Pioneirismo no mercado de movimentação de cargas

A história da liderança do mercado de cintas de movimentação começou há 25 anos, quando Francisco Miler e Ronaldo Leal atuavam em um setor restrito à utilização de correntes e cabos de aço. Mas o contato com um novo produto já consagrado na Europa e nos EUA faria os dois técnicos vislumbrarem um novo futuro para o segmento.

“O comprador de uma empresa de celulose apareceu com uma cinta de nylon, colocou o produto em cima de uma mesa e profetizou: este é o futuro”, recorda Francisco. Surgia, em um pequeno escritório do bairro paulista de Cambuci, a cinta Levtec, fabricada a partir do nylon, à época o único material disponível para a produção.

Desenvolvida uma forma própria de costura do produto, o próximo passo era adquirir matéria-prima de qualidade. Após uma pesquisa sobre as tecelagens fornecedoras das fitas, os técnicos contrataram uma oficina de costura de origem inusitada, comandada por um fabricante de pára-quedas. Com amplo conhecimento em corte e costura, curiosamente este fornecedor já atendia a uma preocupação que, ao longo dos anos, consagraria a marca Levtec: o investimento em segurança.

Mas, sendo a oficina sediada em Campinas, a logística de produção encontrava obstáculos práticos. “Tínhamos que levar as cintas até a oficina e esperar 24h até que ficassem prontas”, recorda Francisco. Quando o fabricante de pára-quedas não pôde mais atender à grande demanda do mercado, sugeriu aos técnicos a aquisição de máquinas de costura para a formação da pequena oficina da Levtec.

No começo, a Tecnotextil enfrentou grande resistência do mercado.

Com o catálogo em mãos, os técnicos da Levtec saíram em campo, aptos a desbravarem o mercado. Enfrentaram, no entanto, grande resistência, uma vez que os embarcadores e demais públicos ligados à logística e à movimentação de cargas mostravam-se céticos ao confrontar uma trama de fios sintéticos com as cordas, cabos de aço e correntes usadas até então. Foram necessários anos para que o produto comprovasse sua segurança e eficiência e atingisse ampla aceitação. “Duvidavam de que o produto fosse capaz de suportar tantas toneladas. Tivemos que dar muitas amostras, fazer muitos testes. Durante os processos de movimentação de grandes cargas, ninguém queria ficar próximo da operação, pois temia-se acidentes”, conta Ronaldo.

Com a alta demanda do mercado, a Levtec buscava parcerias sólidas. Em 1993, mudou o rumo de sua história ao unir sua expertise à de outra empresa. A Levtec tinha como principal fornecedor a Tecnotextil, que tecia as fibras (produção de fitas) e as entregava para a costura e acabamento.

Criada em 1991, pioneira na utilização do poliéster – matéria-prima mais resistente a produtos químicos, mais durável e menos elástica – a Tecnotextil oferecia uma tecelagem que superava as especificações pedidas pela Levtec. Assim nasceu em 1996 a Tecnotextil Indústria e Comércio de Cintas Ltda, com sede em Santos.

Nos anos seguintes a indústria consolidava-se como líder na fabricação de cintas de poliéster para movimentação segura de cargas no Brasil. “Com a fusão tivemos acesso a uma matéria-prima de alta qualidade e custo mais baixo, além de baixar os encargos que tínhamos. Com isso, reduzimos o preço do produto. Em um ano aumentamos em 60% as vendas, impulsionando o mercado”, resgata Ronaldo.

A estrutura da empresa e sua evolução ao longo dos anos são o tema da próxima edição deste boletim, que apresentará ao longo de 2008 um resgate da história da Tecnotextil.


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