FAQ

Aqui você encontrará as perguntas mais respondidas pelos nossos consultores, suporte e atendimento ao cliente. Se você não encontrou a sua pergunta? Clique aqui e envie-nos a sua dúvida para que possamos atendê-lo.

Amarração

  1. Como destravar a cinta de amarração?
    A catraca requer um movimento relativo para soltar a tensão da cinta. A catraca deve ser tensionada até 2 1/4 giros da fita em torno do tambor. Importante: antes do afrouxamento da amarração, o usuário deve certificar-se que a carga esteja estabilizada e de que não haja perigo de cair durante o descarregamento em condição normal.
  2. Como garantir a amarração correta da carga?
    A correta amarração de cargas é essencial para a segurança no transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo. A norma ABNT NBR 15883 especifica os requisitos mínimos para cintas têxteis utilizadas na amarração de cargas, incluindo cálculos de tensões e métodos de fixação (parte 1) e requisitos para as cintas têxteis (parte 2). Além disso, outras normas e resoluções do CONTRAN tratam das condições mínimas para o transporte de cargas específicas, como bobinas, chapas, granito e toras de madeira. Para determinar a quantidade e o tipo adequados de amarração, é necessário considerar diversos fatores, como ângulos de amarração, atrito entre a carga e a carroceria, dispositivos de bloqueio adicionais, altura da carga, centro de gravidade, forças incidentes durante o percurso, e materiais e acessórios aprovados. Primeiramente, é crucial verificar se a carga é instável ou não. Se a carga for sujeita a tombamento ou se estamos tentando impedir seu deslizamento, diferentes medidas precisam ser consideradas, incluindo as dimensões da carga no caso da amarração para evitar tombamento. Em seguida, é necessário determinar se a amarração será direta, por atrito, ou combinada, pois isso irá definir a direção a ser seguida nos cálculos e quais variáveis serão necessárias. A TECNOTEXTIL LEVTEC possui profissionais capacitados para auxiliar na especificação correta da quantidade e tipo de amarração a ser usada, garantindo uma fixação segura da sua carga. Para aprofundar seu conhecimento e garantir a máxima segurança, recomendamos participar dos nossos cursos. Confira as próximas datas e inscreva-se em nossos treinamentos gratuitos através do nosso Blog. Para mais detalhes sobre o conteúdo do treinamento, acesse o plano de ensino disponível em: https://tt.ind.br/PlanoEnsinoAmarracao.
  3. Quais os comprimentos disponíveis para as cintas?
    A Tecnotextil fabrica cintas sob encomenda, de acordo com os comprimentos solicitados pelos usuários, adaptando-se às necessidades específicas de cada cliente. Uma das vantagens das cintas tubulares em relação às cintas planas é a flexibilidade em termos de comprimento mínimo. As cintas tubulares permitem comprimentos menores, que podem ser consultados em nossos catálogos, proporcionando soluções personalizadas para aplicações diversas. Em termos de comprimento máximo, não há limites práticos. Podemos fabricar cintas de qualquer comprimento necessário para atender às suas exigências operacionais. Se você precisa de uma cinta com um comprimento específico, estamos prontos para produzir exatamente o que você precisa. Para nós, o pedido do cliente é uma prioridade absoluta. Para mais informações sobre os comprimentos disponíveis e outras especificações técnicas, consulte nossos catálogos ou entre em contato diretamente conosco. Nosso objetivo é garantir que você tenha a cinta perfeita para suas necessidades de movimentação de cargas. Veja outro FAQ relacionado: Quais as tolerâncias dimensionais para as cintas têxteis?.

Aplicação

  1. A cinta estica após o uso?
    O alongamento máximo (ou "elasticidade variável") das cintas varia de acordo com a matéria-prima e este dado deve ser informado no certificado de qualidade que acompanha o produto. As matérias-primas das cintas da Tecnotextil e seus respectivos valores de elasticidade são:
    • Poliéster (PES): 7%;
    • Dyneema (HMPE): 3%;
    • Aramida: 3%.
    Isto significa que assim que a cinta entra em uso, as fibras – sejam os cordões internos em uma cinta tubular ou os filamentos da fita em cintas planas – vão se acomodar e sofrer uma elasticidade, nas taxas informadas acima. Porém isto ocorre apenas durante o uso do produto! Isto considerando o correto uso (não sobrecarregar): por exemplo uma cinta 22060Z (SLING 60D CMT 2t) com 6,0m de comprimento, terá comprimento efetivo de até 6,42m – 6 x (1+7%) – durante a operação de içamento e movimentação de carga. Ela vai "crescer" no máximo 42cm com a força da elevação e, sob repouso, irá voltar ao comprimento original: trata-se de uma deformação elástica. Um acréscimo de comprimento após a cinta estar em repouso é um indicativo de que houve sobrecarga: a cinta foi utilizada além da sua capacidade efetiva e por isso sofreu uma deformação plástica.
  2. A cinta pode ser considerada um EPC?
    De acordo com a NR 6, que define os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a cinta têxtil não é classificada como um EPI. No entanto, o conceito de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) é mais amplo e não está rigidamente definido nas normas regulamentadoras brasileiras, nem mesmo em normas técnicas. A NR 6 descreve EPIs como dispositivos ou produtos, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Já os EPCs são dispositivos utilizados coletivamente para a proteção de um grupo de trabalhadores, e embora não haja uma norma específica que os defina formalmente, eles são reconhecidos e recomendados em diversas situações e práticas de segurança no trabalho. Portanto, sim: cintas utilizadas para amarração ou elevação de cargas podem ser consideradas Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), pois são utilizadas para garantir a segurança durante o transporte (cintas de amarração) ou mesmo no içamento de cargas, protegendo não só o trabalhador diretamente envolvido, mas também outras pessoas que possam estar na área de trabalho.
  3. As cintas de amarração de cargas podem ser utilizadas também na elevação de cargas?
    Não! As cintas de amarração de cargas jamais devem ser utilizadas para a elevação de cargas. Essa prática é extremamente perigosa devido às diferenças fundamentais entre os propósitos e as características de construção das cintas para amarração e para elevação. As cintas para amarração de cargas são projetadas especificamente para fixar cargas durante o transporte. Elas possuem um fator de segurança (FS) de 2:1, o que é adequado para resistir às forças incidentes durante a movimentação do veículo. A norma que rege o uso dessas cintas é a ABNT NBR 15883, que detalha os requisitos mínimos de construção, testes e uso seguro. Por outro lado, as cintas para elevação de cargas são projetadas para suportar o peso da carga durante o içamento (movimentação vertical) e deslocamento (movimentação horizontal). Elas possuem um fator de segurança muito maior. A norma que rege as cintas para elevação de cargas é a ABNT NBR 15637, que especifica requisitos rigorosos para garantir a segurança durante o uso em elevações. Utilizar cintas de amarração para elevação pode resultar em falhas catastróficas, colocando em risco a segurança de pessoas e equipamentos. Portanto, é essencial utilizar o equipamento correto para cada finalidade específica, seguindo as normas apropriadas para garantir um ambiente de trabalho seguro e eficiente. Para mais informações sobre a correta amarração da carga, consulte o FAQ Como garantir a amarração correta da carga?.
  4. As cintas são de fácil manuseio?
    Sim, as cintas são extremamente fáceis e seguras de manusear, especialmente quando comparadas a outros produtos de movimentação, como cabos de aço e correntes. Uma das maiores vantagens das cintas é a significativa redução do risco de lesões, comum ao manuseio de cabos de aço ou correntes que podem provocar ferimentos graves. Além da segurança, as cintas oferecem um enorme benefício ergonômico. Devido ao seu peso reduzido, as cintas são muito mais leves do que cabos de aço ou correntes com capacidade de carga equivalente. Isso faz com que os trabalhadores se cansem menos durante a jornada de trabalho, aumentando a produtividade e o bem-estar no ambiente de trabalho. Outro ponto crucial é a capacidade das cintas de realizar o enforcamento sem danificar o material da carga. Enquanto cabos de aço e correntes podem causar danos superficiais ou estruturais ao serem utilizados na forma enforcada, as cintas distribuem a pressão de maneira uniforme, preservando a integridade do material. Isso garante não apenas a segurança e o equilíbrio da carga (com o ponto de içamento acima do centro de gravidade), mas também a preservação do seu estado, o que é vital para materiais sensíveis ou acabamentos delicados. Portanto, ao escolher cintas para movimentação de cargas, você está investindo em um produto que prioriza a segurança, a ergonomia e a eficiência operacional, sem comprometer a integridade da sua carga.
  5. Como eu identifico se a cinta foi fabricada pela Tecnotextil/Levtec?
    Para identificar se uma cinta foi fabricada pela Tecnotextil/Levtec, é importante verificar a etiqueta de identificação. As normas ABNT NBR 15883 (cintas de amarração) e ABNT NBR 15637 (cintas de elevação) estabelecem que a etiqueta de identificação da cinta deve conter o nome do fabricante, símbolo, marca registrada ou outra identificação sem ambiguidade, além do código de fabricação para garantir a rastreabilidade da cinta. Desde a primeira edição da NR 11 em 1978, é obrigatório que os itens de movimentação de carga também incluam o CNPJ do fabricante, uma exigência ratificada pelas normas técnicas. As cintas da TECNOTEXTIL LEVEC não só atendem a essas exigências, mas vão além. Elas possuem uma etiqueta bordada costurada no corpo da cinta, o que facilita a identificação à distância da carga máxima de trabalho (CMT) da cinta, aumentando a segurança e a eficiência operacional. A etiqueta é um componente essencial para a segurança e rastreabilidade das cintas. Para mais informações sobre o que fazer se a etiqueta de rotulagem for arrancada, consulte nosso FAQ específico: A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer?.
  6. Há orientação para o uso das cintas?
    Sim, a Tecnotextil oferece uma ampla orientação para o uso adequado das cintas. Desenvolvemos uma Cartilha de Inspeção e Manuseio, disponível em português e espanhol, que utiliza uma linguagem simples e direta para abordar os principais pontos no uso de cintas têxteis. Além disso, nosso compromisso com a segurança e a satisfação dos clientes vai muito além da cartilha. Oferecemos treinamentos gratuitos sobre o uso correto das cintas: esses treinamentos são uma das grandes vantagens de ser um cliente da Tecnotextil, pois você não adquire apenas o produto, mas também todo o suporte necessário para garantir seu uso seguro e eficiente. Você também conta com a nossa área técnica: para encontrar o representante mais próximo de você e solicitar uma consulta técnica, visite: https://www.tecnotextil.com.br/vendas/. Para acessar a postagem mais recente sobre nossos treinamentos gratuitos, verifique nosso Blog e fique antenado nas nossas Redes Sociais. Verifique o conteúdo dos cursos:  Estamos comprometidos em fornecer não apenas produtos de alta qualidade, mas também todo o suporte necessário para que nossos clientes utilizem esses produtos da forma mais segura e eficiente possível.
  7. Posso dar um "nó" nas cintas?
    Não, é proibido o uso de cintas com qualquer tipo de "nó". Quando uma cinta é amarrada em um nó, este se torna o ponto de maior fragilidade do conjunto. A presença de um nó reduz significativamente a capacidade original da cinta, criando um alto risco de ruptura muito abaixo da carga projetada. Isso implica em um risco iminente de segurança. A formação de nós nas cintas compromete a integridade estrutural das fibras, concentrando tensões em um ponto específico. Esta concentração de tensões pode resultar em falhas catastróficas durante a elevação ou movimentação de cargas. Portanto, jamais utilize cintas com "nó" em qualquer circunstância. Para garantir a segurança e a longevidade das suas cintas, siga sempre os critérios de descarte. Se uma cinta apresentar qualquer sinal de dano, como desgaste excessivo, cortes, abrasões ou nós, deve ser imediatamente retirada de uso. Para mais informações sobre quando descartar uma cinta, consulte nosso FAQ: Qual é a hora certa de descartar o produto?. Além disso, a Tecnotextil oferece treinamentos abrangentes sobre o uso correto das cintas, incluindo os cuidados necessários para evitar danos e garantir a segurança nas operações de movimentação de cargas. Participar desses treinamentos pode ajudar sua equipe a entender melhor as práticas seguras e os procedimentos adequados para o uso das cintas. Para saber mais sobre nossos treinamentos, visite nosso Blog.
  8. Posso usar cintas como slackline?
    Sim, é possível usar cintas como slackline, normalmente utilizando um conjunto de amarração TRIK de 25 a 50 mm de largura, esticado entre dois pontos fixos a baixa altura (aproximadamente 50 a 60 cm do solo). No entanto, é essencial seguir algumas orientações importantes para garantir a segurança:
    • Conformidade com a Norma: adquira materiais em plena conformidade com a norma ABNT NBR 15883. A utilização de materiais de má qualidade pode colocar as pessoas em risco. Imagina a cinta arrebentar enquanto você está em cima: além da queda, existe a possibilidade de um efeito "chicote" muito perigoso. Portanto, utilize produtos certificados para garantir sua segurança;
    • Ponto de Ancoragem: é importante considerar o ponto de ancoragem adequado. Ao utilizar árvores ou postes, o ideal é fazer a conexão com uma cinta circular, como uma cinta tubular TECNO, para não danificar tanto o ponto de contato como a cinta. Fixe os ganchos da slackline diretamente na cinta circular em cesto ou forca;
    • Dimensionamento dos Elementos: faça o devido dimensionamento de todos os elementos para evitar sobrecarga. Todos os componentes do conjunto devem ser dimensionados para suportar as tensões aplicadas durante o uso.
    Lembre-se de que esta cinta é originalmente projetada para amarração, e seu uso como slackline difere consideravelmente do seu propósito original. Portanto, a certificação e o correto uso dos materiais são cruciais para a segurança.: garantir a conformidade com essas orientações é fundamental para minimizar os riscos e maximizar a segurança ao usar cintas como slackline.
  9. Posso usar cintas para movimentação de pessoas?
    Não, cintas para movimentação de cargas não devem ser utilizadas para movimentação de pessoas. A legislação pertinente, como a NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece regras especiais, assegurando que apenas equipamentos especificamente projetados e testados para este fim sejam utilizados. Por exemplo, de acordo com a ABNT NBR NM 207 (elevadores elétricos de passageiros) e a ABNT NBR 13543 (elevadores de obras), o fator de segurança para cabos de aço em aplicações que envolvem a movimentação de pessoas deve ser significativamente maior, com valores típicos variando entre 10:1 e 12:1. Este fator elevado é necessário para garantir a máxima segurança, levando em consideração a criticidade e as consequências potenciais de uma falha. A ABNT NBR 14712, que trata da fabricação e utilização de dispositivos de proteção individual para trabalho em altura, também enfatiza a importância de utilizar equipamentos apropriados para a movimentação de pessoas, garantindo que atendam aos requisitos de resistência, durabilidade e segurança. Na Tecnotextil, nosso foco é na produção de cintas para movimentação de cargas, que são projetadas e certificadas conforme normas como a ABNT NBR 15637 e ABNT NBR 15883 para garantir segurança e eficiência na movimentação de materiais. No entanto, essas cintas não são adequadas nem certificadas para a movimentação de pessoas. Portanto, é crucial respeitar as normas e utilizar apenas equipamentos apropriados e certificados para o transporte de pessoas. Utilizar cintas de carga para movimentação de pessoas representa um risco significativo à segurança e é contrário às regulamentações de segurança.
  10. Posso usar cintas para rebocar meu carro?
    Não, a legislação de trânsito vigente, conforme a Resolução CONTRAN nº 937/2022, proíbe o uso de cintas para reboque de veículos em vias urbanas ou rodovias. Essa proibição é fundamentada em razões de segurança, onde materiais flexíveis (cinta, corrente ou mesmo cabo de aço) não são eficientes para o arraste em longos trajetos: esta prática apresenta riscos significativos, como a dificuldade de frenagem sincronizada entre o veículo rebocador e o rebocado, o que pode causar acidentes. Entretanto, o uso de cintas é crucial em situações de emergência, conhecidas como "arraste emergencial". As cintas não geram o "efeito chicote" que pode ocorrer com cabos de aço ou correntes e não provocam a "projeção de material", pois são dimensionadas para agir como um fusível do sistema, rompendo antes do ponto de ancoragem em caso de imprevistos, garantindo segurança. Esse tipo de uso é especialmente relevante em setores como o florestal e a mineração, onde há a necessidade de mover tratores e veículos pesados, bem como no off-road. Além disso, está em desenvolvimento uma norma brasileira (Texto-base 017:800.002-005) que determinará os requisitos de segurança das cintas têxteis tubulares para 'arraste emergencial de equipamentos'. Esta norma visa estabelecer especificações claras para garantir a segurança e eficácia dessas cintas em operações de emergência. A implementação dessa norma representará um avanço significativo em termos de segurança para o uso de cintas em situações de arraste emergencial. Portanto, embora o uso de cintas para reboque em vias públicas seja proibido, seu uso em emergências é permitido e altamente recomendado, desde que respeitadas as condições de segurança adequadas e, em breve, seguindo os requisitos definidos pela norma.
  11. Posso utilizar dois tipos diferentes de cintas na mesma operação?
    Sim, é possível utilizar dois tipos diferentes de cintas na mesma operação, desde que seja considerada a capacidade de carga da cinta com menor CMT (Carga Máxima de Trabalho), bem como fator de uso (FU). Considerando que o termo "tipo" pode se referir tanto a diferentes modelos de cintas quanto a diversas capacidades (CMT) dentro do mesmo modelo, se você estiver usando cintas com capacidades diferentes, o planejamento deve considerar a capacidade efetiva, isto é, a menor CMTE entre as cintas utilizadas, levando em conta a forma de uso, ângulos de incidência, entre outros fatores. Veja mais no FAQ: Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?. Quanto ao uso de diferentes modelos de cintas, deve-se tomar precaução. Embora não seja comum, é possível realizar operações utilizando modelos diferentes, como uma cinta tipo ANEL em conjunto com uma cinta SLING, desde que todos os devidos requisitos de segurança sejam atendidos e a operação seja devidamente controlada e planejada. A Tecnotextil possui profissionais capacitados para auxiliar na especificação correta da quantidade e tipo de cintas a serem utilizadas, garantindo a segurança da movimentação da sua carga. Para aprofundar seu conhecimento e garantir a máxima segurança, recomendamos participar dos nossos cursos. Confira as próximas datas e inscreva-se em nossos treinamentos gratuitos através do nosso Blog.

Durabilidade

  1. Por que as cintas Levtec duram mais?
    As cintas Levtec são compostas 100% de poliéster, ou seja, não possuem misturas de outros materiais, além da compactação ser ideal e suficiente para realizar o movimento e se adaptar a cada material e modelo de cinta, não podendo ser muito rígida ou muito flexível. Outro fator é a quantidade de filamentos. A Tecnotextil utiliza uma maior quantidade de fios do que normalmente é encontrado no mercado para fazer as fitas. Nossas cintas têm em média 20% de filamentos a mais do que o normal, o que faz com que a cinta seja mais robusta e resistente. Isso sem falar no projeto e método de construção especial, exclusivo e único da Tecnotextil. Deve-se tomar muito cuidado com cintas que possuem misturas de materiais, o que é proibido pelas normas nacionais, pois quando se utilizam dois materiais diferentes, a propriedade mecânica de um pode cortar o outro. É possível encontrar no mercado fitas compostas de poliéster na parte "interna" (corpo da fita), porém tecidas (trama) com polipropileno que, apesar de ser um material mais leve, tem sua vida útil bastante reduzida, levando ao rompimento da cinta, ainda nas primeiras movimentações. Lembre-se: o barato muitas vezes acaba saindo mais caro, portanto, não se deixe enganar.
  2. Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)?
    A vida útil das cintas não pode ser determinada em norma pois dependerá fundamentalmente de características diferenciadas de cada aplicação, tais como a forma de utilização, manuseio, periodicidade e adequação do uso etc, ou seja: Forma de utilização: respeitando principalmente a característica especificada no "fator de uso" (FU); Manuseio: o cuidado que o usuário tem ao manusear o produto, não o arrastando pelo chão (abrasão), evitando choques (jogar o produto ao chão), minimizando agressão química (evitando contato com produtos químicos, principalmente os corrosivos nas partes metálicas) e armazenagem adequada (não expostas a intempéries). Periodicidade: a frequência do uso dos produtos é um ponto importante na vida útil das cintas, principalmente considerando os componentes metálicos do conjunto, mas não pode ser considerada isoladamente e dependerá de cada usuário; Adequação: o respeito às capacidades especificadas em cada tipo de cinta é um fator importantíssimo, pois muitas são especificadas no "uso declarado", no momento da compra mas, no dia a dia, os usuários acabam utilizando o produto sem o devido respeito ao declarado. Ainda no assunto do "tempo de vida útil da cinta", destacamos que dois principais fatores de sucesso:
  3. Verificar, na aplicação da cinta a necessidade de proteções adicionais para o corpo ou olhais da cinta: isto pode aumentar muito o tempo de vida útil da cinta!
    1. "Não utilizar as cintas nos casos onde houver arestas e superfícies cortantes e abrasivas, seja da carga ou do equipamento de elevação, sem as devidas proteções" (item B.2.2.4 da NBR 15637)
  4. O outro fator de sucesso é a inspeção dos materiais antes do uso (visual) e periodicamente (inspeção formal), conforme determina a norma.
  5. A orientação inclusive é reter a ficha de inspeção em conjunto com o certificado (grampear). Uma boa dica é procurar pelo termo "inspeção" em nosso site (ou mesmo clique aqui); temos bastante material a respeito.

Elevação

  1. O tamanho da cinta influencia a capacidade de carga?
    No processo de fabricação de cintas, o "comprimento" é uma característica não relacionada à capacidade da cinta em sua construção ou projeto. O que realmente importa para a capacidade da cinta é o tipo de matéria-prima utilizada, associada ao processo de fabricação. A carga alcançada pode não necessariamente ser maior com um número maior de fios no corpo da cinta, se esses fios não forem de qualidade excelente. A única limitação é o comprimento mínimo da cinta, especialmente em cintas planas. A composição é linear e independente da cinta ter dois ou vinte metros, a mesma CMR (Carga Máxima Recomendada) é alcançada. De acordo com as normas ABNT NBR 15637 e ABNT NBR 15883, o modelo de fabricação é definido como "unidades produzidas sob um mesmo método de fabricação, dentro da mesma capacidade, independentemente do comprimento". Portanto, o comprimento da cinta não influencia na definição do modelo ou na capacidade máxima de carga da cinta. Mas ele pode afetar a distribuição de forças durante o uso: a capacidade efetiva (ver CMT x CMTE), no uso de cintas com comprimentos distintos, haverá uma distribuição de forças desiguais. Para mais informações sobre como o uso de cintas com diferentes ângulos pode afetar a segurança, consulte outros links relacionados: Ao trabalhar com ângulos, a carga pode escorregar?.
  2. Ventos podem atrapalhar o içamento de cargas?
    Sim, ventos podem atrapalhar o içamento de cargas, dependendo de diversas características como o equipamento de guindar, o formato da carga, a altura do içamento, entre outros fatores. É essencial verificar a velocidade do vento no momento da movimentação, que pode ser consultada, por exemplo, com uma Base Aérea via telefone. Quando a percepção indicar uma condição anormal de vento, é necessário comparar a condição climática com as recomendações de segurança específicas do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). Cada situação é única, e não é possível estipular um critério único para todas as circunstâncias. As normas técnicas fornecem várias definições e recomendações sobre este assunto. Atualmente, uma norma específica para o Plano de Rigging no Brasil está sendo elaborada, mas enquanto isso podemos utilizar como referência a norma ASME P30.1, que aborda questões relacionadas à segurança em operações de içamento de cargas e traz diretrizes específicas sobre ventos no Apêndice C. Para garantir a segurança durante o içamento de cargas em condições de vento, é crucial seguir essas diretrizes e estar sempre atento às condições climáticas. Adotar práticas recomendadas e consultar as normas técnicas aplicáveis pode ajudar a minimizar riscos e assegurar operações seguras.

Inspeção

  1. Como fazer o descarte da cinta?
    Seja qual for o método, devemos ter em mente que depois que o material é rejeitado na inspeção, este jamais deve voltar a ser utilizado! A recomendação é inutilizar o produto: se a cinta possui olhais, o jeito mais prático é cortá-los (desta maneira fica impossível utilizar o produto); se for uma cinta circular, deve-se cortar uma seção inteira e assim também já vai ser impossível de a utilizar. Ficam também outras duas recomendações quanto ao uso de ferramentas: lembre-se sempre de utilizar luvas de proteção anti-corte! A outra ferramenta que recomendamos é a "Máquina de Cortar Tecido" que agiliza e facilita muito o trabalho (veja o vídeo abaixo), principalmente em cintas têxteis de maior dimensão ou mesmo se houver a necessidade de cortar uma grande quantidade de peças.

  2. Como se procede a recertificação de cintas têxteis?
    No mercado de cabos de aço ficou muito comum esta questão de fazer um ensaio com o dobro de carga (2 x CMT) para posteriormente emitir um documento que "re-certifica" o material. Para cintas têxteis, esta prática não é correta! O que temos de regulamentação para as cintas são as normas técnicas: O que os regulamentos falam a respeito do assunto é justamente sobre o processo de inspeção e descarte das cintas. Temos muito material a respeito aqui em nosso site; segue um link para a busca do termo "inspeção": https://www.tecnotextil.com.br/?s=inspeção Veja mais sobre este assunto em postagem do nosso Blog: Ensaio de dobro de carga em cintas têxteis. Este assunto remete a outras duas dúvidas que já nos foram colocadas e respondidas no FAQ: Portanto, este processo de "recertificação com teste de dobro de carga" não existe em cintas! Não podemos fazer um ensaio de dobro de carga, pois as normas exigem que jamais se exceda o limite de carga das cintas O que pode ser feito no entanto (bem comum) é enviar as cintas para análise pelo Fabricante. Nós emitimos laudos atestando que a cinta está conforme ou não conforme (algo como uma inspeção mais detalhada), mas o certificado da cinta continua sendo o mesmo.
  3. Qual a periodicidade de inspeções nas cintas?
    Existem 2 tipos de inspeção: a inspeção visual e a inspeção formal. A inspeção visual é também chamada de inspeção pré-uso, isto é: o próprio operador deve fazer uma verificação visual no estado de conservação da cinta antes de a utilizar. Esta inspeção (pré-uso) é um requisito das normas técnicas que é capaz de evitar muitos acidentes. Porém vamos além e recomendamos fazer adicionalmente esta inspeção também após o uso. Desta maneira, se for identificado qualquer dano na cinta, será mais fácil identificar as causas dos danos às cintas, podendo assim serem tomadas as devidas medidas preventivas não somente para evitar acidentes como também aumentar a vida útil das cintas. Veja este outro FAQ sobre o tema: Qual é a hora certa de descartar o produto? Já sobre a inspeção formal é obrigatória ser feita com periodicidade de no mínimo um ano. Isto está estabelecido tanto nas normas técnicas quanto na própria NR 11 (norma regulamentadora que trata da movimentação de cargas). A exceção atualmente são as normas de cintas de elevação (ABNT NBR 15637:2023) que obrigam a determinação de um grau de risco, onde também o requisito mais atenuante é de 1 ano. Faça download gratuitamente do nosso modelo: Registro de Inspeção. Neste ponto, vale observar um importante detalhe: se você sabe que determinada cinta tem durabilidade de 6 meses, por exemplo, não faz sentido fazer inspeções formais anualmente! É por isso que o Profissional Qualificado deve determinar uma periodicidade de inspeção que seja coerente com o uso da cinta. Nós recomendamos fazer ao menos três inspeções ao longo do tempo de vida útil da cinta. Faça a primeira inspeção na data do primeiro uso da cinta: desta maneira você terá um parâmetro para estabelecer o tempo de vida útil da cinta. Ainda no mesmo exemplo (vida útil estimada em 6 meses), procure fazer inspeções a cada 2 meses. Mas se você não sabe o tempo de vida útil da cinta, recomendamos então adotar uma periodicidade proporcional ao grau de risco no uso da cinta. Veja este outro FAQ sobre o tema: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)?

    Grau de Risco

    Para cintas conforme ABNT NBR 15637, devem ser adotadas as frequências de inspeção diferentes para cada tipo de risco calculado, onde o Profissional Qualificado pode inclusive optar por outros valores, com periodicidades ainda menores se achar pertinente, por exemplo adotar inspeções mensais ou semanais. Devem ser levadas em consideração diversas variáveis como o ambiente de operação, o tipo de aplicação, o limite da carga de trabalho e a frequência de uso de cada cinta. A norma fornece todos os devidos parâmetros para análise (ref. ABNT NBR 15637, Anexo A). A cinta sendo classificada com grau de risco baixo, deve ser inspecionada ao menos anualmente; para risco normal, inspeções semestrais; e cintas de mais alto grau de risco, ao menos a cada três meses devem ser inspecionadas. Para mais detalhes sobre a correta inspeção das cintas de amarração e elevação, consulte nossos especialistas ou participe dos nossos treinamentos. Confira as próximas datas e inscreva-se em nossos treinamentos gratuitos através do nosso Blog.
  4. Qual é a hora certa de descartar o produto?
    Os critérios para descarte das cintas estão estabelecidos em normas técnicas:
    • ABNT NBR 15883-2:2022, Cintas têxteis para amarração de cargas - Segurança – Parte 2: Cintas planas;
    • ABNT NBR 15637-1:2023, Cintas têxteis para elevação de cargas – Parte 1: Cintas planas manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
    • ABNT NBR 15637-2:2023, Cintas têxteis para elevação de cargas – Parte 2: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
    • ABNT NBR 15637-3:2023, Cintas têxteis para elevação de carga – Parte 3: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de ultra-alta tenacidade formados por multifilamentos.
    Em todas estas normas de cintas têxteis para movimentação (elevação ou amarração) de cargas, os requisitos de inspeção estão estabelecidos no Anexo A (normativo). Neste assunto, vale a pena ver no FAQ sobre a periodicidade de inspeção: https://www.tecnotextil.com.br/faq/qual-a-periodicidade-de-inspecoes-nas-cintas/ O indicador principal, tanto para cintas tubulares como para cintas planas, é sobre a etiqueta de rastreabilidade: cintas com etiqueta ilegível, inexistente ou mesmo não conforme os requisitos normativos, devem ser retiradas de uso. Para cintas tubulares o critério de descarte é mais simples: cintas com desgastes ou cortes na capa que exponham o núcleo, devem ser retiradas de uso. Porém os filamentos internos podem estar ainda impecáveis! É muito comum o caso de conserto de cintas tubulares, veja mais sobre este tema neste outro FAQ sobre o conserto de cintas: https://www.tecnotextil.com.br/faq/e-possivel-consertar-cintas-danificadas/   Já em cintas planas, os critérios para descarte são descritos nos itens abaixo:
    • Danos por calor, respingos de solda ou produtos químicos;
    • Desgaste, desfiamentos ou abrasão acentuada;
    • Qualquer tipo de corte (longitudinal ou transversal) ou perfurações na cinta
    Nota: é muito comum ouvir que existe uma margem de cortes aceitáveis, porém de fato não existe uma tolerância para cortes! Veja neste vídeo abaixo que uma cinta plana com um corte minúsculo não alcançou a CMR que deveria ser de ao menos 14 t, porém rompeu com apenas 10 t

    Temos que ter em mente que a ideia de um processo de inspeção é retirar de uso produtos que possam colocar em risco a segurança das pessoas, e consequentemente evitar acidentes e todo prejuízo patrimonial (parada na operação/produtividade, perda da carga, danos estruturais em equipamentos de guindar etc.). Portanto após condenar os materiais, o primeiro passo é segregar ou inutilizar o material. Veja este outro FAQ a respeito: https://www.tecnotextil.com.br/faq/como-fazer-descarte-da-cinta/ Você também poderá aprofundar o estudo sobre o tema em nossa cartilha de inspeção gratuitamente disponível em:

Manuseio

  1. A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer?
    Se a etiqueta de rastreabilidade de uma cinta foi arrancada, é essencial enviar a cinta ao fabricante para avaliar a possibilidade de uma nova identificação, mantendo a rastreabilidade. A legislação brasileira proíbe o uso de cintas sem a etiqueta de rastreabilidade, conforme as normas ABNT NBR 15637 (cintas de elevação) e ABNT NBR 15883 (cintas de amarração). Sem a etiqueta de identificação, aumenta-se significativamente o risco de utilização inadequada da cinta, o que pode levar a acidentes graves. Conforme mencionado na matéria do Blog Uso de Cintas Planas na Forma Enforcada, algumas formas de uso são proibidas para determinadas cintas. E este é apenas um exemplo, há diversas outras nuances a serem observadas para cada tipo de cinta. O fato é que sem a etiqueta, aumenta-se significativamente o risco de uma cinta ser utilizada incorretamente. A rastreabilidade também é um item crucial. Portanto, cintas sem etiqueta devem ser imediatamente retiradas de uso. Caso possível, elas podem ser consertadas e ter a etiqueta substituída, como explicado em outro FAQ relacionado: É possível consertar cintas danificadas?. No entanto, se a cinta apresentar outros tipos de danos, o recomendado é proceder ao descarte seguro do produto, conforme descrito no FAQ Qual é a hora certa de descartar o produto?. Outros FAQs relacionados ao tema:
  2. O que causa acidentes na movimentação de cargas?
    A falta de informações e conhecimento dos usuários é um dos principais fatores que originam acidentes na movimentação de cargas. Compreender e seguir as normas técnicas, como a ABNT NBR 15637 (cintas para elevação) e ABNT NBR 15883 (amarração), é crucial para garantir a segurança. A ausência de treinamento adequado e a não familiaridade com os procedimentos de segurança aumentam significativamente o risco de acidentes. Um aspecto vital para a prevenção de acidentes é a inspeção. Realizar uma inspeção prévia (normativa) antes de cada uso, que é visual e fácil de executar, pode detectar danos evidentes e evitar o uso de materiais comprometidos. A inspeção formal (periódica), realizada em intervalos definidos por um Profissional Qualificado, é crucial para identificar e descartar acessórios que possam apresentar falhas críticas. No entanto, um dano pode ocorrer entre essas inspeções formais, onde a inspeção prévia se mostra como a principal prevenção para retirar materiais danificados de uso, imediatamente. O planejamento também desempenha um papel fundamental na segurança das operações de movimentação de cargas. Antecipar informações e preparar-se adequadamente para cada operação pode reduzir significativamente a probabilidade de acidentes. Isso inclui uma análise detalhada dos riscos, a escolha adequada dos equipamentos e acessórios, a consideração das condições climáticas e outros fatores ambientais, através da elaboração de um Plano de Rigging (para elevação) ou um Plano de Amarração. Abaixo algumas das causas mais comuns de acidentes na movimentação de cargas:
    • Especificação incorreta da cinta, sobretudo a definição da correta capacidade do conjunto: entender a diferença entre CMT e CMTE, bem como calcular devidamente o FU (cintas de elevação), o STF (amarração por atrito) ou LC (amarração direta);
    • Dimensionamento inadequado do equipamento de guindar;
    • Incidências de ângulo acima do permitido;
    • Definição incorreta do centro de gravidade da carga;
    • Utilização inadequada dos acessórios, não conforme a determinação das normas, como dar nós nas cintas, utilização errada da cinta na forma enfocada, escolha do terminal (ponto de ancoragem) errado etc.;
    • Não utilização de cabo guia em longos percursos;
    • Rotação acidental da carga ou colisão com outros objetos.
    Para garantir a segurança e eficiência nas operações, é fundamental que todos os envolvidos sejam devidamente treinados e capacitados. A Tecnotextil oferece treinamentos especializados para aprofundar o conhecimento dos usuários sobre a correta utilização das cintas têxteis para movimentação de cargas. Para mais informações e inscrições, visite nosso Blog.
  3. Quais os EPIs obrigatórios no uso de cintas?
    A escolha dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no uso de cintas deve ser previamente avaliada pelo SESMT ou pelo profissional responsável pela segurança e integridade pessoal dos envolvidos na movimentação de cargas. Embora as cintas sejam flexíveis e, geralmente, ofereçam baixo risco de manuseio, é recomendável o uso de luvas anticorte de HMPE pigmentadas, pois aumentam o atrito e oferecem proteção adicional. Além disso, é essencial seguir alguns conceitos básicos de segurança pessoal. Alguns modelos de cintas possuem acessórios que podem agravar o risco de impactos e cortes. Em cintas de amarração, existe a possibilidade de mau uso e de prender os dedos nos mecanismos de catraca, o que requer atenção redobrada. Em cintas modelo GRAB de grandes capacidades, o anel de carga pode chegar a pesar aproximadamente 80 kg (anel de carga de CMT 120 t), sendo recomendável o uso de cintas ergonômicas para facilitar o manuseio, embora, conforme a NR 6, este item não seja considerado um EPI. Outros EPIs que devem ser considerados, incluem:
    • Óculos de Segurança: para proteger os olhos contra possíveis partículas ou detritos que possam ser projetados durante a movimentação de cargas, especialmente quando há acessórios metálicos ou mecanismos de catraca envolvidos;
    • Calçados de Segurança: o uso de calçados de segurança com biqueira de aço pode prevenir lesões nos pés causadas pelo impacto ou queda de cargas durante a movimentação com cintas;
    • Capacetes de Segurança: embora não diretamente um EPI para o manuseio das cintas, em ambientes onde há risco de queda de objetos, o uso de capacetes de segurança é recomendado para proteger a cabeça;
    • Protetores Auriculares: em ambientes de trabalho com altos níveis de ruído, é importante utilizar protetores auriculares para proteger a audição dos trabalhadores, mesmo que não seja diretamente relacionado ao uso das cintas.
    Seguindo essas recomendações, é possível reduzir significativamente os riscos associados ao uso de cintas na movimentação de cargas. Veja este outro FAQ relacionado: Quais as regras de segurança durante a movimentação?.
  4. Qual o método mais adequado para se armazenar a cinta?
    As cintas têxteis devem ser armazenadas em local limpo e seco, em temperatura ambiente e sem exposição solar, isto é: abrigadas de sol e chuva. Evite também estocar em caixas fechadas, cintas que estejam molhadas! Preferencialmente, armazenar em carrinhos apropriados, cabideiros ou mesmo prateleiras, conforme exemplos:

Manutenção

  1. Como limpar/lavar as cintas?
    A indicação de lavagem de uma cinta é feita com o objetivo de retirar principalmente óleo e graxa impregnados em "excesso", pois o acúmulo de sujeira traz uma série de complicações no uso das cintas, tais como:
    • Inspeção prejudicada: a sujeira pode esconder possíveis cortes ou desgastes por abrasão, não identificáveis;
    • Abrasão: pela retenção de partículas sólidas (cristais de poeira) que podem inclusive atuar como agente de corte interno;
    • Manuseio prejudicado: por implicar em contaminação da pele do usuário ou da peça a ser movimentada.
    Para o processo de lavagem das cintas, o mais indicado é a limpeza manual da cinta com uso de sabão neutro. Porém alguns cuidados devem ser tomados:
    • A lavagem não precisa buscar a retirada de manchas no corpo da cinta, pois estas não implicam em perda de eficiência do produto ou prejuízo na inspeção visual (que deve ser realizada antes de cada operação);
    • A lavagem não pode agredir ou inviabilizar a identificação das informações da etiqueta de identificação (azul), que devem ser preservadas durante o processo de limpeza. Pela mesma razão não se deve colocar as cintas em máquinas de lavar.
    As normas técnicas (NBR 15637 para elevação, NBR 15883 para amarração) proíbem a utilização de cintas sem etiqueta de identificação pois a falta de informações visíveis pode gerar riscos de segurança. protegendoetiqueta
  2. Posso pintar as cintas, para identificação?
    Por vezes, várias equipes utilizam cintas muito parecidas, ou até mesmo idênticas. Uma das possibilidades para resolver o problema de identificação seria pintar um pedaço da cinta com a cor da "equipe" ou setor. Então, vamos às orientações: você pode pintar sim as cintas, desde que:
    • Aplicação Limitada: pinte apenas um pequeno pedaço da cinta para não prejudicar a identificação da CMT (Carga Máxima de Trabalho) pela cor da cinta;
    • Tipo de Tinta: utilize tintas à base de água ou uma tinta serigráfica vinílica;
    • Atenção com Solventes: jamais utilize tintas à base de solventes, pois estas podem prejudicar as características e a resistência das fibras.
    Além disso, para ajudar os clientes na identificação, a Tecnotextil oferece opções adicionais:
    • Fitas Coloridas: podemos costurar um pedaço de fita na cor desejada diretamente na cinta;
    • Etiquetas de Rotulagem Adicionais: adicionamos etiquetas de rotulagem adicionais com as informações de rastreabilidade que o cliente desejar, incluindo a identificação do setor ou equipe.
    Essas opções são práticas e mantêm a integridade e a segurança das cintas, além de facilitar a identificação correta sem comprometer a resistência e a durabilidade do material.

Rastreabilidade

  1. A Tecnotextil fornece certificado de conteúdo local?
    Em todos itens das NFs de produtos de nossa fabricação (cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas), atendemos à Resolução do Senado Federal nº 13/2012 que dispõe sobre a necessidade de informarmos o conteúdo de valor importado agregado nos itens da NF. Tecnicamente os produtos da Tecnotextil consideram-se como "nacionais" pois não atingem o limite de 40%. Porém todo mercado pode consultar e verificar (autenticar) no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo no link abaixo:

    https://www.fazenda.sp.gov.br/CCIWEB/Account/Login.aspx

    Pode ser feita uma consulta pública (sem necessidade de login), apenas informando os números FCI. No exemplo da cinta 22090Z acima, temos dois códigos: o primeiro refere-se ao custo de fabricação do "primeiro metro" (custo fixo) e o segundo se refere à fabricação do "metro adicional" (custo variável). Consultando o primeiro metro (54F9B512-19AE-4AC6-BFAA-165CC76C8332), onde inclusive deve ser digitado para consulta com os traços "-" e diferenciando maiúsculas, teremos:   ​Portanto, a Tecnotextil não emite um documento de "certificado de conteúdo local" em específico: TODOS seus produtos (de fabricação) são certificados conforme rastreabilidade informada no descritivo, como exemplificado acima com a cinta 22090Z.
  2. As manilhas ofertadas atendem a RR-C-271?
    A RR-C-271 cujo título é Chains and Attachments, Carbon and Alloy Steel não é propriamente uma norma internacional (como a ISO 2415, EN 13889 ou a ASME B30.26). Trata-se de uma Especificação Federal (Federal Specification) do Programa de Normalização da Defesa – tradução livre de Defense Standardization Program (DSP) do exército americano. Muitos clientes questionam se as manilhas que ofertamos atendem a esta Especificação. E a resposta é sim! Medidas, tolerâncias e capacidades das nossas manilhas estão conforme última revisão no momento da edição deste FAQ: a 8º edição referente “Revision H Amendment 1” acessível em https://quicksearch.dla.mil/qsDocDetails.aspx?ident_number=51283. Esta Especificação Federal não trata apenas de manilhas, como outros componentes. Consulte sobre as manilhas a partir da seção 3.4.3 na página 16 do documento. Veja este outro FAQ relacionado ao assunto: Por que as manilhas que a Tecnotextil oferta são conforme ASME B30.26?
  3. É possível consertar cintas danificadas?
    Como sabemos, não é possível estimar o tempo de vida útil de cada cinta, pois vai depender do manuseio, periodicidade, forma e adequação do uso etc. Mas depois que fazemos a inspeção do material e retiramos a cinta de uso, é possível consertá-la? Sim! Dependendo do caso é possível recuperar a cinta têxtil! Por exemplo é muito comum perder a etiqueta de identificação; neste caso o reparo (trocar etiqueta) é viável. Em cintas tubulares a viabilidade de conserto costuma ser mais provável, principalmente se estas forem confeccionadas com proteções adicionais. Por outro lado, cintas planas depois de danificadas costumam não ter conserto. Porém temos 4 pontos importantes que você deve observar sobre este tema. Vamos lá!

    1 - Reparos devem ser realizados apenas pelo fabricante

    Jamais altere as características originais do produto por conta própria! Apenas o fabricante do produto poderá fazer modificações e reparos nas suas cintas têxteis. Isto também significa que a TECNOTEXTIL só pode reparar as cintas de nossa fabricação. Citando as normas técnicas: "Quando viável, as cintas devem ser reparadas apenas pelo próprio fabricante" (ref. item B.3.1 da NBR 15637, grifo nosso). Portanto, não nos envie cintas de outras marcas/fabricantes!

    2 - Aviso prévio

    A TECNOTEXTIL se reserva ao direito de recusar o recebimento de materiais enviados sem aviso prévio, conforme inclusive declaramos em nossas Notas Fiscais. Portanto, antes de enviar os materiais para nossa análise, entre em contato com nossa área comercial por e-mail, telefone ou mesmo através do formulário de Contato. Você também pode contatar diretamente o Representante para fazer uma análise preliminar dos seus materiais!

    3 - Como funciona na prática

    3.1 - Seleção dos materiais

    O Responsável Qualificado da sua empresa deverá separar as cintas têxteis que sejam viáveis de conserto para envio (para nossa fábrica). Um profissional devidamente capacitado sabe distinguir os materiais de descarte (sem conserto) daqueles cujo conserto é viável. Porém, na dúvida: nos envie para análise! Nota: consulte-nos para treinamentos de capacitação.

    3.2 - Comunicação e Envio (NF)

    Posteriormente você deverá nos comunicar (conforme item 2) do envio, preferencialmente já mencionando qual a sua demanda: colocação de proteções, troca de etiqueta, reposição de acessórios etc. Atenção aos detalhes para a emissão da sua Nota Fiscal:
    • NCM para cintas têxteis deve ser 6307.90.90
    • CFOP varia de acordo com a demanda:
      • Remessa para industrialização (o objetivo é consertar/reparar a cinta), utilize o CFOP 5.901 (dentro do estado de SP) ou 6.901 (fora de SP);
      • Se o objetivo é apenas fazer um laudo, utilize CFOP 5.949 (em SP) ou 6.949 (fora de SP);
    • Informe sempre nas observações da Nota Fiscal o motivo do envio, bem como a rastreabilidade: a NF de origem ou mesmo nº da OF.

    3.3 - Reparo e Certificação

    Ao receber as suas cintas, vamos inicialmente separar aquelas que podem ser consertadas, daquelas sem condições de reparo. Cintas tubulares cujo reparo é aparentemente viável precisarão passar por uma segunda análise mais profunda: é preciso ter a certeza que o núcleo de cordões permanece intacto. Por isso vamos precisar abrir a capa da sua cinta, para analisá-la "por dentro". Estando a estrutura devidamente intacta, poderemos então proceder com o reparo: colocação de proteções adicionais, troca de etiqueta etc. Lembrando que cintas têxteis não são recertificadas através de ensaio de dobro de carga. Se viável, são reparadas sem fazer nenhum tipo de teste de carga adicional.

    3.4 - Comercialização

    Durante todo processo, você estará sendo envolvido: se for viável o reparo, nossa área comercial entrará em contato para fazer a devida oferta/cotação. Assim que você aprovar, seu material será reparado, a etiqueta de rotulagem padrão será  trocada (mantendo as informações originais) e uma nova etiqueta adicional será inserida com a data deste novo reparo.

    4 - Vale a pena?

    Pela nossa experiência, o processo de conserto de cintas traz um enorme ganho financeiro (redução de custo) aos clientes, principalmente quando se adota o uso de cintas com proteção total. Ao utilizar proteções você estará preservando a cinta têxtil. Consequentemente, o Responsável Qualificado (referente item 3.1) poderá enviar a cinta apenas para troca da proteção, tendo assim uma relevante redução de custos. Claro, pode haver uma ou outra exceção! Por isso conte sempre com nosso apoio: na dúvida, entre em contato com nossa equipe de Vendas.
  4. O Certificado de Qualidade dos produtos, atesta o quê?
    O Certificado de Qualidade é um documento emitido pelo fabricante que normalmente acompanha a Nota Fiscal (NF). Ele atesta as características técnicas de um determinado modelo de cinta. Por exemplo, uma NF com três itens diferentes deve possuir três certificados correspondentes. Este documento é referenciado nas normas técnicas como "Declaração de Conformidade" e é um requisito tanto para cintas têxteis quanto para cabos de aço, lingas de correntes, manilhas e outros acessórios para movimentação de cargas. Além de fornecer informações básicas de rastreabilidade, como a Nota Fiscal, pedido de compra do cliente, data de fabricação e quantidade, os certificados devem conter diversos dados específicos. Para as cintas de elevação, a ABNT NBR 15637 no item 5.2 exige que sejam incluídas as seguintes informações:
    • Nome, símbolo ou marca do fabricante;
    • Endereço do fabricante;
    • Identificação, com CNPJ do fabricante ou importador;
    • CMT (Carga Máxima de Trabalho) e CMTE (Carga Máxima de Trabalho de Ensaio) para as formas de utilização previstas na etiqueta de identificação;
    • Descrição do modelo da cinta;
    • Comprimento;
    • Matéria-prima da cinta;
    • Orientações sobre os cuidados referentes aos cantos vivos e cortantes;
    • Orientações sobre força em cintas com largura igual ou maior do que 120 mm;
    • Número da Norma;
    • Código de rastreabilidade (individual);
    • Fator de segurança;
    • Faixa de temperatura de uso;
    • Assinatura do profissional habilitado.
    Para cintas de amarração, a ABNT NBR 15883-2 (item 6.2) adiciona outros detalhes que não se aplicam às cintas de elevação:
    • Comprimento das partes fixa (PF) e ajustável (PA);
    • Força de amarração LC;
    • Força de tensão padrão STF;
    • Aviso: "Proibido dar nó para qualquer tipo de finalidade";
    • Aviso: "Proibido para içamento de cargas" (escrito ou em desenho);
    • Quando aplicável, aviso: "Proibido o uso de alavanca no punho da catraca móvel" (escrito ou em desenho);
    • Aviso: "Proibido modificar ou alterar as características originais deste produto".
    Embora o mercado se refira comumente a esse documento como "Certificado de Qualidade", ele não é uma certificação formal, pois não possui prazo de validade. As certificações de produtos são emitidas por terceiros, como pode ser verificado na nossa página de Certificações. Para mais informações relacionadas, veja também o FAQ Qual o prazo de validade da cinta?.
  5. Por que a data no certificado é uma e na etiqueta é outra?
    A data constante no certificado de qualidade é a data do "Documento de Origem", ou seja: a data da emissão da Nota Fiscal. Desta maneira, a data de fabricação do produto (data que é informada na etiqueta) será, via de regra, diferente da data da emissão da NF (normalmente 5 dias úteis, nosso prazo de entrega mais comum). Lembrando que estas datas não implicam em tempo de validade, pois o uso das cintas é o que determina sua duração.
  6. Por que as manilhas que a Tecnotextil oferta são conforme ASME B30.26?
    A norma nacional ABNT NBR 13545:2012 estabelece uma série de requisitos excelentes como ensaios de tipo, propriedades mecânicas, requisitos de resistência à fadiga, ruptura etc., ou seja: requisitos de desempenho (excelente!). Ela também estabelece requisitos de informações que devem ser marcadas na peça (em acessórios, não temos uma etiqueta como nas cintas), bem como do certificado (Declaração do Fabricante), ou seja: requisitos de rastreabilidade (excelente!). As manilhas de fabricação Juli Sling Co. Ltd atendem plenamente a todas estas exigências: são estas manilhas que nós comercializamos. E toda nossa documentação acompanhante também fornece toda esta rastreabilidade. Porém a NBR 13545 nos seus itens 4.1 e 4.2, respectivamente nas Tabelas 1 e 2 determina medidas específicas para cada modelo de manilha. Estas medidas, na maioria dos modelos de manilhas disponíveis no mercado (não somente no Brasil), não são atendidas: cada fabricante desenvolveu o seu projeto. E esta NBR 13545 também restringe capacidades! Por exemplo: nossa manilha de capacidade de 1.500t jamais atenderá a esta norma, pois ela restringe manilhas curvas em no máximo 320t. Isto se trata de um grave desvio na elaboração desta norma nacional, que vai contra as diretrizes da ABNT NBR ISO/IEC 17007:2014 - Avaliação da conformidade - Orientações para redação de documentos normativos adequados ao uso na avaliação da conformidade. A ISO 17007 deixa claro no seu item 5.2.3: "convém que os documentos normativos para objetos de avaliação da conformidade se concentrem somente nos critérios ou características de desempenho do objeto". Por desempenho aqui pode se entender (como em diversas outras normas de acessórios, cintas e correntes para movimentação de cargas) a determinação do fator de segurança, por exemplo. Ainda no assunto das medidas, trata-se de uma restrição de tecnologia: se um fabricante consegue fazer "mais com menos", por exemplo (medidas menores que a norma determinou) ele será prejudicado pela norma. Neste ponto a ISO 17007 também esclarece, no seu item 5.2.6: "Convém que os requisitos especificados sejam escritos de tal forma que facilitem o desenvolvimento da tecnologia. Em geral isto é alcançado: - especificando os requisitos em termos de desempenho, em vez das características de projeto ou descritivas; - especificando os requisitos relativos ao objeto e não ao processo de produção para o objeto". É por isto, então, que ofertamos ao mercado as nossas manilhas conforme ASME B30.26.
  7. Por que na NF tem dois códigos iguais com preços diferentes?
    Os códigos dos produtos da Tecnotextil definem o modelo da cinta. Conforme normas técnicas, a definição de modelo de fabricação é: unidades produzidas sob um mesmo método de fabricação, dentro da mesma capacidade, independente do comprimento. Não somente o comprimento pode ser variável (o que vai impactar diretamente no custo) como também temos inúmeras outras variáveis. Por exemplo, temos o produto código 22060Z que se trata de uma cinta modelo SLING de corpo duplo, de 60 mm de largura e CMT de 2t:
    • Em relação ao comprimento, este produto tem um limite inferior de 0,76 m (comprimento mínimo);
    • Existe também um limite superior, mas mesmo que seja hipoteticamente de apenas 10 m: isto significa dizer que ele pode ser confeccionado com 0,8 m de comprimento, ou 1 metro; 1,1 m; 1,2 m; 1,3 m e assim por diante;
    • Temos também a possibilidade de mudança do tipo de olhal flexível: o olhal padrão desta cinta em exemplo é o tipo R2, porém a demanda do cliente pode ser de um olhal tipo N, tipo R4 etc e também com comprimentos variáveis;
    • Como se não bastasse, temos também a possibilidade de incluir proteções que podem ser de variadas matérias-primas: só do tipo de item “proteções” temos mais de 2 mil códigos (que também podem ter comprimentos e quantidades variáveis!);
    • E ainda há outros opcionais, como etiquetas adicionais de rotulagem, etiqueta metálica etc.
    Isso significa que em termos práticos, há infinitas possibilidades de fornecimento e, consequentemente custo, para cada código de produto. Por isso pode haver mais de um item na NF com o mesmo código, embora a cinta seja diferente. Veja outro FAQ relacionado ao tema: A Tecnotextil fornece certificado de conteúdo local?
  8. Posso fazer marcações adicionais em manilhas?
    Recebemos esta pergunta no Fale Conosco:
    Tenho uma dúvida quanto à inspeção de olhais e manilhas: posso marcar puncionando com marcador alfa-numérico no corpo da manilha e do olhal a cada nova inspeção que faço? Se sim, qual a norma que me dá respaldo para isso?
    A resposta: Os requisitos de inspeção ficam normalmente nas mesmas normas de fabricação. Por exemplo, no caso das cintas de elevação (NBR 15637) ficam no anexo A; no caso de lingas de cabo de aço (NBR 13541), a parte 2 da norma trata da inspeção. Agora sobre fazer marcações adicionais*, de fato não nos lembramos de ver este requisito, muito menos uma norma à parte. Nota (*): estas marcações não são exigências da norma; você pode evidenciar a inspeção formal/completa (aquela que é exigida ao menos uma vez por ano) em um formulário impresso, por exemplo: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/registro-de-inspecao/ Sobre as marcações, para as manilhas temos a ABNT NBR 13545:
    • Ela de fato determina as marcações, conforme item 14
    • Não há um requisito para o tipo de marcação, é apenas informado:
      • "Cada manilha deve ser marcada de forma legível e indelével de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas da manilha"
    Sendo assim, entendemos que o puncionamento pode sim ser aplicado, pois este não prejudica as propriedades mecânicas da peça. Quero apenas salientar que as marcações adicionais que você está fazendo, para melhorar o seu controle de inspeção (o que, aliás, é excelente), não substituem as marcações que o fabricante da manilha deve fazer (capacidade, fabricante, lote etc.); o mesmo se aplica para olhais. Se alguma das marcações originais da peça não estiverem legíveis, você deve descartar a mesma ou mesmo devolver ao fabricante para analisar a viabilidade de conserto.
  9. Quais as marcações exigidas para acessórios?
    Todas as normas internacionais de acessórios – todas as partes da EN 1677 (Components for slings - Safety) – bem como as nacionais – por exemplo a ABNT NBR 16789 (anéis de carga) e ABNT NBR ISO 8539 (acessórios de aço forjado) – convergem nos requisitos de marcação (rastreabilidade) nas peças. São requisitos de marcação:
    • Código do produto que permite identificar o modelo e consequentemente a CMT (termo em português equivalente ao WLL);
    • Identificação do Grau (por exemplo, 8);
    • Fabricante (nome, símbolo ou marca);
    • Código de rastreabilidade (que permite identificar o lote de fabricação).
    Nota: consulte a nossa oferta de acessórios em nosso catálogo de elevação, a partir da página 39 (ref. ed. 2020)

    Exceções

    Nas lingas de corrente, substitui-se o "código do produto" pela CMT, bem como o "Fabricante" por "Montador" (nome, símbolo ou marca).

    Outra exceção são as correntes, também pela pouca área para marcação, a exigência das normas técnicas é apenas da identificação do grau, a cada 20 elos ou mesmo a cada metro (a distância que for menor).

    Já nas manilhas, tanto na norma nacional quanto na internacional, troca-se o "código do produto" pela CMT. Temos também exigência diferenciada para o pino da manilha (falta espaço para todas as marcações): até 13mm de diâmetro, os pinos devem ter ao menos a identificação do grau e os maiores, além do grau, deve estar marcado também o símbolo ou marca do fabricante.

    Nota: veja este outro FAQ relacionado ao tema Posso fazer marcações adicionais em manilhas? 
  10. Qual o prazo de validade da cinta?
    Cintas têxteis para elevação ou amarração de cargas não tem um prazo de validade definido! Veja mais sobre este assunto neste outro FAQ do site: Qual o tempo de vida útil das cintas (planas ou tubulares)? – onde citamos um trecho abaixo: ​"​A vida útil das cintas não pode ser determinada em norma pois dependerá fundamentalmente de características diferenciadas de cada aplicação, tais como a forma de utilização, manuseio, periodicidade e adequação do uso​..." Portanto uma cinta adquirida há por exemplo 5 anos e que nunca foi utilizada, está nova!

Segurança

  1. A capacidade marcada na cinta é a carga de ruptura?
    Não. A "carga" marcada na etiqueta refere-se à Carga Máxima de Trabalho (CMT) da cinta, que deve ser associada à forma de utilização. Trata-se do que a norma chama de Fator de Uso (FU), pois poderá ter essa capacidade de carga reduzida, mantida ou ampliada, dependendo da forma de como a cinta for fixada à carga. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  2. Ao trabalhar com ângulos, a carga pode escorregar?
    Sim. É necessário considerar o ângulo de trabalho da cinta em relação à carga e avaliar a probabilidade de deslizamento. Adotar a "forca dupla" ilustrado acima, associado ao uso de cintas em pares, é o método mais seguro para movimentação de cargas escorregadias (formato ou material que possa contribuir a um possível deslizamento). Porém outro perigo muito comum ao trabalhar com ângulos é não calcular efetivamente o CMTE: considerar apenas a carga nominal da cinta, ignorando a redução na capacidade efetiva devido à incidência de ângulos. O Fator de Uso é reduzido devido à perda de resistência, conforme ilustra a tabela abaixo. Como medida de segurança as normas NBR 15637 padronizam uma tolerância de 6º e definem a perda de resistência por faixas:
    • Até 45º temos uma perda de 30% de resistência: isto é o FU será de 0,7 ou mesmo 1,4 com duas cintas;
    • De 45º a 60º temos 50% de perda: FU de 0,5 ou mesmo 1,0 com duas cintas.
    Repare na tabela que a partir de 60º a perda de resistência torna-se exponencial, por isso todas as normas de segurança em movimentação de cargas proíbem incidência de ângulos superiores aos 60º!
  3. As cintas possuem seguro contra acidentes?
    Recebemos esta dúvida muito importante de um cliente e criamos este FAQ para esclarecer. De fato a Tecnotextil possui os seguros empresariais normais às indústrias (seguro contra incêndios, danos elétricos, tragédias naturais etc.), porém nossos produtos não são fornecidos com uma espécie de "seguro em caso de acidentes". O que temos é a garantia dos produtos ofertados, em conformidade com o que determina o Código de Defesa do Consumidor: defeitos de fabricação, vícios do produto ou qualquer outra não conformidade encontrada em nossos produtos de fabricação ou revenda, são de nossa responsabilidade. A garantia de fabricação está diretamente ligada ao controle de fabricação, desde a homologação dos produtos (ensaios de validação conduzidos antes de aprovar cada modelo), durante a fabricação (pontos de inspeção de processo) e até a inspeção final. Podemos garantir a qualidade constante de nossos produtos, bem como o atendimento aos requisitos das normas técnicas aplicáveis, através do processo de certificação de terceira parte: constantemente avaliamos o nosso processo e, desta maneira, proporcionamos uma garantia da qualidade dos nossos produtos através da "certificação"

    Nota: veja mais sobre este assunto na matéria "Como homologar fornecedor de cintas".

    • O que não podemos garantir (por isso o seguro não se aplica):
      • Aplicação dos produtos fora de sua especificação, mau uso ou utilização inadequada;
      • Falta das inspeções antes do uso (pré-uso);
      • Falta das inspeções formais (periódicas);
      • Desgastes naturais dos produtos (por isso a necessidade das inspeções).
    É importante lembrar que em casos de acidentes, mesmo a operação (movimentação da carga) estando segurada, a seguradora não irá cobrir (pagar as indenizações) os custos caso o produto não esteja em conformidade com as normas técnicas e seus requisitos.

    Nota: veja mais sobre este assunto na matéria "NBR é obrigatória?".

    Também é importante destacar que a responsabilidade pela projeção da movimentação de cargas é do cliente final, onde a Tecnotextil pode prestar a consultoria na revenda, escolha, utilização e conservação do produto e até mesmo ofertar customizações de cintas (projeto e desenvolvimento): caso aconteça um erro nas operações, a seguradora também não cobrirá estes acidentes.
  4. Cinta de elevação com Fator de Segurança 5:1?
    Recebemos uma pergunta muito interessante de um cliente através do formulário de contato de nosso site:

    "Consultando o catalogo Tecnotextil (Levtec) algumas cintas tem fator de segurança 5:1. Porém este fator não consta nas normas ABNT NBR 15637. Esse fator é relativo a alguma norma? Qual seria esta norma? Qual o tipo de cinta utiliza este fator?"

    Achamos interessante compartilhar com todos a resposta, abaixo: Nos primórdios da implementação das cintas têxteis para movimentação de cargas no Brasil, foi adotado o Fator de Segurança 5:1, pois não havia norma de referência; foi implementado um FS similar ao utilizado em lingas/eslingas de cabo de aço. Atualmente, este FS é referenciado pela norma ASME B30.9 (padrão americano). Porém você tem razão: o FS de 5:1 não está previsto nas normas brasileiras! Desde que a NBR 15.637 foi implementada (com base na EN 1492), o FS para cintas é de 7:1; e 4:1 para cintas com acessórios (devido ao FS menor, da parte metálica). Veja este artigo em nosso Blog para saber mais: https://www.tecnotextil.com.br/fator-de-seguranca-e-para-serve/ Particularmente, a Tecnotextil passou a ofertar produtos com FS 7:1 desde 1999 (com base na européia EN 1492); a norma brasileira foi de fato implementada apenas em 2008. E pouco tempo depois, nós retiramos da nossa linha de oferta as cintas 5:1 (além deste fator, também não seguem o padrão de cores). Você provavelmente está consultando algum catálogo antigo nosso! Nós temos os catálogos sempre atualizados em nosso site, na seção de Catálogos: https://www.tecnotextil.com.br/downloads/ Porém, vale lembrar que há casos onde podemos sim fazer um desenvolvimento específico, com este FS. Por vezes é exigência do cliente (já houve inúmeros casos) as cintas conforme a ASME B 30.9: fazemos, porém não divulgamos como "produtos de linha".
  5. Como escolher a cinta de elevação mais apropriada?
    Esta é a grande dúvida, a pergunta chave na movimentação de cargas! Sempre deve ser escolhida a cinta pelo CMTE (carga efetiva) e esta informação vai depender fundamentalmente do valor do peso (massa) da carga a ser movimentada e principalmente pela forma de uso. Este último ponto é o mais importante: quantas cintas serão utilizadas (conjunto de cintas), a forma de uso (Cesto, Direta ou Enforcado), a incidência de ângulos etc... Depois de descobrir a forma de uso, teremos noção de qual é CMTE necessário para a cinta. Mas a especificação da cinta se dá pelo seu CMT (carga nominal). Para descobrir qual o CMT (qual o modelo da cinta), temos uma excelente ferramenta em nosso site: telaAppBusca Se por exemplo você chegou à conclusão que vai precisar de uma cinta de CMTE de 6.400 kg na forma Enforcada, você deve escolher a cinta de CMT 8.000 kg. Utilizando a ferramenta você vai verificar que existem diversos modelos de cintas de 8t; escolha o que melhor te atende: telaAppBusca-Resultados Com todas opções à vista, você agora pode decidir melhor a sua opção:
    • Maior necessidade de largura, escolher a 23240Z (Anel de 240mm);
    • O ponto de içamento (gancho/dispositivo onde irá colocar a cinta) é muito antigo ou mesmo está danificado (contém rebarbas, mossas ou outras irregularidades), prefira a cinta cinta FLAT 25150K (com alça metálica) para aumentar o tempo de vida útil da cinta;
    • Operações convencionais sugerimos sempre escolher as cintas tubulares TECNO (20008T) que por ser uma cinta circular, normalmente tem maior durabilidade e maior flexibilidade no uso.
    Estando escolhida a cinta, vem a última etapa que pode ser vital para o correto manuseio da carga: a escolha de proteções, fundamental quando a carga contém cantos vivos ou superfície abrasiva. Mesmo em operações normais, o uso de proteções aumenta muito o tempo de vida útil da cinta e acaba sendo a opção mais econômica: o custo pode aumentar até 20%, mas a cinta dura 200% mais. Consulte em nossos catálogos as proteções aplicáveis para cada tipo de produto e veja também este outro FAQ, relacionado ao tema: qual o tempo de vida útil das cintas?
  6. Como identificar a capacidade da cinta?
    As normas nacionais que tratam da fabricação de cintas têxteis para amarração de cargas (NBR 15883) ou elevação de cargas (NBR 15637, parte 1 para cintas planas e parte 2 para cintas tubulares) estabelecem a obrigatoriedade da identificação da capacidade de carga através da etiqueta de identificação (clique e repare nos itens 1 e 5). Este deverá ser sempre o principal critério: a etiqueta de identificação, imprescindível! Verifique também este outro FAQ: A etiqueta de rotulagem foi arrancada. O que fazer? No caso das cintas de elevação, além da identificação da capacidade na etiqueta temos também o código de cores, como uma exigência da normas. Cintas com CMT a partir de 10t são identificadas todas na cor laranja. Adicionalmente temos também outro tipo de identificação: os frisos da fita, onde cada friso representa 1t. Ou seja: uma cinta com 2 frisos deve ser verde (2.000 kg), uma com 3 frisos deve ser amarela (3.000 kg) etc. A linha de produtos Tecnotextil/Levtec atende à identificação de capacidade por frisos em cintas planas com CMT de até 10t, exceto:
    • Cintas tipo ANEL (sem fim) de corpo duplo, triplo ou quádruplo: aplica-se somente a cintas anel corpo simples;
    • Cintas tipo SLING/FLAT (cintas com olhais) em corpo simples ou quádruplo: aplica-se somente às cintas de corpo duplo.
  7. Como utilizar a cinta em forca?
    Uma das formas de elevação de cargas com o uso de cintas mais utilizadas é o modo de uso em forca (em inglês, choker hitch), onde por um lado temos a vantagem da cinta travar a carga para evitar o deslizamento, e por outro lado temos uma perda da resistência (diminuição na CMTE) em 20% conforme indicam as normas ABNT NBR 15637. No entanto, há outros riscos associados que devem ser observados: ao fazer uso da cinta na forma enforcada, em especial em cintas planas devido à característica da fita, é comprimida com mais severidade e assim afetando criticamente a durabilidade do produto pela compressão; o que não ocorre no uso das cintas tubulares, cujo corpo arredondado permite uma melhor distribuição e tensão nos cordões internos (núcleo). [caption id="attachment_4093" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de enforcamento com o uso de cintas tubulares[/caption] Esta questão foi ratificada na última revisão da norma no final de 2023, proibindo o uso em cintas muito largas (a partir de 120 mm). Veja mais na matéria do nosso Blog Uso de Cintas Planas na Forma Enforcada. Porém nós vamos além e recomendamos evitar o uso desta forma em todas as cintas planas. Quando utilizada em forca (sob o efeito de compressão) em um primeiro momento a movimentação ocorrerá sem maiores problemas com a cinta plana, que não sofrerá um dano aparente; porém ao longo de diversas utilizações, a cinta sofrerá esforços muito maiores que o normal e pode acarretar em situações de perigo, como na ilustração abaixo. [caption id="attachment_4094" align="aligncenter" width="291"] Cinta de 90mm de largura danificada em menos de 2 meses de uso[/caption]

    Dicas de uso para cintas planas

    Como colocado no início, o efeito foi produzido por falta de alongamento da cinta e a compressão no corpo vai deteriorar rapidamente. Portanto, fique atento às dicas de uso:
    • Se imprescindível o uso da cinta plana enforcada, aumente o critério de inspeção: faça a inspeção visual antes e também após o uso; diminua a periodicidade de inspeção formal; se foi verificado sinal de deterioração no ponto de enforcamento, retire a cinta de uso!
    • O enforcamento é sempre na carga! Jamais faça a forca no gancho ou outro terminal do equipamento de guindar;
    • Jamais enforcar em cintas com mais de 120mm: apesar de estar escrito como uma recomendação na norma, este efeito (da compressão ilustrada acima em uma cinta de  90mm) de alta taxa de degradação é muito rápido em cintas largas podendo gerar situações de risco ainda no primeiro uso da cinta;
    • Nunca utilize manilhas para fazer o enforcamento de cintas planas;
    • A forca deve estar sempre em contato com o corpo da cinta e jamais enforcada em uma peça com diâmetro pequeno onde a compressão fique na área do olhal.
    Outra dúvida que pode surgir em cintas com olhais é referente o local do enforcamento, onde jamais deve ser enforcada a cinta pelo corpo da fita, trazendo os dois olhais para o equipamento de guindar: além da compressão no corpo da cinta, esta configuração traz enorme risco ao equilíbrio da carga. Conforme imagem abaixo, se necessário esta maior área de apoio na carga, utilize uma cinta circular (sem olhais, imagem à direita). [caption id="attachment_4095" align="aligncenter" width="584"] Como fazer o enforcamento com cintas planas[/caption]

    Cargo Choker

    Em especial para movimentação de tubos, mas não somente, já temos uma cinta plana especialmente projetada para trabalhar em forca, onde não teremos o perigo da compressão, pois as fivelas foram desenvolvidas especialmente para este propósito e, portanto, não incidem nenhum tipo de compactação ou estrangulamento na cinta plana. [caption id="attachment_4096" align="aligncenter" width="300"] Fivela Cargo Choker (à direita) desenvolvida especialmente para enforcamento[/caption]

    Enforcamento com cintas tubulares

    Aqui sim reside a melhor opção para o uso da forma enforcada. Embora o risco seja significativamente menor, os mesmos cuidados devem ser tomados no sentido de acompanhar o desgaste no ponto de enforcamento. A principal recomendação aqui é a adoção de proteções, em especial proteções totais no perímetro, o que permitirá o uso da cinta ao longo de todo seu comprimento. Caso contrário, por exemplo, se adotadas proteções para formar olhais (imagem abaixo) e enforcar sempre no mesmo local, teremos um maior impacto na taxa de degradação (durabilidade). [caption id="attachment_4097" align="aligncenter" width="584"] Exemplos de cintas tubulares com proteções formando olhais[/caption] Em cintas tubulares podem ser utilizadas as manilhas, observando-se as seguintes recomendações:
    • Tipo de manilha: apenas utilize manilhas curvas, preferencialmente escolhendo modelos Grau 6 que têm maior dimensão e consequentemente haverá uma melhor distribuição da cinta (área de contato);
    • O contato da cinta deve ser alocado na parte curva da manilha, jamais no pino;
    • Atenção ao dimensionamento: o ideal é utilizar manilhas de igual ou maior CMT que a cinta;
    • Obedeça a área de contato conforme ilustração abaixo.
    [caption id="attachment_4098" align="aligncenter" width="300"] Observar a correta disposição da cinta na manilha (não enrugar)[/caption]
  8. O que fazer em caso de um acidente durante a movimentação?
    Em caso de um acidente durante a movimentação de carga, é fundamental seguir uma série de procedimentos para garantir a segurança e eficácia na resolução do problema. Embora seja impossível prever 100% das possíveis causas de acidentes, um planejamento adequado e criterioso é essencial. Este planejamento deve considerar os prováveis efeitos de um acidente e incorporar ações preventivas que bloqueiem esses efeitos. As ações preventivas, mitigadoras ou corretivas devem ser detalhadas no plano de movimentação de carga, incluindo medidas para o acidentado, o equipamento e o meio ambiente. É importante envolver o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa, quando disponível, assim como possíveis prestadores de serviços de primeiros socorros, prevenção e combate a incêndios, e proteção ambiental. A Tecnotextil possui técnicos especializados em grandes movimentações de carga, que podem ser previamente agendados para acompanhamento como parte de nossos serviços pós-venda. Em caso de acidente, é crucial contatar-nos imediatamente, pois temos representantes em todo o Brasil prontos para atendimento imediato, especialmente em situações de emergência. Para assegurar uma análise adequada e rápida resolução do problema, siga estas orientações:
    • Manutenção dos Acessórios e Equipamentos: mantenha todos os acessórios e equipamentos intactos para recolha por nossos especialistas. Isso é vital para uma investigação precisa e para evitar a perda de evidências importantes;
    • Levantamento em Campo: realize o levantamento em campo o quanto antes. Nossos técnicos podem ser enviados rapidamente para auxiliar na análise e realização de entrevistas com todos os envolvidos no acidente, para garantir uma coleta de informações precisa e detalhada;
    • Informações de Rastreabilidade: adiante o máximo de informações de rastreabilidade possível. Fotografe a etiqueta de identificação da cinta e de outros componentes envolvidos. Essas informações são essenciais para a nossa análise e para garantir a rastreabilidade do produto.
    Em caso de emergência, entre em contato conosco pelo Fale Conosco, por e-mail levtec@tecnotextil.com.br, ou por telefone em +55 (13) 3229-6100 ou mesmo pelo SAC 0800 771 9610.
  9. Por que as cintas de movimentação de cargas possuem cores diferentes?
    Se você possui algum conhecimento sobre segurança do trabalho ou é da área de logística, já deve ter reparado que as cintas de movimentação de carga para elevação possuem cores diferentes. E por qual motivo existe essa classificação entre as cintas de movimentação de carga? As cores existem para identificar a capacidade de carga que cada cinta pode transportar ou içar, ou seja, sua carga de trabalho. Esse sistema de cores é um requisito para cintas de elevação conforme as normas ABNT NBR 15637 partes 1 (cintas planas) e 2 (cintas tubulares). Para cintas tubulares de ultra-alta tenacidade, descritas na parte 3 da mesma norma, existe o requisito da cor preta para todos os tipos de produtos, pois são geralmente utilizadas em projetos especiais. A maioria dos acidentes com movimentação de cargas ocorre em capacidades menores, por isso as alterações nas cores até 10 toneladas são feitas para chamar maior atenção e aumentar a segurança. Em capacidades maiores, normalmente há um foco muito maior na segurança da operação, com a elaboração de planos de Rigger e a presença de profissionais gabaritados, o que reduz significativamente os riscos de acidentes. No entanto, nas operações do dia a dia, onde as capacidades são menores, é onde se concentram a maior parte das ocorrências. Além disso, as cores das cintas também ajudam a garantir que a capacidade correta está sendo utilizada em um ambiente específico. Por exemplo, um usuário pode ter uma ponte rolante de 200 toneladas e usar uma cinta de 8 toneladas. A cor azul da cinta deixa claro, mesmo de longe, a capacidade do içamento em questão. Esta é uma vantagem da utilização de cintas de elevação, que além de agir como isolante térmico, podem servir para criar pontos de içamento menores. Isso permite que ganchos de grande capacidade, como no exemplo de uma ponte rolante de 200 toneladas, sejam utilizados com acessórios compatíveis com cargas menores.
  10. Por que cinta tubular não pode ter costura lateral?
    Como diz a norma ABNT NBR 15637 (partes 2 e 3) que trata das cintas tubulares (TECNO), a capa das cintas tubulares não pode conter emendas laterais. Mas antes de esclarecer o porquê, temos que lembrar da função da capa. Ela tem o objetivo primordial de coibir a entrada de pós, cristais, areia, enfim: evitar que partículas sólidas entrem na cinta, consequentemente danificando o núcleo. capa Durante o uso, as cintas tubulares recebem um enorme esforço de carga e, ao mesmo tempo, o núcleo fica em constante contato/atrito com a capa de proteção. É por isso, inclusive, que a área interna da capa tem que ser mais lisa e homogênea que a parte externa, para facilitar o deslocamento (minimizar o atrito) com o núcleo. Podemos, assim, resumir a função da capa como sendo a de: revestir, proteger e minimizar o atrito com o núcleo de cordões, que se apresenta de maneira fechada para impedir a penetração de sujeira e partículas sólidas. É por isso então, que não pode ser feita uma cinta tubular utilizando-se de uma fita "larga", para depois a dobrar ao meio a costurando longitudinalmente, ao invés de utilizar a devida capa de proteção. Esta costura longitudinal facilitaria muito a entrada de partículas sólidas, diminuindo drasticamente o tempo de vida útil da cinta, devido ao atrito entre estas partículas, núcleo e capa; além de ser uma prática que vai contra os requisitos da norma!
  11. Posso utilizar cintas não conforme NBR?
    As normas técnicas da ABNT, apesar de não serem leis, tornam-se obrigatórias pela legislação brasileira quando se trata de produtos industrializados ou manufaturados. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), produtos que não atendem às normas regulamentares de fabricação são considerados impróprios para uso e consumo (Art. 18, § 6°). Portanto, no caso específico de cintas têxteis, estas devem seguir as normas da ABNT ou normas internacionais aplicáveis na ausência de normas nacionais sobre o assunto. É importante diferenciar entre os tipos de normas: normas teóricas/gerenciais, como por exemplo a ISO 9001 que estabelece requisitos para sistemas de gestão, não são obrigatórias por lei pois não se enquadram no Código de Defesa do Consumidor. Em contrapartida, normas que tratam de produtos, como normas para cintas, manilhas ou outros tipos de acessórios, são obrigatórias porque a lei proíbe o uso e consumo de produtos que não atendam às normas regulamentares. Para mais detalhes, veja a postagem completa no nosso blog: Normas técnicas são obrigatórias?.
  12. Quais as regras de segurança durante a movimentação?
    A movimentação de materiais é uma atividade que requer uma análise prévia rigorosa, com foco nos riscos associados e intrínsecos ao processo, abrangendo atividades de pré-operação, operação e manutenção. Seguir as regras de segurança é essencial para garantir a integridade dos trabalhadores e a eficácia das operações. Aqui estão as principais diretrizes a serem seguidas:
    • Planejamento e Análise de Riscos: realizar uma análise de riscos detalhada antes de iniciar a movimentação e desenvolver um Plano de Amarração (ou Plano de Rigging, para elevação) que inclua todas as informações necessárias e medidas de controle;
    • Equipamentos e Ferramentas: utilizar o equipamento adequado para cada tipo de movimentação e carga. Garantir que todos os equipamentos de segurança, como EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), estejam disponíveis e em boas condições;
    • Treinamento e Capacitação: assegurar que todos os operadores e envolvidos estejam treinados e capacitados para as atividades que irão realizar. Conhecer os conceitos e práticas sobre os equipamentos de segurança e suas utilizações;
    • Conhecimento das Normas: ter conhecimento sobre as normas relevantes é crucial. Isso inclui as normas específicas para os acessórios, como ABNT NBR 15637 (cintas para elevação) e ABNT NBR 15883 (cintas para amarração), bem como demais dispositivos e equipamentos envolvidos. A falta de conhecimento dessas normas é um dos principais fatores que geram acidentes. Para mais informações sobre os motivos comuns que originam acidentes na movimentação de cargas, consulte nosso FAQ: Quais os motivos mais comuns que originam acidentes na movimentação de cargas?.
    • Operação Segura: seguir as regras específicas para guindar, movimentar, amarrar e transportar cargas, de acordo com o equipamento utilizado. Conduzir um "check list" de pré-operação para garantir que todos os itens de segurança foram verificados. Implementar medidas de controle adequadas para minimizar os riscos identificados;
    • Sinalização e Circulação: obedecer às regras de condução, circulação e sinalização (vertical e horizontal) do local de trabalho. Assegurar que a sinalização de segurança esteja visível e clara para todos os trabalhadores;
    • Manutenção e Inspeção: Realizar inspeções regulares nos equipamentos e itens de segurança. Manter um registro de manutenção e inspeção para garantir a rastreabilidade e a conformidade com as normas.
    • Verificação antes e depois do uso: inspecionar visualmente todos os equipamentos e acessórios antes do uso como determina as normas e adicionalmente após o uso é ainda mais importante que a inspeção formal/periódica pois retira imediatamente produtos defeituosos de operação;
    • Prevenção de Acidentes e Primeiros Socorros: implementar práticas de prevenção de acidentes baseadas na análise de riscos. Disponibilizar kits de primeiros socorros e assegurar que todos saibam como usá-los em caso de emergência;
    • Permissões e Responsabilidades: definir claramente as responsabilidades para a liberação das atividades de movimentação. Garantir que todas as permissões necessárias para a realização das atividades estejam em conformidade com as regulamentações aplicáveis.
    Para aprofundar seu conhecimento e garantir a máxima segurança durante a movimentação de materiais, a Tecnotextil oferece treinamentos especializados sobre cintas têxteis. Confira as próximas datas e inscreva-se em nossos treinamentos gratuitos através do nosso Blog.
  13. Qual o limite de uso do fator de segurança?
    O Fator de Segurança jamais deve ser levado em consideração na utilização de uma cinta. Ele existe para ensaios laboratoriais de comprovação ou de legislação. A cinta durante o uso normal dentro do CMTE já acaba "invadindo" o FS durante a movimentação, condição considerada normal. Veja mais em matéria específica de nosso Blog.
  14. Qual o uso correto de GRAB de uma perna?
    As cintas tipo GRAB (ou linga) foram projetadas para trabalhar na forma de elevação Vertical. Isto significa que as cintas planas ou tubulares do tipo GRAB não devem ser utilizadas na forma Cesto (envolver a carga) ou Enforcada (enlaçar a carga). O conceito de uma linga (ou cinta tipo "GRAB") são cintas e componentes conectados para formar uma só peça/acessório de elevação – não confundir com o conceito de conjunto ou combinação de cintas. No exemplo da ilustração abaixo, temos lingas de 1 perna trabalhando em conjunto/combinação. Estas lingas podem ser de material têxtil, cabos de aço ou de correntes, conforme fotografia abaixo com lingas de 2 pernas (elevação vertical): Esta diferença de uma GRAB para outros modelos de cinta como ANEL ou SLING pode também ser facilmente identificada com o conteúdo das etiquetas de identificação. Nas imagens abaixo, temos etiqueta de cintas tipo GRAB de 1 e 2 pernas (duas de acima) e etiqueta de cinta com olhais padrão, tipo SLING (abaixo): Fotografias de etiquetas de rotulagem Porém visualmente pode surgir a dúvida em cintas tipo GRAB de uma perna. É uma cinta que aparentemente pode dar a entender que pode ser utilizada na forma cesto ou enforcada. É aí que mora o perigo! Como esta cinta foi projetada para trabalho em elevação vertical, alguns problemas podem ocorrer tanto referente ao equilíbrio da carga quanto até diretamente na capacidade efetiva de elevação. Veja abaixo na ilustração a correta vs incorreta forma de uso da cinta GRAB de 1 perna em Cesto: Imagens de cintas GRAB de uma perna em cesto Por isso, caso haja uma necessidade específica de uso de cinta GRAB em Cesto, consulte o nosso Departamento Técnico para uma avaliação e revisão da linha, para que seja provida uma solução devidamente adequada à sua operação. Veja um Boletim Técnico sobre este FAQ em https://www.tecnotextil.com.br/downloads/boletim-tecnico-maio-2021/
  15. Um acessório errado pode cortar a cinta?
    Com a última revisão da NBR 15637, passamos a ter uma importante informação (no item 4 do Anexo B), demandada por todo mercado: o cálculo para o diâmetro mínimo admissível do ponto de pega/ancoragem para que não se corra o risco de "cortar" a cinta tubular. A fórmula é simples, porém é muito importante atentar ao tipo de contato da cinta tubular, que pode ser classificado como:
    • D1: contato simples;
    • D2: contato duplo;
    • D3: contato duplo com estrangulamento.
      Conhecendo como está sendo utilizada a cinta, podemos então considerar o diâmetro mínimo do ponto de pega, onde DM representa o diâmetro do ponto de pega, ilustrado a seguir com uma manilha:
    • Contato Simples (D1): DM > DC
    • Contato Duplo (D2): DM > 1,5 x DC
    • Contato Duplo com estrangulamento (D3): DM > 3 x DC
    Lembrando que:
    • O diâmetro da cinta deve estar informado na etiqueta de rotulagem do produto;
    • Este cálculo se aplica em qualquer ponto de pega (não apenas manilhas).

Técnica

  1. As cintas precisam de ART?
    As cintas para elevação ou amarração de cargas não precisam de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Todas as exigências para o produto estão formalizadas nas normas técnicas (ABNT NBR 15883 e ABNT NBR 15637) e na NR 11, que determina requisitos básicos para qualquer tipo de equipamento para movimentação de carga, como nome do fabricante, registro e armazenamento de notas fiscais, certificados, entre outros. No entanto, é importante destacar que as normas técnicas exigem que a Declaração de Conformidade (certificado) seja assinada por um Profissional Habilitado, registrado no devido conselho de classe, no nosso caso, o CREA-SP. Veja outro FAQ relacionado: O Certificado de Qualidade dos produtos atesta o quê?.
  2. Quais as tolerâncias dimensionais para as cintas têxteis?
    As tolerâncias tanto para a largura quanto para o comprimento das cintas planas são definidas nas normas técnicas, conforme segue:
    • Para cintas com largura até 100mm temos uma tolerância de 10%; para as demais (acima de 100mm) temos uma tolerância de 8% definida em norma;
    • Já para o comprimento, temos:
      • Comprimento ≤ 5,0m - tolerância de 3%;
      • 5,0m < Comprimento ≤ 10,0m - tolerância de 2%;
      • Comprimento > 10,0m - tolerância de 1%.
    No entanto cabem algumas observações quanto ao fornecimento da Tecnotextil. Primeiramente sobre a largura: nunca houve um caso onde se verificou uma divergência na largura das fitas. Trata-se de um processo de confecção (a tecelagem) onde a largura é extremamente precisa. Variações podem ocorrer apenas quando é necessário unir duas fitas paralelamente para montar a cinta, por conta da costura de união, como no caso das cintas tipo BAG. Em termos práticos podemos afirmar que para as larguras das nossas cintas até 300mm não há tolerância. O outro detalhe é sobre a homogeneidade do lote: estas tolerâncias informadas somente serão aceitáveis se estiverem observadas em todo lote (OF). Por exemplo: você adquire 10pc de uma cinta de 20m.
    • Temos uma tolerância de aceitação do comprimento de 19,8m a 20,2m:
      • Caso seja evidenciado que uma ou mais cintas estão com 20,1m estas serão rejeitadas: nossa inspeção final não irá liberar o lote;
      • Agora se todas as 10pc estão com 20,1m o lote será devidamente liberado para expedição.
  3. Quais são as Leis que regem a movimentação de cargas?
    A movimentação de cargas é regida pelas três Leis de Newton, que são fundamentais para a dinâmica. A Primeira Lei de Newton, também conhecida como a Lei da Inércia, afirma que todo corpo persiste em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja compelido a modificar esse estado pela ação de forças externas. Em outras palavras, um objeto só mudará seu estado de movimento se uma força for aplicada sobre ele. A Segunda Lei de Newton é o princípio fundamental da dinâmica. Ela enuncia que a taxa de variação no tempo da quantidade de movimento de um ponto material é igual à soma das forças aplicadas nesse ponto. Isso significa que a aceleração de um objeto é diretamente proporcional à força resultante que atua sobre ele e inversamente proporcional à sua massa. Em termos práticos, quanto maior a força aplicada em um objeto, maior será a sua aceleração, considerando que a massa permanece constante. A Terceira Lei de Newton é conhecida como o Princípio da Ação e Reação. Esta lei afirma que se um ponto material "A" exerce uma força sobre um ponto material "B", então "B" exercerá sobre "A" uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário. Em resumo, a toda ação corresponde uma reação de igual magnitude e em sentido oposto. Essas forças de ação e reação sempre ocorrem em pares e agem em corpos distintos, por isso não se neutralizam. As normas técnicas determinam os cálculos devidos para as diversas dinâmicas de movimentação de carga, e esses cálculos diferem consideravelmente entre amarração e içamento. É crucial entender que as exigências e métodos para garantir a segurança e a eficácia na movimentação de cargas variam conforme o tipo de operação. Veja outros FAQs relacionados:
  4. Quais são as normas do mercado de movimentação de cargas?
    As normas técnicas estão em constante elaboração, implementação e revisão, devendo ser consultadas periodicamente ou a cada necessidade. Para mais informações e atualizações, consulte o catálogo da ABNT em https://www.abntcatalogo.com.br/. Abaixo, relacionamos as normas existentes e em vigor relacionadas à movimentação de cargas: Amarração de cargas:
    • ABNT NBR 15883-1 - Cintas têxteis para amarração de cargas - Segurança. Parte 1: Cálculo de tensões;
    • ABNT NBR 15883-2 - Cintas têxteis para amarração de cargas - Segurança. Parte 2: Cintas planas;
    • ABNT NBR 15516-3 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes. Parte 3: Correntes para amarração de cargas.
    Cabos de Aço:
    • ISO 17558 - Steel wire ropes - Socketing procedures - Molten metal and resin socketing;
    • ABNT NBR 13541-1 - Linga de cabo de aço. Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio;
    • ABNT NBR 13541-2 - Linga de cabo de aço. Parte 2: Utilização e inspeção;
    • ABNT NBR 4309 - Equipamentos de movimentação de carga - Cabos de aço - Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte;
    • ABNT NBR ISO 2408 - Cabos de aço para uso geral - Requisitos mínimos;
    • ABNT NBR ISO 3108 - Cabos de aço para uso geral - Determinação da carga de ruptura real.
    Cintas para elevação de cargas:
    • ABNT NBR 15637-1 - Cintas têxteis para elevação de cargas. Parte 1: Cintas planas manufaturadas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
    • ABNT NBR 15637-2 - Cintas têxteis para elevação de cargas. Parte 2: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de alta tenacidade formados por multifilamentos;
    • ABNT NBR 15637-3 - Cintas têxteis para elevação de carga. Parte 3: Cintas tubulares manufaturadas, com cordões de fios sintéticos de ultra-alta tenacidade formados por multifilamentos
    Correntes e acessórios grau 8:
    • ABNT NBR ISO 1834 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Condições gerais de aceitação;
    • ABNT NBR ISO 3076 - Corrente de elos curtos de aço de seção circular para elevação de cargas - Correntes de tolerância média para lingas de corrente - Grau 8;
    • ABNT NBR ISO 8539 - Acessórios de aço forjado para utilização em elevação com correntes de grau 8;
    • ABNT NBR 15516-1 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes. Parte 1: Grau 8 - Requisitos e métodos de ensaio;
    • ABNT NBR 15516-2 - Corrente de elos curtos para elevação de cargas - Lingas de correntes. Parte 2: Utilização, manutenção e inspeção;
    • ABNT NBR ISO 16798 - Anel de carga Grau 8 para uso em lingas;
    • DIN EN 1677-1 - Components for slings - Safety. Part 1: Forged steel components, Grade 8;
    • DIN EN 1677-2 - Components for slings - Safety. Part 2: Forged steel lifting hooks with latch, Grade 8;
    • DIN EN 1677-3 - Components for slings - Safety. Part 3: Forged steel self-locking hooks, Grade 8;
    • DIN EN 1677-4 - Components for slings - Safety. Part 4: Links, Grade 8.
    Outras:
    • DIN 580 - Lifting eye bolts;
    • DIN 15401-2 - Lifting hooks for lifting appliances; Single hooks; Finished parts with threaded shank;
    • ABNT NBR 13545 - Movimentação de cargas - Manilhas;
    • ABNT NBR 16324 - Talhas de corrente com acionamento manual - Requisitos e métodos de ensaios;
    • ASME B30.9 - Safety Standard for Cableways, Cranes, Derricks, Hoists, Hooks, Jacks and Slings - Slings;
    • ASME B30.26 - Safety Standard for Cableways, Cranes, Derricks, Hoists, Hooks, Jacks and Slings - Rigging Hardware;
    • NBR ISO 3266 - Parafusos-olhal de aço forjado de grau 4 para fins de elevação de cargas.
  5. Qual a diferença entre carga nominal e efetiva?
    A carga nominal refere-se à capacidade máxima que uma cinta pode suportar em condições ideais, especificamente na forma de uso para a qual foi projetada. Para cintas de elevação, a carga nominal é a capacidade na forma de uso vertical. Para cintas de amarração, é a capacidade na forma cesto/enlaçado. A carga efetiva, por outro lado, é o valor real da carga considerando todas as variáveis adicionais que afetam a movimentação. Esses fatores incluem:
    • Forma de Uso: a forma como a cinta é utilizada (em cesto, enforcada, direta) pode alterar significativamente a capacidade de carga. Por exemplo, quando a cinta é usada de forma enforcada, a carga efetiva é reduzida em 20%;
    • Ângulos de Incidência: o ângulo de elevação entre a cinta e a carga influencia diretamente a capacidade da cinta. Ângulos menores aumentam a carga efetiva sobre a cinta, enquanto ângulos maiores podem reduzir a capacidade de suporte;
    • Coeficiente de Atrito: na amarração de cargas, o coeficiente de atrito entre a carga e a superfície de suporte é crucial. Um atrito maior ajuda a manter a carga estável, enquanto um atrito menor pode necessitar de ajustes na amarração para evitar deslizamentos;
    • Forças de Aceleração e Desaceleração: movimentos bruscos, acelerações e desacelerações durante o transporte podem adicionar forças dinâmicas à carga, aumentando a carga efetiva;
    • Distribuição de Carga: a maneira como a carga é distribuída entre várias cintas ou pontos de fixação deve ser considerada;
    Na prática, entender e calcular a carga efetiva é fundamental para garantir a segurança das operações de elevação e amarração. Ignorar essas variáveis pode levar ao uso inadequado dos equipamentos, aumentando o risco de acidentes e falhas catastróficas. Para mais detalhes sobre a correta utilização e cálculo de cargas, consulte nossos especialistas ou participe dos nossos treinamentos. Confira as próximas datas e inscreva-se em nossos treinamentos gratuitos através do nosso Blog. Outros FAQs relacionados:
  6. Qual é o material utilizado na fabricação de cintas?
    A legislação brasileira, conforme as normas ABNT NBR 15883 e ABNT NBR 15637 (partes 1 e 2), prevê a utilização de três materiais de alta tenacidade para a fabricação de cintas:
    • Poliéster (PES) – (etiqueta azul);
    • Poliamida (PA) – (etiqueta verde);
    • Polipropileno (PP) – (etiqueta marrom).
    A Tecnotextil adotou desde sua fundação a fabricação de cintas 100% em poliéster (PES) devido às suas vantagens, como o maior intervalo de temperatura de trabalho (-40 °C a +100 °C), resistência à maioria dos ácidos minerais e menor elasticidade (até 7%) em comparação com as demais matérias-primas. Em 2017, as normas ABNT NBR 15637 foram reformuladas, incluindo uma nova Parte 3, com outras três opções de fibras, agora de ultra-alta tenacidade:
    • Aramida (AR) – (etiqueta branca);
    • Polietileno de alto módulo (HMPE) – (etiqueta laranja);
    • Poliarilato (PAR) – (etiqueta amarela).
    Essas novas fibras representam uma evolução em relação aos materiais tradicionais:
    • A Aramida (Kevlar®) é a evolução da PA (poliamida, Nylon®);
    • O HMPE (Dyneema®) foi desenvolvido a partir do PE (polietileno);
    • Já o Poliarilato (Vectran®) tem o PES (poliéster) como seu antecessor.
    Vale destacar que a Tecnotextil já oferecia cintas de Aramida desde 2012, conforme descrito na matéria do blog Cintas e proteções de aramida: um novo horizonte de soluções para movimentação de cargas. Ainda um ano antes da implementação da nova norma, a Tecnotextil lançou as cintas em Dyneema®, em parceria exclusiva com a DSM (inventora do HMPE e detentora da marca), tornando-se a única fornecedora no Brasil deste tipo de cinta. Mais detalhes podem ser encontrados na matéria do blog Tecnotextil lança nova linha de cintas tubulares LEVTEC com núcleo em Dyneema®.