NBR 15883-1 - Cintas têxteis para amarração de cargas - Segurança. Parte 1: Cálculo de tensões
    • ABNT NBR 15883-2 - Cintas têxteis para amarração de cargas - Segurança. Parte 2: Cintas planas
    • DIN EN 12195-3 - Load restraint assemblies on road vehicles - Safety - Part 3 - Lashing chains
    Cabos de Aço:
    • ISO 17558 - Steel wire ropes -- Socketing procedures -- Molten metal and resin socketing
    • ABNT NBR 13541-1 - Linga de cabo de aço. Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio
    • ABNT NBR 13541-2 - Linga de cabo de aço. Parte 2: Utilização e inspeção
    • ABNT NBR 4309 - Equipamentos de movimentação de carga - Cabos de aço - Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte
    • ABNT NBR ISO 2408 - Cabos de aço para uso geral - Requisitos mínimos
    • ABNT NBR ISO 3108 - Cabos de aço para uso geral - Determinação da carga de ruptura real
    Cintas para elevação de cargas:
    • ABNT NBR 15637-1 - Cintas têxteis para elevação de cargas. Parte 1: Cintas planas manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos
    • ABNT NBR 15637-2 - Cintas têxteis para elevação de cargas. Parte 2: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos
    • ABNT NBR 15637-3 - Cintas têxteis para elevação de carga. Parte 3: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de ultra-alta tenacidade formados por multifilamentos
    • ASME B30.9 - Safety Standard for Cableways, Cranes, Derricks, Hoists, Hooks, Jacks and Slings - Slings
    Correntes e acessórios grau 8:
    • ABNT NBR ISO 1834 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Condições gerais de aceitação
    • ABNT NBR ISO 3076 - Corrente de elos curtos de aço de seção circular para elevação de cargas - Correntes de tolerância média para lingas de corrente - Grau 8
    • ABNT NBR ISO 8539 - Acessórios de aço forjado para utilização em elevação com correntes de grau 8
    • ABNT NBR 15516-1 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes. Parte 1: Grau 8 - Requisitos e métodos de ensaio
    • ABNT NBR 15516-2 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes. Parte 2: Utilização, manutenção e inspeção
    • ABNT NBR ISO 16798 - Anel de carga Grau 8 para uso em lingas
    • DIN EN 1677-1 - Components for slings - Safety. Part 1: Forged steel components, Grade 8
    • DIN EN 1677-2 - Components for slings - Safety. Part 2: Forged steel lifting hooks with latch, Grade 8
    • DIN EN 1677-3 - Components for slings - Safety. Part 3: Forged steel self-locking hooks, Grade 8
    • DIN EN 1677-4 - Components for slings - Safety. Part 4: Links, Grade 8
    Outros:
    • DIN 580 - Lifting eye bolts
    • DIN 15401-2 - Lifting hooks for lifting appliances; Single hooks; Finished parts with threaded shank
    • DIN EN 13155 - Cranes - Safety - Non-fixed load lifting attachments
    • DIN EN 13157 - Cranes - Safety - Hand powered cranes
    • ABNT NBR 13545 - Movimentação de cargas - Manilhas
    • ABNT NBR 16324 - Talhas de corrente com acionamento manual - Requisitos e métodos de ensaios
    • ASME B30.26 - Safety Standard for Cableways, Cranes, Derricks, Hoists, Hooks, Jacks and Slings - Rigging Hardware
    • NBR ISO 3266 - Parafusos-olhal de aço forjado de grau 4 para fins de elevação de cargas
  22. Qual a diferença entre carga nominal e "carga real"?
    Carga nominal refere-se ao peso (kgf) da carga a ser movimentada. Carga real, considera a carga nominal e a respectiva força de gravidade incidente.
  23. Qual é o material utilizado na fabricação de cintas?
    A legislação brasileira prevê 3 tipos de materiais: poliéster, poliamida e polipropileno. A TECNOTEXTIL LEVTEC adota a fabricação de cintas 100% em poliéster, por ser a fibra com maior range de temperatura de trabalho (-40 °C a +100 ºC), além de ser resistente à maioria dos ácidos minerais e possuir uma elasticidade (até 7º) menor que as demais matérias primas (fator importantíssimo quando se fala em amarração de cargas, por exemplo).
  24. Qual o limite de uso do fator de segurança?
    O Fator de Segurança jamais deve ser levado em consideração na utilização de uma cinta. Ele existe para ensaios laboratoriais de comprovação ou de legislação. A cinta durante o uso normal dentro do CMTE já acaba "invadindo" o FS durante a movimentação, condição considerada normal. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  25. Qual o uso correto de GRAB de uma perna?
    As cintas tipo GRAB (ou linga) foram projetadas para trabalhar na forma de elevação Vertical. Isto significa que as cintas planas ou tubulares do tipo GRAB não devem ser utilizadas na forma Cesto (envolver a carga) ou Enforcada (enlaçar a carga). O conceito de uma linga (ou cinta tipo "GRAB") são cintas e componentes conectados para formar uma só peça/acessório de elevação – não confundir com o conceito de conjunto ou combinação de cintas. No exemplo da ilustração abaixo, temos lingas de 1 perna trabalhando em conjunto/combinação. Estas lingas podem ser de material têxtil, cabos de aço ou de correntes, conforme fotografia abaixo com lingas de 2 pernas (elevação vertical): Esta diferença de uma GRAB para outros modelos de cinta como ANEL ou SLING pode também ser facilmente identificada com o conteúdo das etiquetas de identificação. Nas imagens abaixo, temos etiqueta de cintas tipo GRAB de 1 e 2 pernas (duas de acima) e etiqueta de cinta com olhais padrão, tipo SLING (abaixo): Fotografias de etiquetas de rotulagem Porém visualmente pode surgir a dúvida em cintas tipo GRAB de uma perna. É uma cinta que aparentemente pode dar a entender que pode ser utilizada na forma cesto ou enforcada. É aí que mora o perigo! Como esta cinta foi projetada para trabalho em elevação vertical, alguns problemas podem ocorrer tanto referente ao equilíbrio da carga quanto até diretamente na capacidade efetiva de elevação. Veja abaixo na ilustração a correta vs incorreta forma de uso da cinta GRAB de 1 perna em Cesto: Imagens de cintas GRAB de uma perna em cesto Por isso, caso haja uma necessidade específica de uso de cinta GRAB em Cesto, consulte o nosso Departamento Técnico para uma avaliação e revisão da linha, para que seja provida uma solução devidamente adequada à sua operação. Veja um Boletim Técnico sobre este FAQ em https://www.tecnotextil.com.br/downloads/boletim-tecnico-maio-2021/
  26. Quando eu sei que estou trabalhando no limite de capacidade da cinta?
    Na seleção e especificação de cintas, deve-se definir corretamente à carga máxima de trabalho exigida, levando-se em conta o modo de uso e a natureza da carga a ser içada. As dimensões, forma e peso (kgf) da carga, método de uso pretendido, a área de trabalho e a natureza da carga são todos fatores que afetam a seleção correta. A cinta selecionada deve suportar à carga, ser suficientemente forte e ter o comprimento correto para o modo de uso. Caso mais de uma cinta seja usada para elevar uma carga, todas devem ser do mesmo material e capacidade. O material do qual a cinta é manufaturada não deve ser afetado negativamente pelo ambiente de trabalho ou pela carga. Deve-se também considerar que os acessórios auxiliares (proteções, ferragens etc) e os dispositivos de elevação, devem ser compatíveis com a(s) cinta(s). Os terminais das cintas podem ser olhais flexíveis ou acessórios metálicos escolhidos em função da adequação ao acoplamento com a máquina de levantamento de carga. Ao se utilizarem cintas com olhais flexíveis, o comprimento mínimo do olhal para uma cinta a ser usada com gancho, deve ser no mínimo 3,5 vezes a espessura máxima do gancho em contato com a cinta e em qualquer circunstância o ângulo interno formado no olhal da cinta não pode ser superior a 20°.
  27. Um acessório errado pode cortar a cinta?
    Com a última revisão da NBR 15637, passamos a ter uma importante informação (no item 4 do Anexo B), demandada por todo mercado: o cálculo para o diâmetro mínimo admissível do ponto de pega/ancoragem para que não se corra o risco de "cortar" a cinta tubular. A fórmula é simples, porém é muito importante atentar ao tipo de contato da cinta tubular, que pode ser classificado como:
    • D1: contato simples;
    • D2: contato duplo;
    • D3: contato duplo com estrangulamento.
      Conhecendo como está sendo utilizada a cinta, podemos então considerar o diâmetro mínimo do ponto de pega, onde DM representa o diâmetro do ponto de pega, ilustrado a seguir com uma manilha:
    • Contato Simples (D1): DM > DC
    • Contato Duplo (D2): DM > 1,5 x DC
    • Contato Duplo com estrangulamento (D3): DM > 3 x DC
    Lembrando que:
    • O diâmetro da cinta deve estar informado na etiqueta de rotulagem do produto;
    • Este cálculo se aplica em qualquer ponto de pega (não apenas manilhas).