Qual é a hora certa de descartar o produto?

Os critérios para descarte das cintas estão estabelecidos em normas técnicas:

  • ABNT NBR 15883-2:2015, Cintas têxteis para amarração de cargas – Segurança – Parte 2: Cintas planas;
  • ABNT NBR 15637-1:2017, Cintas têxteis para elevação de cargas – Parte 1: Cintas planas manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
  • ABNT NBR 15637-2:2017, Cintas têxteis para elevação de cargas – Parte 2: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
  • ABNT NBR 15637-3:2017, Cintas têxteis para elevação de carga – Parte 3: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de ultra-alta tenacidade formados por multifilamentos.

Em todas estas normas de cintas têxteis para movimentação (elevação ou amarração) de cargas, os requisitos de inspeção estão estabelecidos no Anexo A (normativo).
Neste assunto, vale a pena ver no FAQ sobre a periodicidade de inspeção: https://www.tecnotextil.com.br/faq/qual-a-periodicidade-de-inspecoes-nas-cintas/

O indicador principal, tanto para cintas tubulares como para cintas planas, é sobre a etiqueta de rastreabilidade: cintas com etiqueta ilegível, inexistente ou mesmo não conforme os requisitos normativos, devem ser retiradas de uso.

Para cintas tubulares o critério de descarte é mais simples: cintas com desgastes ou cortes na capa que exponham o núcleo, devem ser retiradas de uso.

Porém os filamentos internos podem estar ainda impecáveis! É muito comum o caso de conserto de cintas tubulares, veja mais sobre este tema neste outro FAQ sobre o conserto de cintas: https://www.tecnotextil.com.br/faq/e-possivel-consertar-cintas-danificadas/

 

Já em cintas planas, os critérios para descarte são descritos nos itens abaixo:

  • Danos por calor, respingos de solda ou produtos químicos;
  • Desgaste, desfiamentos ou abrasão acentuada;
  • Qualquer tipo de corte (longitudinal ou transversal) ou perfurações na cinta

Nota: é muito comum ouvir que existe uma margem de cortes aceitáveis, porém de fato não existe uma tolerância para cortes!
Veja neste vídeo abaixo que uma cinta plana com um corte minúsculo não alcançou a CMR que deveria ser de ao menos 14 t, porém rompeu com apenas 10 t

Temos que ter em mente que a ideia de um processo de inspeção é retirar de uso produtos que possam colocar em risco a segurança das pessoas, e consequentemente evitar acidentes e todo prejuízo patrimonial (parada na operação/produtividade, perda da carga, danos estruturais em equipamentos de guindar etc.).

Portanto após condenar os materiais, o primeiro passo é segregar ou inutilizar o material. Veja este outro FAQ a respeito: https://www.tecnotextil.com.br/faq/como-fazer-descarte-da-cinta/

Você também poderá aprofundar o estudo sobre o tema em nossa cartilha de inspeção gratuitamente disponível em: